Para o grupo vocal Triar, livre cantar é só começar

Para a pianista, cantora e educadora musical Nana Mendonça, o canto é um exercício da voz – e qualquer pessoa pode soltar a voz sem ter vergonha de ser feliz – e tornar-se leve, livre e solto, apesar de toda obscuridade que o país e o mundo vivem.

“Cantar é um exercício da voz para o canto. Estamos tão acostumados com a nossa voz nas palavras que, quando cantamos, muitas vezes o ouvido não reconhece a nossa própria voz cantada”, disse ela no Prosa Musical, programa de entrevistas coordenado e divulgado nas redes sociais pelo músico e professor Júlio César “Mengueles” Batista Mattos (acompanhe aqui https://www.youtube.com/watch?v=xeq942g9HBI&feature=youtu.be).

Segundo a musicista itabirana, cantar é um dom cujo talento pode ser adquirido – e aprimorado. “É como jogar futebol, que se aprende jogando”, disse ela na entrevista com Menguele, lembrando que o canto é também técnica vocal. “Com treinamento, qualquer pessoa pode cantar afinado e adquirir intimidade com a sua voz cantada.”

O apresentador Júlio Menguele com Jordanna Malena, Nana Mendonça e Zeca Rodrigues: Triar, o canto que se quer livre. No destaque, apresentação do grupo no Centro de Referência da Música Carioca Arthur da Távola, no Rio de Janeiro. (Fotos: Cris Guerra e Divulgação)

E como bem lembrou o apresentador Júlio Menguele, se quem canta seus males espanta, nada melhor do que ouvir o grupo vocal Triar, formado pelas itabiranas Nana Mendonça e sua irmã Jordanna Malena – e pelo artista carioca Zeca Rodrigues, já conhecido em Itabira, tendo-se apresentado no Festival de Inverno de 2010 com o sexteto vocal à capela BeBossa e ministrado oficinas na Escola Livre de Música, na Casa do Brás.

Versátil, o Triar verseja o seu canto com belos arranjos de Zeca Rodrigues, com sonoridade leve e envolvente. Perpassa com naturalidade por diversos gêneros musicais na seleção de seu repertório, com influências da música brasileira, assim como do jazz e do rock.

Resgata com muita competência uma importante tradição brasileira que é a música vocal, o principal elo de ligação entre os integrantes. “A gente se diverte cantando. Os arranjos do Zeca são todos gostosos e fáceis de cantar”, conta Jordanna Malena.

Para ela, cantar é um exercício de libertação, um caminho possível para se colocar a voz para fora. “O nosso corpo foi formatado divinamente com um instrumento dentro de nós. Temos mais que soltar a voz e cantar”, sugere como terapia – e também como forma de espantar o espanto diante de tudo que vem ocorrendo no país e no mundo.

À capela 

Apesar da recente formação – o grupo só foi formado no ano passado –, o Triar já se apresentou no Centro de Referência da Música Carioca Arthur da Távola, no Rio de Janeiro. Para este ano planeja, com produção independente, a realização de shows pelo Brasil. Para o repertório, o trio aposta também no potencial de criação de composições autorais.

O Triar conta em sua formação com a participação de Nana Mendonça, musicista formada pela Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). Desde a infância, ela conta que carrega em sua trajetória musical forte influência da música vocal à capela e canto coral, fator determinante para a escolha da profissão.

Já integrou renomados coros como o Ars Nova e Madrigale. E participou como backing vocal junto com diversos artistas brasileiros. Como pianista, atuou em pequenas formações em música de câmera e foi pianista da Gerais Big Band, da UFMG.

Nana é professora de canto, piano e musicalização infantil. Ministrou oficinas e workshops de música em diversas cidades brasileiras (Araxá, Itabira, Belo Horizonte, Ouro Preto) – e também no exterior (Portugal, África e Alemanha). Foi maestrina do Grupo Vocal da Universidade Federal de Itajubá, campus de Itabira. Atualmente, além do Triar, atua como tecladista e cantora da banda Dread Locko, de Belo Horizonte.

Outra componente do Triar é a também itabirana Jordanna Malena que, como a irmã, tem em sua formação forte influência do ambiente artístico na família. Sua jornada musical iniciou aos 8 anos de idade, quando começou a cantar e estudar piano, flauta, passando também pela percussão e pelo teatro.

Aos 15 anos, ingressou na primeira turma da Escola de Formação Gerencial do Sebrae, em Itabira, abrindo espaço para o empreendedorismo. Em Belo Horizonte formou-se em Psicologia e em Gestão Pública.

Já no Rio de Janeiro, teve formação em Canto do Corpo e Dança Percussiva, além de ter-se especializado em Terapia Através do Movimento. Atuou na gestão de projetos e no desenvolvimento de competências no setor público, carreira que interrompeu para se dedicar exclusivamente à música e à sua pesquisa em terapia do som e do movimento.

Já Zeca Rodrigues é músico carioca, graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Uni-Rio), com especialização em Regência Coral e Arranjo Vocal, estando atuando também no cenário musical de Minas Gerais. Reúne vasta experiência no universo da música vocal como cantor, arranjador, regente de coros, diretor musical.

É idealizador de diversos grupos vocais, como o sexteto BeBossa, que tem dois discos gravados, um deles, premiado pela Rádio Cultura-SP e outro indicado no Prêmio de Música (ouça aqui https://soundcloud.com/bebossa-grupo-vocal).

Também participa de festivais de música como artista convidado. Seus arranjos já atravessaram o Atlântico – e podem ser ouvidos até em Berlim, onde realizou workshop de música brasileira. Além de violonista e professor de percepção, arranjo e harmonia, Rodrigues é também autor do livro Arranjos Vocais, lançado no Festival de Coros de Catanduva (SP), em 2017.

Contatos para shows:

zanza.producoes@gmail.com

(31) 999368008

(021) 979741780

Prosa musical resgata o velho e atual cenário da música em Itabira 

Conforme explica o seu idealizador e coordenador, Júlio Mengueles, o programa Prosa Musical tem por objetivo resgatar a história cultural de bandas e músicos que fizeram parte do cenário musical de Itabira e da região.

A proposta é o resgate do velho e atual cenário musical da cidade. Com entrevistas entremeadas de apresentações musicais conta histórias do passado, além de revelar talentos atuais por meio do canal Youtube e outras fontes das redes sociais na internet.

O primeiro programa foi ao ar no canal Júlio Mengueles, no dia 26 de junho de 2018, com a cobertura de um evento musical no Centro Cultural, o Conexão Jovem. Nesse evento, alunos do ensino fundamental municipal e estadual fizeram uma disputa musical entre as escolas. Na sequência foram postadas várias entrevistas com artistas, bandas, produtores culturais de Itabira e região.

O projeto conta com participação de Cris Guerra nas fotografias e filmagens. Outra colaboração que se destaca é do baterista Tadeu Felipe, hoje representante do Prosa Musical em Londres, na Inglaterra.

 

 

 

 

 

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