Voluntários Vale e o Instituto Lukinha DDG encerram primeira fase da campanha Itabira sem Fome
Fazendo o bem sem olhar a quem, campanhas solidárias arrecadam alimentos e demais itens de primeira necessidade para amenizar o sofrimento de muitas famílias em tempos de pandemia
Diz um preceito cristão que se deve ensinar a pescar e não dar o peixe, que é para que a pessoa aprenda a andar com os seus próprios meios, sem que a sua subsistência dependa da caridade, assegurando-se a sustentabilidade própria e da família.
E, ainda, é de bom tom não fazer alarde quando a doação se torna necessária, uma questão de sobrevivência – e que a ação deve ser feita voluntariamente, sem propagandear ou vangloriar-se do gesto de solidariedade.
Mas em tempos de pandemias, como em outras situações de vulnerabilidade social, esses axiomas que são válidos em conjunturas de “normalidade”, perdem validade com a demanda crescente de famílias hipossuficientes, atingidas principalmente pelo desemprego.
Pois é preciso, sim, apoiar essas famílias com doações, principalmente de gêneros de primeira necessidade, pois se tornaram ainda mais vulneráveis com o isolamento social, com o aumento do desemprego e a falta geral de trabalho que assegure a subsistência com um mínimo de dignidade.
Como também é preciso divulgar essas ações para que sirvam de exemplos e assim outras pessoas possam se sentir motivadas a fazer o mesmo, engajando-se em campanhas solidárias.
É o que se tem verificado em Itabira com vários grupos de voluntários se formando e reunindo forças para ações de apoio às famílias vulneráveis. E que se juntam a outros grupos já consolidados, unindo esforços e promovendo ações comuns, potencializando os resultados.
Solidariedade em rede

É o caso do grupo Voluntários Vale, existente há muitos anos e que tem ação permanente nas comunidades carentes de Itabira, que se aliou ao Instituto Lukinha DDG.
Eles encerraram, nesta semana, a primeira fase da campanha Itabira sem fome, que se encontra cadastrada na Rede Voluntária Vale, o que amplia o projeto com resultados mais promissores entre os empregados da mineradora e na comunidade itabirana.
No total, nessa primeira fase da parceria Voluntários Vale e o Instituto Lukinha DDG já se somam 4,3 toneladas de alimentos arrecadados e distribuídos, além de 132 frascos de álcool em gel, 204 litros de leite e 70 máscaras de proteção.
Só com a realização de duas lives solidárias com o grupo Pele Morena e a outra com o cantor sertanejo Paulinho Show e banda foram arrecadadas 1,2 toneladas de alimentos.
Com as doações às famílias, o benefício emergencial atingiu cerca de 900 pessoas em vários bairros da cidade. A campanha contou também com apoio de supermercados da cidade, com a instalação de postos de arrecadação.
É assim, com cada um doando parte de seu tempo, arte e ofício, de acordo com as suas possibilidades e capacidades, que se vem formando uma grande rede de solidariedade em Itabira.
Já são muitos os grupos de voluntários que prestam solidariedade, preenchendo uma lacuna aberta com a ausência do Estado – e pela própria realidade socioeconômica do país, com extrema desigualdade social.
Com o sucesso desta primeira etapa da campanha, e diante da necessidade com o prolongamento do necessário isolamento social, os Voluntários Vale e do Instituto Lukinha DDG já se preparam para deflagrar um nova fase da campanha, ampliando a solidariedade e o apoio a quem precisa nesses tempos de muito sofrimento e dificuldades.
“O sucesso da campanha Itabira sem Fome deve ser creditado, sobretudo, à comunidade itabirana que tem sido solidária e engajada nessa tarefa de ajudar a quem precisa de nosso apoio”, salienta o rapper Lukinha DDG.