Brasil perde para a Argentina e Messi tem o primeiro título pela seleção de seu país

Eu não acreditava que o Brasil perderia a Copa América. Que a final se daria contra os hermanos argentinos, tinha certeza. Mas é certo que o time canarinho foi muito abaixo das expectativas.

Posso até dar desconto pelo fato de a maioria jogadores que atua na Europa se encontra em fim de temporada, além do curto período de treinamento ou mesmo pelo relaxamento decorrente do baixo nível que foi apresentado até então em jogos das eliminatórias para a próxima copa.

Foi uma campanha empurrada, sem brilho, o que pode ser atribuído também por não ter havido transmissão da Globo. E a torcida externa não foi participativa, muitos não se identificaram com a seleção e não concordaram com a realização da Copa América no país em tempos de pandemia.

E a história se repete, só que no sábado à noite, mas tendo como palco o mesmo Maracanã. Mas verdade seja dita: o único jogador que brilhou em campo, bem entendido, foi o Neymar.

Correu, lutou, apanhou demais e não teve companheiros à altura para fazer o Brasil jogar e encantar. Deu Argentina. É o primeiro título de Messi, merecidíssimo. Com seu talento e espírito guerreiro – aliás de toda equipe argentina – levou uma vantagem conquistada no inicio do jogo até o seu final. Soube usar as suas armas e conquistou seu objetivo.

O que vi em campo foi uma seleção brasileira muito fragilizada. Achei que se sagraria campeã facilmente dessa Copa América. Sei que ainda está longe do escrete certeiro para a disputa da Copa do Mundo no Qatar, no próximo ano,

Para isso, mudanças que se fazem necessárias na Confederação Brasileira de Futebol podem ser estendidas ao comando do futebol. Quem sabe uma guinada muda os rumos atuais do nosso futebol.

Libertadores é o grande desafio do Atlético que avança se vencer o Boca Juniors em duas partidas

Para o Atlético, chegou a semana da Libertadores. Vai ser outro encontro com os hermanos argentinos, mas também com um time recheado desse povo que ama o futebol tanto quanto o brasileiro, daí a grande e saudável rivalidade.

O Atlético vai à Argentina e tem pela frente o sempre perigoso Boca Juniors. Serão duas partidas que prometem, a primeira nesta terça-feira (13) e o jogo de volta na terça seguinte (20), no Mineirão.

O momento é atleticano. Tem mais time, está mais estruturado e retornando a boa fase. Tem alguns percalços por contusão, todos de olho no hermano Nacho Fernandes, que os argentinos por demais conhecem. Tomara que esteja recuperado e jogue com “sangue nos olhos.

O Atlético vem de vitória sobre o Flamengo e o América dentro de Belo Horizonte. Foram jogos importantes em que o time deu resposta bem favorável. Vive no momento uma excessiva dependência que tem sido positiva de Hulk, que tem feito as melhores jogadas e tem sido o melhor garçom, servindo seus companheiros para balançarem a rede.

Promessa de emoção e adrenalina. Nunca se pode dizer que o time ou qualquer time argentino está batido. O sangue pulsa entre os hermanos, que jogam com raça buscando sempre uma superação sem tamanho.

Portanto, todo cuidado é pouco. O recado que veio deste fim de semana com a seleção Argentina vale a lição.

Vencer e vencer é o desafio do Cruzeiro daqui para frente se quer mesmo voltar à primeira divisão do Brasileirão

O Cruzeiro não consegue emplacar vitórias. De empate em empate vai se complicando. Tudo reflexo de tanta coisa que acontece e fica sempre para a próxima jornada.

De positivo tem-se a volta de Marcelo Moreno fazendo gols. A defesa passa a ser mais uma grande preocupação para o treinador Mozart. Voltou a falhar feio contra o Botafogo, falhas individuais que comprometem o coletivo.

Entre os estreantes não foi bem o zagueiro Rodolfo, mas me parece ter sido boa a aquisição do Wellington Nem. Jogou poucos minutos e deixou uma esperança de ser boa opção ofensiva.

Emplacar vitória de forma consecutiva é a missão, se ainda pensa ou sonha com o acesso à primeira divisão do Brasileirão. Mas para isso a resposta tem de ser imediata, quase tardia já ante aos tropeços acontecidos.

O Cruzeiro tem agora no fim de semana o Avaí, em BH. É vencer e vencer, não se pode mais adiar, custe o que custar.

América embala, recua, oscila sem ainda se firmar para assegurar a permanência na elite do futebol brasileiro

O América também tem que responder, antes que tardia. Ameaçou uma melhora, conseguiu duas vitórias e mostrou evolução. Mas na semana perdeu duas novamente e fica com a corda no pescoço.

Brasileirão é jogo difícil e decisivo a cada rodada. Recuperar-se de forma imediata é questão de sobrevivência.

Não se pode a cada tropeço pensar em trocas. O América tem estrutura bem montada, mas precisa achar o foco ofensivo e contar também com uma dosagem maior de sorte.

*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira

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