Pitacos da rodada esportiva

Luiz Linhares*

Futebol em Minas, à exceção do título do Cruzeiro, tem sido decepcionante

O desenho que estamos tendo a oportunidade de ter em relação ao futebol mineiro é decepcionante. Se não fosse a conquista do Cruzeiro pela sexta vez da Copa do Brasil seria um ano para literalmente se ter de esquecer.

Tudo muito ruim, o Tupi de Juiz de Fora foi rebaixado da terceira para a quarta divisão nacional. O Boa Esporte de Varginha está com a definição da queda da segunda para a terceira e o América esta prestes a retornar à segundona nacional.

Nada há de brilhante nessas equipes. Cruzeiro tem garantida a sua presença na próxima Libertadora pelo título da Copa do Brasil e o Atlético vai lutar muito nos cinco jogos restantes para segurar uma vaga e participar também da Libertadores do próximo ano. Seria óbvio um consolo ter direito a Copa Sul-Americana.

No resumo da ópera foi um ano de muita fraqueza e falta de qualidade dos times mineiros nas diversas series e nem quis me lembrar do nosso Valério que fracassou também.

Cruzeiro sonolento só cumpre tabela no Brasileirão

Definitivamente o time celeste já curte um quase período de férias. O que se viu no jogo em Curitiba contra o Atlético local foi o encontro e o confronto do tudo com o nada.

Do mesmo modo que o Furacão paranaense luta para chegar à final da Copa Sul-americana, batalha também e quer angariar pontos e posições no Brasileirão.

Foi para cima, fez o resultado no primeiro tempo e administrou o saldo favarovel diante de um adversário totalmente alheio a um objetivo, time cumprindo sua obrigação e nada mais.

O Cruzeiro foi uma presa fácil e que se mostrou em alguns lampejos pela qualidade individual de seus atletas. Mas foi muito pouco para mudar o ritmo sonolento, displicente de um time de futebol.

Vejo que vai ser isso nos cinco jogos restantes. Jogar por obrigação, tirar algo de proveitoso nesta reta final é missão quase que impossível.

Atlético faz boa partida, cede empate, mas ainda briga pela Libertadores

Já o Atlético fez um belo jogo contra o Palmeiras. Não foi novidade. O plantel atual alvinegro faz com que analises assim sejam efetivas. Contra grandes equipes o Galo se equivale, faz um jogo em que cresce e revigora seu estilo guerreiro, lutador. Já contra pequenos fica inoperante, sem criatividade e praticamente nada acontece.

Contra o líder, subiu a marcação, dificultou a saída de bola do adversário, diminui o espaço e foi eficaz em boas tramas ofensivas. Fez um belo gol em triangulação entre Cazares, Fabio Santos e Elias.

Mas falhou quando poderia ampliar. E levou um gol em falha de marcação, dentro da aérea, cedendo pênalti. Seria muito melhor a vitória, claro. Contudo o empate contra o líder não é de tudo ruim. Que venha o lanterna. E, mesmo fora, vencer é o caminho para estar na próxima Libertadores.

América ainda luta contra a volta para a segunda divisão, mas está difícil

Perder dentro de casa para o lanterna não tem justificativa. Estar entre os quatro piores é justo pelo que não vem fazendo. Mas perder para um time que há dezoito jogos não sabia o que era isso, convenhamos, também não tem justificativa.

O América demite Adilson Batista e contrata o velho Givanildo Oliveira. Verdade que enquanto se tem vida se tem esperança. O próximo desafio é o Internacional, no sul. O Coelho, verdade seja dita, está internado em terapia intensiva, com aparelhos ligados.

Somente uma eficaz melhora, quase um milagre pode agora colocar o Coelho entre os que permanecem na divisão primeira. Ainda há uma luz no fim do túnel, é tênue, mas é o que se tem.

*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira-AM

 

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