Primeiro caso confirmado de coronavírus em Itabira não é motivo de pânico, mas de alerta para manter o isolamento social
A secretária municipal de Saúde, Rosana Linhares, em pronunciamento na rede social reafirma a necessidade de a população se manter em isolamento social como forma de amenizar o avanço da pandemia de coronavírus (Covid-19). Só assim será possível reduzir o número de infectados em curto espaço de tempo, o que levaria ao colapso o sistema municipal de saúde.
“Tivemos o recente pronunciamento do presidente e, mesmo assim, Itabira mantém a sua política de controle e monitoramento, como forma de proteger a sociedade”, diz a secretária.
Ela se refere à decisão tomada com o decreto municipal – e também do governador Romeu Zema (Novo), ambos determinando o fechamento do comércio e das atividades não essenciais por tempo indeterminado, assim como o isolamento social por parte da população.
Segundo a secretária, o primeiro caso testado positivo em Itabira de contaminação pelo vírus, nessa quarta-feira (25), é de um jovem que retornou da Europa, passando por vários aeroportos.
Portanto, trata-se ainda de uma contaminação localizada, vinda do exterior. Itabira ainda não tem registro de contaminação comunitária, que é a que ocorre internamente, sem que se saiba a origem.
De acordo com o comunicado da Prefeitura, assim que retornou de viagem o jovem fez contado com a Vigilância Epidemiológica, já com os sintomas característicos. Orientado, tomou as providências preventivas, mantendo-se no isolamento domiciliar, onde permanece em tratamento.
“O paciente está estável e sem complicações. Não há registro de contatos com ninguém próximo a ele. E todos os cuidados preventivos estão sendo observados”, afirma a secretária.
Até ontem à noite, conforme foi divulgado pela Secretaria Municipal de Itabira, havia o registro de 65 casos suspeitos de contaminação pelo novo coronavírus, o que indica um crescimento progressivo.
Todos os pacientes se encontram isolados, alguns internados, enquanto outros permanecem em tratamento domiciliar.
Os casos suspeitos ainda aguardam os resultados das amostras encaminhadas à Fundação Ezequiel Dias (Funed), que tem demorado mais de duas semanas para apresentar os resultados, em decorrência da forte demanda.
Sem diagnóstico, os pacientes permanecem em tratamento – e isolamento – seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério e da Secretaria Estadual de Saúde.
E nas favelas? Como o governo municipal está procedendo? A secretaria podia passar informações sobre as favelas, que são os territórias mais preocupantes.