Agentes dos Estados Unidos foram à Venezuela para tentar comprar petróleo, mas ainda sem acordo

Foto: Reprodução/
PT no Senado

Rafael Jasovich*

A viagem dos agentes norte-americanos tinha como objetivo verificar se seria viável comprar petróleo da Venezuela, caso o governo de Joe Biden decida cortar a compra da commodity da Rússia.

Mas o governo Venezuelano fez numa exigência de suma importância para continuar as conversas com Estados Unidos: pediu o levantamento de todas as sanções que sofre dos norte-americanos faz tempo demais.

As negociações não tiveram sucesso por enquanto. Mas se os Estados Unidos pararem de comprar petróleo da Rússia não terão muitas outras opções a não ser reatar com a Venezuela.

Afinal, são mais de 300 bilhões de barris de petróleo disponíveis na Venezuela, equivalentes a 1/5 das reservas provadas de todo o planeta.

A busca agora negociada pelo petróleo venezuelano é mais uma demonstração de que o que move a política norte-americana são os seus interesses econômicos – e isso nada tem a ver com ideologia. É pragmatismo geopolítico econômico, puro e simplesmente.

No caso de acordo entre os Estados Unidos e a Venezuela, a situação do governo brasileiro ficará cada vez mais insustentável na América Latina, isolando-se ainda mais no continente.

Daqui pra frente, os fascistas podem me mandar para a Venezuela à vontade. Os norte-americanos devem ir na frente. O que parece ser uma piada é a transformação da geopolítica.

*Rafael Jasovich é jornalista e advogado, ativista da Anistia Internacional.

 

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