Itabira retorna à onda Verde mesmo com avanço da Covid-19 na cidade. Não é hora de baixar a guarda
Desde a semana passada Itabira retornou à onda Verde pelo programa Minas Consciente. A progressão de onda ocorre justamente quando cresce o número de infectados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) na cidade, inclusive de muitos profissionais de saúde, já se constatando entre pacientes a sua perigosa mutação.
A mudança de onda consta do boletim eletrônico do programa. E está também no recém-lançado portal Itabira no Monitoramento da Covid-19, com informações diárias do número de casos confirmados, pacientes suspeitos e recuperados no município e na região, entre outras informações.
Segundo Valério Adélio, coordenador de comunicação social da Prefeitura de Itabira, a informação sobre a mudança de onda não tem sido divulgada amplamente para não criar um clima de liberou geral na cidade.
Foi o que ocorreu na primeira vez que Itabira ingressou na onda Verde, no início de setembro, 48 dias depois de aderir ao programa de distensão econômica do governo estadual frente à pandemia que está longe de acabar. Pouco tempo depois, já no começo de outubro, o município retornou para onda Amarela, com relaxamento das medidas restritivas e protetivas.
Cuidados
Com a mudança de onda, pouca coisa muda para o cidadão, que precisa manter os cuidados de sempre, mantendo o distanciamento social, o uso de máscara, higienização constante das mãos.
“Não é um liberou geral. Para as pessoas muda pouca coisa, que é uma maior liberdade nas academias ou para ir ao teatro, cinema. Mas os cuidados têm que ser os mesmos”, explica.
De acordo com Adélio, as alterações estão mais voltadas para o comércio, para que se tenha um atendimento seguro ao público.
Para isso, os comerciantes devem ficar atentos aos protocolos de segurança, mantendo as medidas de higiene e os cuidados específicos de cada atividade.
Importante também manter mais rigor no atendimento, não permitindo entrada de quem está sem máscara, além de impedir aglomeração de pessoas em seus estabelecimentos.
Pandemia só acaba com vacina para imunizar todo mundo, diz médica infectologista
Para a médica infectologista Andrea Cabral, do hospital Carlos Chagas (HMCC), a pandemia está ainda longe do fim e todos precisam se cuidar e proteger quem está próximo.
“Só vai ter fim quando tiver uma vacina cientificamente eficaz e com todo mundo imunizado”, disse ela em entrevista a este site, prevendo que isso só deve ocorrer até meados de 2021.
Daí que é preciso continuar com as medidas preventivas e protetivas. O uso de máscara continua sendo imprescindível ao sair de casa e sempre que estiver ao lado de outras pessoas.
“Devemos ter cuidado especial com as pessoas idosas e com comorbidades (outras doenças) em casa e também nos locais de trabalho”, insiste a médica infectologista, para quem não é tempo de baixar a guarda.
Afinal, não se trata só de uma pandemia, mas de uma sindemia, como tem conceituado muitos cientistas, uma vez que o novo coronavírus age provocando outras complicações trombóticas, renais, cardíacas e até cerebrais, levando à disfunção desses órgãos e também ao óbito em muitos casos.
Para saber mais sobre a situação da pandemia em Itabira e na região acesse o o link https://bit.ly/3o5uQaX.