Vila de Utopia

O mundo vasto mundo de CDA -XVII

Pesquisa e acervo:
Cristina Silveira

1959 – CDA traduziu Dona Rosita, a Solteira ou A Linguagem das Flores, de Federico Garcia Lorca. Jornal do Brasil (RJ), 20/11/59.

1960 – Teatro. Pluft, o Fantasminha, em Buenos Aires. O teatro israelita de Buenos Aires está levando, com grande êxito, há mais de um mês, a peça infantil Pluft, o Fantasminha, de autoria de Maria Clara Machado. A tradução foi feita por Maria Julieta Drummond Graña, filha do poeta CDA e professora do Centro de Estudos Brasileiros de Buenos Aires. Correio da Manhã, 24/6/60.

1960 – CDA traduziu para O Tablado a peça de Garcia Lorca (que vai ser dirigida por Sérgio Vioti): Dona Rosita a Solteira. Correio da Manhã, 21/7/60.

1960 – Entregues os prêmios de literatura e reportagem conferidos pela Prefeitura do Distrito Federal (prefeito Sá Freire Alvim), no Palácio Guanabara. Prêmios municipais de Literatura e Reportagem relativos ao ano de 1959. Prêmio João do Rio (Reportagem). CDA fez parte da comissão julgadora. Correio da Manhã, 19/4/60.

1960 – Frases da Semana. José Álvaro, cronista, a respeito do Festival do Escritor: Acredito tão piamente no entendimento reciproco entre escritor e público que posso afirmar que os meus cabelos não estarão totalmente grisalhos quando eu vir, com os olhos encharcados, CDA leiloar o passe de Garrincha. Correio da Manhã, 31/7/60.

Dolf Verspoor (1917-1994)

1960 – Vai falar aos holandeses sobre o Brasil, rápida conversa com o poeta Dolf Verspoor. Encontra-se no Brasil o poeta holandês Dolf Verspoor, que já traduziu para a sua língua vinte e cinco sonetos de Camões, além de vários poetas brasileiros – CDA, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Mário de Andrade, entre outros – e, se regressar à Holanda, pretende lançar uma antologia brasileira moderna.

Ideias de Dolf Verpoor sobre o Brasil: está impressionado com a excelente qualidade de nossa imprensa. Também com o realce que dá aos homens de letras. “Na mesma hora, li cinco jornais do Rio, neles encontrando, poema de Cecília Meireles e crônicas de Manuel Bandeira e CDA”.  Correio da Manhã (RJ), 7/8/60.

Alphonsus de Guimaraens Filho (1918-2008) e Drummond (1902-1986)

1960 – Publica Alphonsus de Guimaraens Filho seus Poemas Reunidos. Portanto, toda a obra de um poeta que, pela profundidade psicológica de sua arte e pela expressão formal, desde há muito tem um lugar assegurado em nossos quadros literários. Sua poesia – escreveu CDA – “não nos conta apenas um deslumbramento pessoal: conduz-nos a outros”. Escritores e Livros, José Condé. Correio da Manhã, 25/8/60.

Juanita Camejo Alvarez

1960 – Recital de Poesia: Sob os auspícios da Embaixada do Uruguay, do Pen Clube e do Instituto Cultural Brasil-Utuguay, a poetisa uruguaia Juanita Camejo Alvarez Correio da Manhã, 30/8/60.

Mauro Mota (1911-1984)

1960 – Livros da Semana. O conceito de crônica como gênero literário tem evoluído muito. E quase se poderia dizer parafraseando Mário de Andrade: crônica é tudo aquilo que chamamos de crônica.

Por outro lado, o conto hoje, tendendo a desfazer-se do substrato anedótico e reduzindo-se às vezes a um simples “quadro” fixado sob uma aura poética, pode confundir-se em certos casos com a crônica, tal como a cultivam um CDA ou Raquel de Queiroz.

Ora, neste livro Capitão de Fandango, que Mauro Mota acaba de publicar, dá-se o contrário: a crônica é que se parece com o conto. Correio da Manhã, 3/9/60.

Federico Garcia Lorca (1898-1936)

1960 – Teatro. A estreia de D. Rosita a Solteira de Garcia Lorca, tradução de CDA, está marcada para o dia 22 de setembro. Correio da Manhã, 3/9/60.

1960 – Teatro. D. Rosita a solteira, dia 22 no Tablado. O Tablado estreará no próximo dia 22 seu segundo programa do ano, D. Rosita a Solteira, de Garcia Lorca tradução de CDA e como protagonista Maria Clara Machado. Correio da Manhã, 17/9/60.

Atillio Milano (1897-1955)

1960 – Vida Cultural. Atílio Milano, poeta e ensaísta. Pouco antes de falecer, a 20 de setembro de 1955, havia publicado um livro de ensaios “Literatura Dissipada”, com prefácio de CDA. Correio da Manhã, 20/9/60.

