Atlético é favorito no Mineiro e pode assumir liderança na Libertadores na fase de grupos contra o Cerro Portenho
Começou a fase semifinal do Campeonato Estadual. Sem novidades, como o esperado, nada fora do já traçado. O Atlético, que dos quatro classificados, é o único que no momento tem outra competição em paralelo, mostrou a força de ter um grande grupo, que está em crescente evolução coletiva do time, como trabalho desenvolvido pelo técnico Cuca.
Nas últimas partidas o que se viu foi um Hulk mais entrosado, mais confiante e jogando tudo que dele se espera. Na semifinal do Mineiro, ele teve participação ativo nos lances de gol, conseguindo balançar a rede em uma jogada individual e competente.
Para ele, que pediu ao treinador mais oportunidades, teve a chance de mostrar o seu talento, conquistando a titularidade, com nível da competência em prol do grupo.
Acredito ser o Atlético o único com condições de formatar um time para esta disputa do estadual sem muita perda de qualidade, protegendo os seus titulares de hoje para servir bem na Libertadores das Américas, com fundamento até em termos de final da disputa.
O Atlético está sendo bem trabalhado. Aos poucos, atletas que não vinham rendendo vão mudando o foco e ganhando qualidade, já vislumbrando o desenho de planejamento para um ano com certeza vencedor.
Nesta terça-feira o Atlético tem mais uma partida pela Libertadores. Joga em casa contra o paraguaio Cerro Portenho. Uma vitória coloca o Galo em uma boa situação, já garantindo posição de destaque, podendo configurar uma melhor campanha nesta fase de grupos. Está crescendo de produção, entrosamento e achando o seu caminho.
Com todo o respeito ao Tombense, com o mando no primeiro jogo perdeu de três, com amplo e total domínio do Galo, que não só liquidou de forma quase irretratável por detalhes. Foi a força do gigante que prevaleceu, numa partida que mostrou a disparidade técnica e econômica do futebol brasileiro em geral.
Vitória do América mantem a vantagem para a final do Mineiro na disputa com o Cruzeiro
Já o Cruzeiro e América mediram forças no Mineirão também pela semifinal do Mineiro. Vou aqui dizer que o Cruzeiro é um time infinitamente superior neste ano em relação ao futebol que apresentou no ano passado.
E tem melhorado a cada dia, numa crescente planejada campanha, com foco no Brasileirão da Série B.
No clássico de domingo, primeiro destaco o ótimo primeiro tempo celeste. O Cruzeiro foi envolvente frente ao seu adversário. Colocou vantagem no marcador e teve até situações para ampliar o placar, mas acabou abrindo o “bico”.
Faltou peças de reposição à altura, para que fosse garantida a vantagem que se viu no primeiro tempo. Méritos para o América, que mostrou um time melhor qualificado, com reposição e condições em alternância na forma e maneira de atuação.
Nessa disputa, vejo ainda em aberto, mas tenho que ser justo que a missão do América é menos dolorida. Tem vantagem regimental e jogar melhor nos 90 minutos em relação ao que mostrou no Mineirão e sim a própria competência de um time hoje bem mais maduro e cascudo.
Às vezes considero muito excedente a paixão clubista. A perda da razão nos leva a erros grotescos. Insinuações e provocações sempre fizeram parte do espetáculo e cabem muito mais ao torcedor.
Não posso aceitar e bater palmas para o despreparo do treinador Lisca, do América. Ele baita treinador, extrema competência e visão de jogo para mudar seu time dentro de uma partida como foi neste último domingo no clássico.
Só não posso aceitar que tenha atitudes de torcedor. Volto a dizer que insinuações e provocações existem. Mas o treinador não pode cair em provocações e nem ofender quem quer que seja.
Seu histórico marca polêmicas, o que pode prejudica-lo no futuro pelo seu destempero, sendo barrando por isso mesmo por grandes clubes brasileiros e mesmo do exterior.
Afinal, competência, capacidade, classe e equilíbrio emocional devem caminhar sempre juntos.
Dificuldades financeiras
Não queria e nem gosto de comentar fatos como o que foi divulgado nesta segunda-feira referente à situação financeira dos dois grandes times mineiros, Cruzeiro e Atlético. É ruim, uma marca que ninguém quer ter e que veio por meio de levantamento de uma consultoria em análise de balanços apresentados pelos clubes brasileiros.
O Atlético é o maior devedor entre todos os times brasileiros e o segundo é o Cruzeiro. Triste marca, um tentando fugir de uma falência arquitetada e outro em boa situação pela honra de torcedores e megas empresários torcedores que seguram as contas.
Trata-se de uma marca que ninguém quer carregar. Minas Gerais deixou de ser há algum tempo um estado de liderança positiva em várias áreas, seja no comércio, na indústria, no comércio e até na esfera política. Hoje estamos distante de quase tudo isso.