Itabira perde mais um artista: João “Mosquitinho”, violinista, baixista e cantor
João Borges da Silva, o “Mosquitinho”, faleceu ontem (20/7) aos 88 anos. O seu corpo está sendo velado e será sepultado às 16h no Cemitério da Paz.
Natural de Vargem Linda, distrito de São Domingos do Prata, “Mosquitinho” mudou para Itabira no final da década de 1950 para trabalhar no armazém da Vale, mas principalmente para integrar a famosa orquestra de baile do Valério.
“Naquele tempo, assim como ocorria com os jogadores do Valério, a Vale liberava também os músicos para ensaios e para tocar nos bailes e serestas”, recorda o amigo e também músico José Maurício Guimarães.
“Eu não perdia um baile, hora dançante e carnaval no Valério. Tocavam “Mosquitinho”, o Edgar (violonista e contrabaixo), seu companheiro inseparável, Doroteia (sopros), João (violino) e Geraldo “Cego” (piano). E muitas vezes participava também a sua esposa Mary, uma voz muito bonita”, acrescenta Guimarães.
“A nossa casa era musical, os ensaios ocorriam muitas vezes lá. Foi assim que ficamos todos gostando de música desde que éramos crianças”, conta o filho e músico Marcos Borges.
“Pai tocou também no restaurante Pousada do Pinheiro com Edgard, Serginho (bateria) e Sabará (cavaquinho)”, relembra Marcos Borges. “Sabará era um músico excepcional. Analfabeto, tocava cavaquinho até dormindo”, homenageia Maurício Guimarães.
Outro conjunto regional famoso foi formado por João “Mosquitinho”, Delcinho (guitarra) e Serginho (bateria e voz). Eles animavam as festas e também faziam serestas. “Anos mais tarde, pai integrou o grupo de Seresta da Aposvale. Ele gostava também de acompanhar o coral da igreja.”
A lembrança musical do amigo, segundo Maurício Guimarães, não será esquecida. “Era até difícil tocar com João “Mosquitinho”. Eram tantas as dissonâncias que se a gente não ficasse esperto, saia do ritmo. Mosquitinho foi o melhor violonista de Itabira. Não é à toa que os seus filhos são excelentes músicos.”
Autodidata, “Mosquitinho” sempre incentivou os filhos a estudar harmonia e partituras. “Ele dizia que para ser um bom músico não bastava só ter bom ouvido. Era preciso estudar bastante. Perfeccionista, corrigia a gente na hora quando alguém errava uma nota musical”, recorda Marquinhos.
“Mosquitinho” deixa quatro filhos, todos ligados à música: Marcos, violão, baixo e voz, Binho, bateria e Giovane, guitarra e produção musical. E a filha Josiane, crítica musical. “Mãe morreu no dia 19 de julho de 2013 e pai agora, no dia 20”, conta Marcos Borges, acentuando a coincidência.
Meus sentimentos a todos da familia do nosso estimado Mosquitinho,pessoa serena que tinha até no jeito de falar notas musicais . Sim Itabira perde mais um grande artista que acima de tudo era um grande ser humano,simples no modo de ser mas imbatível no modo de tocar . Mas nem tudo é tristêza , ele deixa um legado de sangue , que herdou todo conhecimento musical e de vida . Vai mosquinho fazer suas serestas para Deus , quem sabe ele melhore o humor com sua musica e deixe por aqui dias de felicidade e luz , pois é isso que ele irá sentir ao te ouvir .
Joao Mosquinho e esposa deìxa lembrancas de mestres da música. Ele meu amigo de longa data, ia muito na casa dele na rua Itabirito com minha amiga Giovanine ( jo) violonista amiga usuária de cadeira de rodas. Sempre atencioso com sua família, dava obstruções para ela, que hoje também está na glória do Senhor. Vai com Deus João Mosquintinho.
Agradeço á todos amigos pelas condolências em homenagem à partida do meu Pai João Borges, ” Mosquitinho para os amigos!
Mosquitinho fez parte da minhas lembranças musicais da infância.
Ele era muito amigo e parceiro do meu
falecido pai, Marcos Soares da Fonseca.
Abraço fraterno nos familiares ,meus sentimentos .
Fábio Furst Soares