Por um ensino transformador, professores do colégio Didi Andrade participam do programa Residência Iungo para Educadores
Selecionados entre 231 participantes, o diretor do Colégio Municipal Professora Didi Andrade, Wilian Marcus Ramos, juntamente com os professores Joaquim Olegário e Kele Frossard, da mesma escola, fazem parte dos trios selecionados para participar do programa Residência Iungo para Educadores.
Trata-se de um programa educacional colaborativo, voltado para as comunidades escolares do ensino básico. Foi idealizado e é gerido pelo Instituto Iungo, criado em 2020 com o objetivo de promover o desenvolvimento profissional de educadores em todo o país.
Iungo, em latim, significa reunir, atrelar, unir aos pares. É assim que o instituto busca conectar professores, gestores, centros de pesquisa e especialidades em educação, visando formar e fortalecer redes de práticas educacionais por meio da troca de experiências.
Como prática de uma educação libertadora, a principal meta do trabalho coletivo é possibilitar que os profissionais da educação renovem e aperfeiçoem as suas atividades pedagógicas, utilizando-se de ferramentais que possibilitem transformar a realidade em que atuam, interagindo com os seus alunos.
O trio de professores de Itabira selecionado irá contribuir para a elaboração de novas metodologias de ensino e aprendizagem. Durante oito meses, esses professores participarão de jornadas com temáticas inovadoras na educação oferecidas pelo Instituto Iungo.
A participação será 100% on-line. A Secretaria Municipal de Educação (SME) espera que a participação desses educadores itabiranos venha contribuir para a qualificação de demais profissionais da rede municipal de ensino do município.
“Essa formação está ligada diretamente à criação e experimentação de práticas inovadoras em diferentes contextos escolares, o que certamente contribuirá para uma cultura escolar transformadora”, acredita a secretária municipal de Educação, professora Luziene Lage.
Formação continuada
A professora Kele Frossard, mestranda em Ensino e Humanidades pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e professora de História, vê no curso a possibilidade de melhor configurar o projeto que o trio de professores encaminhou e foi aprovado pelo Instituto Iungo.
“Fomos premiados pela construção de uma metodologia que pode influenciar na prática docente da nossa escola”, empolga a professora, que complementa:
“A ideia é que os cinco coletivos (que foram selecionados) participem primeiramente de encontros individuais e depois de encontros coletivos”, disse ela, que considera a possibilidade de compartilhar esses materiais pedagógicos para a rede pública de ensino no país.
Por seu lado, o professor de Informática Joaquim Olegário enfatiza a chance que tem de atualização profissional. Isso enquanto contribui para uma educação transformadora, focada nas realidades que os alunos e professores vivenciam.
“Quando começamos a trabalhar com projetos e metodologias, conseguimos fugir do escopo tradicional. Isso atrai tanto o interesse dos professores como também dos estudantes. A pluralização das abordagens por meio de projetos é muito legal.”
Já o diretor do Colégio Didi Andrade, Wilian Marcus Ramos, avalia que a seleção do trabalho apresentado é resultado do perfil educacional que vem ao longo da história sendo desenvolvido na instituição que dirige.
“Somos herdeiros de muitos outros professores que nos antecederam na escola, de pessoas que nos influenciaram diretamente”, reconhece o diretor, que diz incentivar, juntamente com os professores, o estudante assumir o protagonismo no processo de aprendizagem.