Ódios, ingratidão e oportunismo ao longo da história

Comissão Soviética analisa os vestígios dos crimes praticados pelos nazistas durante o Holocausto, em Janowska

 Foto: Wikimedia Commons

Veladimir Romano*

O mundo se ilude e deixa a consciência trabalhando num prato da balança; logo, justiça, deixou de caber no parco vocabulário usado pela comunicação jornalística que nos tempos modernos procuramos fazer.

Criticado pelo mundo, Donald Trump pouco se importou, entretanto, os tais críticos iguais a detentores da verdade [julgamos], condenando dia sim, dia sim, cada movimento dialético do ex-presidente marcado ao mínimo pormenor, se vê agora numa santidade quando tais críticos referenciados apresentam uma informação vergonhosa, fugindo de tudo quanto a ética jornalística exige.

Apontamentos históricos fazem parte das recolhas informativas, não sendo repetição de imagens, legendas, especulação e formatos que se vão igualando; atentados ao bom senso cultural e transparência quando é necessário massacrar cada incauta consciência pública seja ela vizinha do audiovisual, seguindo rádio ou leitor de jornais, quer revistas ou literatura especuladora.

O fato é ir mesmo inflacionando informações, deturpando notícias, repetição das imagens mais fortes e até manutenção de adulterações favorecendo uma política do aproveitamento onde quer que esteja essa verdade, hoje, que já não respeita princípios nem se ajusta pelo ativo instantâneo quando seres humanos se vão vendendo.

O caráter espiritual também foge da consciência e nada já importa. Vamos encher horas de todos os dias alimentando uma perfeita charada enquanto no prato da balança, o grande auditório não descobrir de como o andam enganando.

Uma comunicação que em vez de produzir informação imparcial, equilibrada e diversa, repete até à exaustão esquemas e labirintos noticiosos, acabam colaborantes duma criminalidade fazendo moda, presente defeituoso ou pior: castrantes dessa tão apregoada Democracia. É assim que a Democracia também ela ficando cega, cheia de repasses e desonesta quando o passado histórico das nações viveu coisa bruta.

Numa Polônia ocupada pelas tropas nazis em Lvow [Miasto Lwa = Cidade Leão], Lvov, em russo ou Lviv na língua ucraniana, monumento Unesco, suportou longa e triste realidade sofrendo com campos de concentração, dos quais a de Janowska foi o mais ingrato testemunho desses tempos desde 1939-45.

Parece que alguns esqueceram como as tarefas da milícia de Azov [ucranianos servindo Hitler], deixou sua garantida marca até ao presente. Épocas de ódio, perseguição e oportunismo.

Dois ucranianos marcam esses tempos difíceis com suas ações: um é Stepan Bandera (1909-1959), tratado como símbolo heróico dos nazis e fascistas e o outro, Simon Wiesenthal (1909-2005), discreto, incansável e determinado caçador de nazis.

Parar e pensar melhor, deveria ser exercício de quantos se desviaram dos acontecimentos marcando nossa História humana.

Infelizmente, parece que poucos aprenderam e, não tendo coragem, o resultado dessa covardia sistemática, é naturalmente voltarem a informação de cabeça para baixo [quantos mais errado, melhor] transformando o mundo que podia ser global de coisas boas, num cenário de sangue, horror e desequilíbrio, acumulando defeitos enquanto derrames absorvendo gratuitas perturbações, castram qualquer incauto jornalismo.

*Veladimir Romano é jornalista e escritor luso-cabo-verdiano.

 

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1 Comentário

  1. No Brasil o sistema de justiça e a imprensa são parceiras na desinformação e na política escravocrata. A Rússia derrotou Hitler e com certeza vai derrotar a parceria Otan e o sol negro (Azov).

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