Pela igualdade na diversidade, coletivos promovem eventos na praça do Campestre com muitas atrações
Neste sábado, a partir de 14h, na praça José Máximo Resende, no bairro Campestre, o itabirano em um encontro marcado com o festival 4ª Arte Especial – Celebrando a Diversidade, em parceria com o coletivo de artesãos e artistas itabiranos Tô na Praça e com os Engenheiros Sem Fronteiras, núcleo de Itabira. O 4ª Arte é um programa de extensão da Universidade Federal de Itajubá, campus de Itabira.
Com intensas atividades, que só terminam às 21h, a programação está repleta de shows, oficinas e mostras de artesanato. Haverá também concurso de poesia, além de comidas típicas e outras atrações da cultura popular da terra de Carlos Drummond de Andrade.
O evento deste sábado é a segunda edição do 4ª Arte Especial. A primeira edição ocorreu em 2016, na praça do Areão – e foi um grande sucesso, com muita arte interativa para o público presente.
Para este ano, a novidade é a participação do coletivo Tô na Praça, que já tem tradição em promover eventos culturais e mercadológicos na praça José Máximo Resende. O objetivo do coletivo é promover eventos culturais, agregando valor aos produtos artesanais, aliando criatividade e arte.
Para este ano, o tema escolhido para o 4ª Arte Especial é um convite para que a população se integre à comunidade universitária no projeto Celebrando a Diversidade.
A palavra de ordem é viva e deixe viver a diferença. Afinal, como já escreveu o nosso poeta maior, “o homem não é igual a outro homem, bicho ou coisa. Não é igual a nada. Todo ser humano é um estranho Impar”.
Por isso, todos devem respeitar as diferenças, pois é valorizando a diversidade que a sociedade também se torna mais justa.
“Cada um de nós possui um corpo, uma alma e uma cabeça diferentes dos
outros e isso deve ser celebrado todos os dias!”, registra o manifesto do grupo. “Ainda assim podemos comungar de ideias muito parecidas, como essas que nos motivaram a construir um evento para celebrar toda nossa diversidade.”
É assim que os coletivos se propõe a contribuir por:
– um mundo onde as mulheres e os homens tenham direitos e deveres iguais, seja em casa, no trabalho ou na rua;
– as populações negra e indígena tenham acesso a todas oportunidades que a população branca possui;
– que as formas de amar e de constituir famílias mais diversas convivam em harmonia;
– que nossa fé possa ser cultuada em homenagem aos nossos ancestrais e raízes;
– que sejamos todas e todos socialmente iguais e humanamente diferentes!
Programação é extensa e diversificada
Dentre as atrações, destacam-se as oficinas de slackline, yoga, bioconstrução, amigurumi (crochê) para adultos. Para o público infantil haverá oficina de cofrinhos, porta-retratos, máscaras e uma gincana (organizada pela Atlética da Unifei).
As apresentações musicais do evento ficarão por conta da bateria Calangodum, Marcos Macarra e as bandas Rivotrio, além da discotecagem com a Casa de Jah e Camila Borges, que são atrações para a música não parar de tocar.
A programação inclui também exibição de mini-documentários. O evento contará ainda com uma batalha de poesias (Slam) e o show do rapper João Paiva.
O Slam é uma batalha de poesia, criada nos Estados Unidos na década de 1980, tendo chegado ao Brasil em 2008.
Na pauta das batalhas poéticas também estará a temática da desigualdade social, racismo, violência policial, homofobia, machismo, intolerância religiosa, dentre outros atos discriminatórios que precisam ser eliminados da convivência social, por uma sociedade mais justa, feliz e fraterna.
A batalha de poesia é autoral. O participante deve usar apenas seu corpo e sua voz. Não é permitido o uso de figurino ou objetos cênicos. O intuito é manter o foco nas palavras e na performance do participante.
Qualquer pessoa pode competir, desde que apresente textos autorais.
As avaliações das poesias serão feitas pelo público, por meio de aplausos ao final do encontro ou por um júri popular composto por até cinco pessoas, selecionadas aleatoriamente da plateia.
Apresente a sua arte com criatividade e leveza. Mostre que você também deseja viver em harmonia com a diversidade e contra toda forma de intolerância, respeitando o próximo com as suas diferenças – e sendo também respeitado.
Sobre os parceiros
O coletivo 4ª Arte é um projeto criado na Unifei. É formado por funcionários, alunos e por membros externos. A sua proposta é levar arte e a crítica social aos espaços dentro e fora da universidade. Por meio das artes em suas diferentes formas de expressão, o projeto busca provocar o pensamento crítico e apoia a luta contra qualquer tipo de intolerância e preconceito.
A ONG Engenheiros Sem Fronteira – Núcleo Itabira é reconhecida mundialmente por realizar projetos de engenharia sem fins lucrativos, para o desenvolvimento local e regional. Promove melhorias na qualidade de vida das comunidades menos favorecidas.
O coletivo Tô Na Praça #EconomiaSolidária é um grupo de artesãos que se reúne uma vez por mês aos sábados, geralmente na praça Máximo Resende, no bairro Campestre. Expõe os trabalhos de seus integrantes (a maioria não
encontrados nos mercados tradicionais da cidade). Além do artesanato, o grupo organiza a feira repleta de atrações musicais, alimentação, entretenimento, com a constante preocupação de interagir com todos os públicos. O projeto não tem vínculo com a prefeitura e conta sempre com apoio de outros coletivos/amigos da cidade, como as trupes do 4ª Arte, Altamente, Viravoltear e Casa de Jah Soundsystem.
Contatos
Para saber mais, informe-se com:
Pedro Caneca: +55 31 99488-2627
João Lucas: +55 31 98625-090
Para quem sempre sabe que aos sábados Itabira não tem culturalmente nada. O que não é novidade.
Agora já sabe que tem o que fazer culturalmente no próximo sábado.
E se já é a quarta edição do Arte Especial -Celebrando a Diversidade, é porque é legal ganhar tempo e conhecer mais o que o itabirano sabe fazer.
Bom para encontrar amigos, conhecer pessoas, obras de artesãos, música, comidas, oficinas.
Me faz lembrar do tema de um grupo de feministas dos anos 1980, da UFMG (professoras, alunas e funcionários): “Viva as diferenças com direitos iguais”
Até mais ver lá no Campestre.