Placa de estacionamento proibido não foi pregada pela Transita em cruz histórica no adro da Catedral, mas é atentado histórico

Foto: Antônio Alvim

Diferentemente do que foi publicado nesta matéria, a placa pregada na cruz no adro da Catedral não foi afixada pela Superintendência de Transportes e Trânsito de Itabira (Transita), corrige a assessoria de imprensa da Prefeitura de Itabira.

“A placa mencionada nessa última reportagem não foi instalada pela Transita. A sinalização em questão não segue o padrão adotado pelo órgão de Trânsito e Transportes, que precisa seguir as diretrizes de confecção e implantação definidas em legislação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).”

Se foi pregada pela própria catedral, o fato é ainda mais grave, assim como a profanação. Sem o menor pudor, respeito e desconhecimento de sua importância histórica e religiosa, a placa de estacionamento proibido foi instalada em um monumento histórico, uma cruz erguida pelo povo de Itabira, em 30 de outubro de 1904, no adro da antiga matriz Nossa Senhora do Rosário (atual Cadetral).

“Veja até onde alcança a estupidez humana.  Essa cruz, no adro da Catedral, pelo seu histórico, é mais importante do que a Catedral. O momento em que foi instalada foi imortalizado pela lente fotográfica de Braz Martins da Costa, erguida em outubro de 1904. Agora virou suporte de placa de trânsito. A placa foi literalmente pregada na cruz, em cima dos escritos em baixo relevo pelas missões Lazaristas”, conta o engenheiro Antônio Alvim, morador vizinho, indignado com tamanha atrocidade.

Que a placa pregada na cruz seja retirada imediatamente, com o pedido público pelo seu autor de perdão a todos os devotos e à história de Itabira, mais uma vez achincalhada pela incúria humana.