“Um por todos e todos por um” deve ser a palavra de ordem da campanha Minas Unida no Combate ao Mosquito Aedes
Mosquito Aedes Aegypti: o inimigo mora em casa
Foto: Reprodução
Para impedir um novo surto de arboviroses (Dengue, Zika, Chikungunya), que são doenças que podem ser evitadas com profilaxia, limpando os quintais e lotes vagos, retirando tudo o que pode acumular água, os 27 municípios que integram a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira realizam, no sábado (9), o terceiro Dia D de Combate ao mosquito Aedes aegypti.
O mutirão de limpeza faz parte do movimento Minas Unida no Combate ao Mosquito Aedes, uma iniciativa de mobilização social promovida pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em parceria com os municípios mineiros. O primeiro ciclo foi realizado em 24 de fevereiro, o segundo em 23 de março. O objetivo é intensificar o combate aos focos de proliferação do mosquito transmissor nesse período chuvoso.
Além de Itabira, participam da campanha os municípios de Barão de Cocais, Bela Vista de Minas, Carmésia, Catas Altas, Dom Joaquim, Dores de Guanhães, Ferros, Guanhães, João Monlevade, Materlândia, Morro do Pilar, Nova Era, Passabém, Rio Piracicaba, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santa Bárbara, Santa Maria de Itabira, São Domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo, São Sebastião do Rio Preto e Virginópolis.
A participação dos moradores desses munípios é imprescindível para o sucesso da campanha, mantendo-se vigilância permanente no combate aos focos do mosquito nos domicílios, nos quintais, lotes vagos e terrenos baldios.
Situação preocupante
Em Itabira, O último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa) do ano, realizado entre os dias 21 e 25 de outubro, indica aumento no risco de surto dessas doenças, com percentual de infestação predial de 1,8%, quando de acordo com o Ministério da Saúde o índice ideal é inferior a 1%.
Esse último levantamento Liraa indica que os principais focos de proliferação do mosquito transmissor estão nos domicílios, tendo sido encontrados em locais com acúmulo de água parada, onde aparecem os criadouros do temível mosquito.
Ou seja, o perigo mora em casa e precisa ser combatido e erradicado por todos. Os focos foram encontrados em caixas d’água e tambores (52,9% dos focos); bebedouros de animais, vasos de plantas e recipientes diversos (23,5%); recipientes plásticos e garrafas (17,6%); tanques e ralos (5,9%).
Situação semelhante de risco de um novo surto fica evidente também em Minas Gerais, que já registra neste ano mais de 1,3 milhão de casos confirmados de dengue e mais de 140 mil de chikungunya, de acordo com dados da SES-MG consolidados até 21/10.
Entre os 27 municípios que compõem a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Belo Horizonte, foram confirmados 61.305 casos de dengue e 2.092 de chikungunya, evidenciando a importância das ações de combate ao Aedes aegypti em toda a região.
Campanha urgente e necessária
É nesse contexto epidemiológico preocupante que ganha maior importância a campanha Minas Unida no Combate ao Mosquito. Com a campanha serão desencadeadas diversas ações, como limpeza de quintais nas residências, lotes vagos, mutirões comunitários, blitz educativas, distribuição de panfletos e educação ambiental, que é para conscientizar a população sobre seu papel ativo no combate ao mosquito.
Para isso, nas escolas e nas ruas serão distribuídas cartilhas e orientação de casa em casa. Stands informativos com amostras de larvas e panfletagem serão instalados em locais de grande circulação, como em feiras, juntamente com atividades recreativas e blitz educativas.
Ações complementares incluirão caminhadas e passeatas, além de mutirões de limpeza em bairros e centros comerciais para eliminar lixo e entulho que possam tornar criadouros do mosquito.
A campanha somente será bem-sucedida se houver participação de todos nessa guerra contra o mosquito, para que a população não sofra com mais um surto dessas temíveis doenças que podem levar ao óbito.