Vírus já naturalizou brasileiro, não é só mais importado. Mas Prefeitura de Itabira diz monitorar quem vem do exterior

Sem citar o grupo de empresários, médicos, e as duas secretarias municipais, do primeiro escalão do governo Ronaldo Magalhães – e que viajou para a Europa em plena disseminação da pandemia do coronavírus (Covid-19) no velho continente – , a secretária municipal de Saúde, Rosana Linhares, gravou vídeo, neste sábado (21), explicando qual é o procedimento em relação a quem retorna de viagem. O grupo passou vários dias em isolamento social na França.

Conforme ela explica, já não há mais preocupação especial com quem retorna de regiões mais afetadas, como são os países da Europa e também dos Estados Unidos, onde a pandemia grassou antes de chegar ao Brasil – e a situação é ainda mais grave.

“(A pandemia) não é mais uma situação (problema) mundial e só do exterior. Já ganha transmissão comunitária. Significa que ocorre no país e em Minas Gerais (sem ter que vir do exterior)”, pontua a secretária municipal de Saúde.

Diferentemente da transmissão localizada, que até recentemente era importada de outros países, pelos viajantes que retornam ao Brasil – e que se sabe a origem – , no caso da transmissão comunitária essa identificação não mais existe.

Transmissão já ocorre internamente, sem saber a origem, diz secretária de Saúde

Rosana Linhares, secretária de Saúde: “não há mais distinção de quem vem do exterior, já há transmissão comunitária no país.Todos têm que seguir o isolamento social”

No Brasil, a transmissão do vírus teve inicio com quem veio do exterior, infectando outras pessoas ao retornar ao país. É a transmissão localizada.

Mas o cenário já evoluiu para a transmissão comunitária, sem que a contaminação ocorra, necessariamente, de quem veio do exterior. Trata-se de um cenário mais preocupante – e alarmante.

Isso pelo fato de a transmissão do vírus ocorrer de fontes diferentes, não especificadas – e por quem não esteve no exterior. Resulta, ainda, no aumento drástico do número de casos de contágio.

Daí que, segundo a secretária municipal de Saúde, a preocupação deve ser a mesma com quem apresenta sintomas da doença, independentemente de ser residente no Brasil, sem histórico de viagem ao exterior, como é também com quem vem de fora.

Monitoramento

Entretanto, assegura o subsecretário de Comunicação da Prefeitura, Ricardo Guerra, a Secretaria Municipal de Saúde tem monitorado com mais atenção quem vem do exterior.

“Como todo mundo, essas pessoas têm que cumprir o isolamento social. No caso de apresentar sintomas da doença, o protocolo determina também o isolamento familiar por 14 dias, que pode ser prorrogado por mais uma semana.”

Segundo ele, mesmo não mais havendo distinção na forma de transmissão do vírus, se é local ou comunitária, a Secretaria de Saúde tem também monitorado quem vem de fora, principalmente do exterior.

“Estamos levantando esses nomes junto às agências de viagem”, diz ele, que defende o acompanhamento como meio de se fazer um acompanhamento mais específico.

Sobre o grupo de empresários, médicos e secretárias municipais que retornou de Paris, Guerra informa que não há um procedimento específico. “Todos terão de seguir o que está no protocolo.”

 

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3 Comentários

  1. É deprimente constatar que a paste do século 21 vem associada a necropolítica do presidente da República, um miliciano que hoje e amanhã oferece festa no Alvorada. O ministro da justiça é um dos mandatários dessa necropolítica.

  2. É um absurdo na época em que vivemos, numa situação de vulnerabilidade, empresários e médicos viajando para o lugar onde está mais grave a situação do coronavirus, podendo assim disseminar e fragilizar toda a comunidade itabirana . Onde está a consciência deste grupo? E suas famílias? Só rezando mesmo….

  3. Não importa quem e nem para onde vão, sejam médicos, empresários ou desempregados, seja para a China, Europa ou ali na esquina.
    Todos possuem famílias, filhos, netos e amigos.
    Não creio que essa família tradicional de profissionais sejam estúpidos tal qual são seus críticos.
    O que importa é o protocolo de cuidados pessoais e sociais, tanto no cotidiano quanto num momento de exceção como agora.

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