Vale não para produção, mas garante que medidas restritivas foram adotadas para evitar a proliferação do Covid-19

A mineradora Vale mantém as suas operações de produção de minério de ferro em regime restrito e com medidas preventivas. E essas medidas cautelares devem ser ampliadas, mesmo depois do pronunciamento tresloucado e genocida do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao defender que a economia do país não pode ser prejudicada por causa de uma “gripezinha” que só atinge os velhos e os portadores de doenças crônicas, pregando ainda que os jovens devem retornar ao trabalho.

Entre as medidas restritivas adotadas pela mineradora está a quarentena com trabalho remoto (home office), válida para quem pode exercer as suas funções em casa. De acordo com a assessoria de imprensa, a mineradora irá seguir atendendo à risca as recomendações e os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS) – e também do Ministério da Saúde, que, felizmente, não segue, pelo menos por enquanto, as ideias genocidas e irresponsáveis desse que eventualmente ocupa o Palácio do Planalto.

Diz entender que só assim será possível diminuir a disseminação do novo coronavírus (Covid-19) – e dessa forma contribuir para que que o sistema de saúde não entre em colapso no país, o que fatalmente, caso aconteça, irá acarretar um grande número de mortes.

Em nota à imprensa, a empresa informa que tem reduzido o efetivo administrativo e operacional. Entretanto, a produção não será paralisada, mas  informa que tem restringidas as aglomerações de pessoas nas portarias, nos ônibus e nos restaurantes.

E que o ingresso de pessoas de fora da empresa em suas dependências somente será permitido para fornecedores de produtos essenciais (alimentação, água, transportes).

“Todos os nossos empregados passam por triagem da equipe de saúde antes de entrarem nas unidades. Se for identificado algum caso suspeito, a pessoa recebe orientação médica e é encaminhada para casa, para não entrar em contato com os demais trabalhadores”, informa a nota da mineradora.

Com relação ao transporte de trabalhadores, outra condição apontada como fator de risco de disseminação do coronavírus, diz que aumentou a frota de ônibus para reduzir a lotação.

E que tem, com a medida, aumentado os espaços vazios, distanciando as pessoas. “Os ônibus passaram a circular com janelas abertas e a limpeza passou a ser diária, mais constante e fiscalizada, com uso de desinfetantes.”

Outro fator de risco que diz estar sendo amenizado é a aglomeração de trabalhadores nos restaurantes. Fora da empresa, decretos do prefeito Ronaldo Magalhães (PTB), e posteriormente do governador Romeu Zema (Novo), impuseram o fechamento desses estabelecimentos, só permitindo o serviço de entrega no local e em domicílio.

Essa medida, entretanto, segundo entende a empresa, não se aplica internamente. Mas assegura que adotou medidas para aumentar o distanciamento social, com mais limpeza de mesas, além da distribuição de marmitas e talheres descartáveis. Dessa forma, espera-se evitar possíveis focos de contaminação com os utensílios.

Trabalho remoto e revezamento

Após reduzir o efetivo administrativo – e também operacional, mas sem parar a produção – a mineradora fechou diversos ambientes. A medida visa reduzir a aglomeração de pessoas em um só lugar, além de facilitar o serviço de limpeza, que “observa os protocolos necessários, promovendo a desinfecção conforme recomendações técnicas”.

A empresa assegura que manterá contingente mínimo de trabalhadores em suas áreas operacionais – e essenciais, como o monitoramento de barragens na cidade. Outras áreas que continuam com o trabalho presencial são as de gestão de saúde, segurança e emergência.

Ainda para reduzir o risco de contaminações, diz a nota da empresa, as equipes foram divididas em grupos menores, que se revezam em turnos e nos locais de trabalho. Com isso, evita-se o contato entre os empregados que seguem trabalhando.

“Temos responsabilidade social e econômica com os estados e os municípios onde atuamos e continuamos seguindo as recomendações das autoridades brasileiras e internacionais”, é o que assegura o diretor de Operações da Vale, Marcelo Barros.

Sendo assim, o que se espera é que a empresa não dê atenção ao pronunciamento irresponsável do presidente Bolsonaro. Diferentemente disso, o diretor da Vale assegura que a empresa tem optado sempre pelo protocolo mais restritivo.

É assim que o trem de passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) deixou de circular desde terça-feira (24), como também o trem turístico que liga Ouro Preto a Mariana. E as atividades socioculturais no Memorial Minas Gerais, em Belo Horizonte, foram suspensas.

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