Com a filiação de Alkimin, PSB deve fechar aliança com o PT nos próximos dias

Foto: Reprodução

Rafael Jasovich

O ex-governador Geraldo Alckmin deve assinar a sua ficha de filiação ao PSB na próxima quarta-feira, 23, em Brasília, em evento que está sendo formatado para apresentá-lo como um político progressista. Lideranças históricas de outros partidos também vão ingressar na legenda.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem o ex-tucano deve ser candidato a vice, ainda não confirmou presença no ato de filiação, mas dirigentes do PSB dizem que o presidenciável sinalizou que vai participar. Entretanto, segundo petistas, uma opção ventilada é que o ex-presidente mande uma mensagem gravada no evento de filiação de Alckmin.

Palanque

Entre as lideranças que vão dividir palanque com Alckmin, e que também assinarão a filiação ao PSB, estão o presidente da Aliança Nacional LGBTQIA+, Toni Reis; o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, que deixou o PSDB; o advogado e influencer Augusto de Arruda Botelho; e o senador Dario Berger (SC), que deixou o MDB; além do núcleo de aliados mais próximos do ex-governador paulista.

A lista de tucanos do entorno de Alckmin que vai se filiar ao PSB tem o ex-deputado estadual e ex-presidente do PSDB Pedro Tobias, os ex-deputados federais Silvio Torres e Floriano Pesaro e o ex-prefeito de Sorocaba Antonio Carlos Pannunzio.

Outro ex-tucano que está no núcleo duro do ex-governador é o sociólogo Fernando Guimarães, que liderou a corrente Esquerda para Valer no PSDB. Guimarães, que entrou na executiva estadual do PSB paulista recentemente, é também coordenador do movimento Direitos Já e tem feito a interlocução entre o ex-governador e líderes de movimentos da sociedade civil.

Em outra frente, Alckmin tem mantido diálogo com tucanos históricos, mas que, pelo menos por ora, não mudarão de partido. O ex-governador esteve com os ex-senadores paulistas Aloysio Nunes Ferreira e José Aníbal – que integra o grupo de dissidentes do governador e presidenciável tucano, João Doria.

Resistência

Apesar da estratégia de Alckmin de se aproximar de movimentos sociais progressistas, o ex-governador enfrenta resistências no PT e é alvo de críticas no campo da esquerda.

No PT, a ala que é contrária à escolha de Alckmin como vice de Lula é integrada pelo ex-presidente do partido Rui Falcão, pelo ex-deputado José Genoino e por correntes mais à esquerda da legenda.

Com essa filiação sendo concretizada se fecha a aliança do PSB com o PT.

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