Passaporte ecológico, a ser lançado no sábado (19), é convite para o turista conhecer o Parque do Limoeiro e os atrativos de seu entorno
Fotos: Carlos Cruz
A partir de sábado (19), informa o gerente Alex Amaral, visitantes do Parque Estadual Mata do Limoeiro terão à disposição um “passaporte” para registrar a sua passagem por essa importante unidade de conservação de Minas Gerais e pelas atrações naturais e paisagísticas de seu entorno.
A ideia do passaporte Parque Estadual Mata do Limoeiro e as sete maravilhas do seu entorno é fomentar “a visitação e o turismo em rede, conectando os atrativos dos distritos e também informando aos visitantes das riquezas naturais, históricas e turísticas da região”, explica Amaral.
Segundo ele, no documento estará identificado os atrativos naturais e turísticos da região, com ênfase para as “sete maravilhas” naturais existentes ao seu redor.
São todas dignas de visitação por meio de passeios por estradas que precisam ser melhor conservadas, para o turista ir e voltar em qualquer época do ano com segurança.
Atrativos
No interior do parque, o visitante pode desfrutar de um refrescante banho nas cachoeiras do Paredão, Derrubado, além de conhecer as Salas Temáticas e do Mirante do Campestre, além das trilhas que podem ser percorridas a pé e também de bike.
Já fora do parque os atrativos, em Ipoema, são os museus do Tropeiro e da Pharmácia, Morro Redondo, Cachoeira Alta (Macuco).
No distrito de Senhora do Carmo estão o povoado Serra dos Alves, com as suas cachoeiras, além do Centro de Tradições, na sede distrital, que a Prefeitura promete revitalizar com ocupações diversas pelos artesãos e artistas da região.
Registros
A partir do seu lançamento, o visitante já pode obter o passaporte nas pousadas credenciadas, no museu do Tropeiro e também na sede do parque, por meio de um simples cadastro.
É nesses pontos que o turista fará o registro das visitas no passaporte, com carimbos na respectiva página da atração. Para isso, terá de registrar a sua presença em cada atrativo com uma foto (selfie), comprovando a sua presença no local visitado.
Parque é uma conquista da população de Ipoema ao impedir que a mata virasse carvão
O Parque Estadual do Limoeiro é uma importante unidade de conservação do município de Itabira, mas não é só isso: é, antes de tudo, uma conquista dos moradores de Ipoema.
Isso porque, no início da década de 1990, lideranças locais impediram que a sanha assassina da motosserra entrasse na mata, já castigada no passado, mas que se encontrava em fase final de regeneração, para transformá-la, mais uma vez, em carvão vegetal para alimentar os altos-fornos das poluidoras siderúrgicas da região.
Por meio de decreto, o então prefeito Luiz Menezes (1989/92) a transformou em uma unidade municipal de conservação, tornando-a imune de corte e supressão. Salvou-se, portanto, deixando de virar carvão.
A fazenda do Limoeiro, onde o parque está localizado, foi adquirida no passado pelo carvoeiro Zezinho Simão, que deixou vários herdeiros na região.
Ele comprava as matas para as siderúrgicas e ficava com a posse das terras, adquiridas juntamente com as florestas dizimadas.
Em 2013, por meio de decreto estadual, toda a extensão da Mata do Limoeiro foi transformada em parque, administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).
O parque dispõe de mais de 2 mil hectares de matas preservadas. Passaram a integrar a unidade de conservação por meio de “doação” da mineradora Vale, como medida compensatória de outros desmatamentos, preservando assim os biomas remanescentes do Cerrado e da Mata Atlântica.
Localizado na banda oriental da Cordilheira do Espinhaço, o parque fica a poucos quilômetros da sede de Ipoema, no meio do caminho de uma estrada vicinal alternativa que leva ao distrito de Senhora do Carmo e também ao povoado Serra dos Alves.
Na unidade de conservação já foram identificadas pelo menos três espécies ameaçadas de extinção: a samambaiaçu, a braúna-preta e o jacarandá-caviúna, uma das mais valorizadas madeiras brasileiras.
Entre as espécies faunísticas, destaque para as que são raras, como o rato do mato e o gambá-de-orelha-branca, presentes somente em áreas de Mata Atlântica. Há ainda outras espécies de grande significado para a conservação, agora protegidas pelo Estado e pelo sentimento de pertencimento dos moradores.
Quando a matéria se refere ao entorno do limoeiro , pode-se incluir Macuco também neste roteiro ? Tirando a cachoeira Alta e o Morro Redondo ? Porque se for o caso , deveriam criar alguma coisa pra que o turista possa dar um pequeno pulinho em Macuco pra conhecer o local . Infelizmente não há nada por alí que aguçe a atenção de quem procura bons atrativos turísticos. Parece que se esqueceram que lá tem um igreja centenária que está praticamente desativada , onde outros governos só “arrumaram ” a fachada . Pra quem não sabe alí existiu um quilombo . Tem histórias que divide opiniões. Ipoema em sí antes era só a cachoeira que atraia poucos turista . Após a implantação do museu e da reestruturaçao do Morro Redondo é que se deu o boom . Falar de determinadas belezas de ipoema que já são a tempos atrações é chover no molhado , aí é fácil. Gostaria que a quem compete criar e construir novas alternativas e roteiros .