O Planalto entra em desespero e intervém na Petrobras

Foto: André Motta de Souza/
Agência Petrobras

Rafael Jasovich

O presidente Jair Bolsonaro (PL) demitiu José Mauro Coelho do comando da Petrobras e essa é só a primeira de uma série de mudanças que o governo vai fazer na petroleira. Além de demitir Coelho, o ministro de Minas Energia, Adolfo Sachsida, vai fazer mudanças no conselho de administração da estatal.

A avaliação é de que, se o governo realmente quiser trocar os rumos da empresa, terá que nomear novos conselheiros de administração, dispostos a seguir as suas ordens e não a votar de acordo com “os melhores interesses da empresa”.

Sachsida ainda quer avançar nas privatizações da Petrobras e também da PPSA, a estatal responsável pela parte da União no pré-sal.

Universidade

Outra medida estapafúrdia do Planalto é a proposta de cobrança de mensalidades nas universidades públicas.

Medida profundamente antipopular que gerará protestos, greves e uma movimentação estudantil sem precedentes.

Com certeza é mais um tiro no pé do capitão ainda presidente.

Para isso, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), da Câmara dos Deputados, vota cobrança de mensalidade em universidade pública, sob protestos da oposição e entidades.

PEC de autoria de general bolsonarista é relatada pelo deputado bolsonarista Kim Kataguiri (União Brasil), que é também favorável ao projeto.

General Peternelli, autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), diz que gratuidade atual privilegia alunos de família com maior renda.

A PEC 206/19, que determina que as universidades públicas devam cobrar mensalidades dos alunos, foi analisada na tarde de terça-feira (24) na CCJ da Câmara dos Deputados. Entidades estudantis e deputados e senadores da oposição protestam contra a iniciativa.

De acordo com o texto, a gratuidade será mantida apenas para estudantes comprovadamente carentes, definidos por comissão de avaliação da própria universidade, com base em valores mínimo e máximo, estabelecidos pelo Ministério da Educação.

Mas por forte pressão dos estudantes e do PT, o projeto foi retirado de pauta da CCJ, que tem a incumbência de analisar a admissibilidade do texto.

No caso de a proposta retornar, sendo aprovada na CCJ, será criada uma comissão especial para debater e votar o seu mérito, que depois terá que passar pelo Plenário da Câmara.

 

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