Dia da Imprensa branca e conservadora
Rafael Jasovich*
No dia 1 de junho é comemorado o Dia da Imprensa. Tem motivos para comemorar?
Pessoalmente acho que não temos muitos motivos para comemorar. Isso porque a chamada grande imprensa, composta pelos maiores veículos de comunicação, jornais, TV, Rádio e revistas de alcance nacional, só respondem aos interesses de seus proprietários e esses às demandas da classe dominante.
A imprensa brasileira é toda ela branca, conservadora. O empresariado também. Todas as engrenagens de comando no Brasil estão nas mãos de pessoas brancas e conservadoras.
A quantidade de jornalistas negros nas redações brasileiras é quase três vezes menor do que a de profissionais dessa mesma categoria autodeclarados brancos. São 77,6 % brancos, 20,1% negros (pretos e pardos), 2,1% amarelos e 0,2% indígenas.
Isso num país miscigenado de maioria pretos e pardos é uma boa dica para entender como funciona a imprensa no Brasil.
A TV comandada pela rede Globo (a de maior audiência) já esteve ao lado da ditadura e apoiou firmemente a candidatura do capitão para a presidência.
Além disso, apoiou Cunha, Moro e outros membros conspícuos da direita fascista e neoliberal na última eleição presidencial.
Visto o desastre a o não recebimento de gordas somas de publicidade, hoje a Vênus Platinada está procurando um novo candidato da ala conservadora que por enquanto não tem.
Surgem como contraponto à imprensa ultraconservadora, e graças ao advento da internet, alguns meios que publicam o impublicável pela classe dominante.
Vamos aguardar que o próximo governo edite e aprove no Congresso a Lei de meios, democratizando e abrindo espaços para o surgimento de novos veículos de comunicação.
Curto e certeiro! Parabéns Rafael Jasovich