Viva mestre Ziraldo, para sempre
Por Genin
Em 2023, recebi o honroso convite para fazer a curadoria da exposição em homenagem ao Ziraldo no 14º Salão do Livro Vale do Aço, em Ipatinga (Obrigado Cibele Teixeira!).
Na ocasião escrevi este texto, que transcrevo aqui, agora como uma homenagem póstuma ao nosso mestre Ziraldo Alves Pinto, nascido em Caratinga (MG), em 24 de outubro de 1932, onde passou toda a infância.
E que nos deixou aos 91 anos, na tarde desse sábado (6), por volta das 15h, morto de causa natural enquanto dormia em seu apartamento, no bairro Lagoa, na Zona Sul do Rio.
Recentemente, perdemos Edson Arantes do Nascimento, o nosso maior craque do futebol, e “Pelé” foi oficializado como verbete, no dicionário Michaelis, como sinônimo de “aquele que é fora do comum, que ou quem em virtude de sua qualidade, valor ou superioridade não pode ser igualado a nada ou a ninguém, assim como Pelé”.
No humor gráfico, Minas Gerais sempre foi um celeiro de grandes craques, como Henfil, Borjalo, Nani, Monsã, dentre tantos outros. Estou certo que o nosso pelé do humor gráfico é Ziraldo Alves Pinto. (Ou o Pelé seria o Ziraldo do futebol?).
Sem querer polemizar com tais comparações, foi com muita alegria que a Cartuminas e eu aceitamos a convocação do Salão do Livro do Vale do Aço para formar este time, um verdadeiro escrete nacional, nesta justa comemoração dos 90 anos do Mestre de Caratinga.
Com seu traço bisturi, relâmpago, raio laser (como bem definiu o pelé Carlos Drummond de Andrade), Ziraldo influenciou várias gerações de artistas e o seu trabalho é um marco definitivo e glorioso nas artes gráficas brasileiras.
Agora eterno, esperamos retribuir, pelo menos um pouquinho, tudo que a sua arte nos deu.
Viva mestre Ziraldo!
Leia mais sobre Ziraldo, parceiro de Carlos Drummond nos livros de charges O Pipoqueiro da Esquina (1981) e no História de Dois Amores (1985). E como não se lembrar de sua participação no combatente jornal O Pasquim?