1960 – O tradutor. CDA, o nosso maior poeta contemporâneo, dispensa considerações em torno do seu nome. Poeta dos maiores, de uma probidade intelectual admirável deve com sua tradução de D. Rosita, a Solteira, recriado de Garcia Lorca.

Essa é a primeira vez que um artista da importância e do porte de CDA contribui para o teatro na qualidade de tradutor, se bem que seja sua, uma das mais expressivas traduções  de O Avarento, de Molière. Correio da Manhã, 22/9/60.

1960 – Cadernos de Cultura. José Simeão Leal lançará brevemente, na Coleção Cadernos de Cultura as Artimanhas de Scapino, de Molière, em tradução do poeta CDA. Coluna Escritores e Livros, de José Condé. Correio da Manhã (RJ), 29/9/60.

1960 – Conferiu o público também nutridos de aplausos, ao inicio do programa, ao soprano Lêda Coelho de Freitas que, na versão orquestral, regida por Souza Lima, interpretou um grupo de Serestas. É Lêda Coelho de Freitas uma das cantoras de câmara das mais distintas, com que atualmente contamos.

Das sete Serestas previstas no programa, por motivos técnicos que foram expostos à plateia, nos trouxe Lêda Coelho de Freitas as seguintes: Pobre cega (Álvaro Moreira), Saudades de minha vida (Dante Milano), Cantiga de Viúvo (CDA) e Redondilha (Dante Milano).

São tão belas essas páginas, na sua sequencia integral, que valeria ouvi-las todas, mesmo que, ao invés de orquestra tivéssemos a colaboração do piano. Mas não há dúvida que a orquestração magistral de Villa-Lobos lhe confere, como era de esperar, riqueza e relevo superiores, fazendo ampliar-se o quadro expressivo. Uma palpitante emoção deixou de nutrir a Cantiga de Viúvo, sobre poema de CDA, que é de sentido mais intimo. Por Eurico Nogueira França. Correio da Manhã (RJ), 2/12/60.

Jorge Lacerda (1914-1958)

1960 – Teatro das Letras. Em Letras e Artes, Jorge Lacerda (Djalma Viana, criador de Suplementos Literários) procurou instituir uma seção de critica literária com pseudônimo.

Dela se encarregou CDA, que nos deu páginas interessantíssimas, apreciando livros do dia, sem as contemplações e os armários do compadrio tão frequentes no mundo das letras.

Mas CDA bem depressa se aborreceu da tarefa, em que revelara ainda uma vez seus conhecidos atributos de humor e argúcia intelectual. Correio da Manhã (RJ), 8/12/60.

Revista O Cruzeiro, maio de 1960

1960 – Teatro. Os críticos que formam o Círculo Independente de Críticos Teatrais reuniram-se terça-feira passada no restaurante de O Cruzeiro para, durante um almoço de confraternização, ser procedida à entrega dos prêmios referentes ao corrente ano. CDA recebeu o premio de melhor tradutor por Dona Rosita, a Solteira. Correio da Manhã, 29/12/60.

Wilson Martins (1921-2010)

1960 – Observa Wilson Martins: CDA vem publicando, de cinco em cinco anos, as suas “poesias completas” acrescidas, de volume para volume, de um livro novo. Qual a razão desse constante retorno sobre si mesmo e desse incessante lançamento de tentáculos sobre o futuro? Jornal do Brasil (RJ), 7/5/60.

1960 – A poesia de CDA circula em Lisboa pela Guimarães Editores. Jornal do Brasil (RJ), 17/5/60.

1960 – Livro de Lógicos e Místicos, de Hildon Rocha reúne longos trabalhos de vários brasileiros, entre eles CDA. Jornal do Brasil (RJ), 27/8/60.

Caso do Vestido na interpretação da Cia de Ballet Klauss Vianna (1950

1960 – O Ballet Klauss Viana, de Belo Horizonte, chega ao Teatro Maison de France para apresentar Caso do Vestido de CDA e O Amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos. Jornal do Brasil (RJ), 27/10/60.

1960 – CDA doou e autografou livros em benefício da ABBR-Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação. Jornal do Brasil (RJ), 4/11/60.

Bilhete de renúncia à presidência da República de Jânio Quadros (1917-1992)

1960 – CDA e vários intelectuais enviaram telegrama ao presidente Jânio Quadros, pelo pronunciamento a favor da Argélia. Jornal do Brasil (RJ), 4/12/60.

 

1960 – CDA foi o responsável por listar todas as coleções de arte particulares do país, do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A Noite (RJ), 22/12/60.

Georges Feydeau (1862-1921)

1960 – O CICT-Circulo Independente de Críticos Teatrais conferiu a CDA o prêmio pela tradução de, Pulga Atrás da Orelha, do dramaturgo francês, Georges Feydeau. A Noite (RJ), 30/12/60.

1960 – CDA recebeu do Circulo Independente dos Críticos Teatrais, o Prêmio Padre Ventura pela tradução de D. Rosita, a Solteira. Jornal do Brasil (RJ), 31/12/60.

 

Sair da versão mobile