O mundo vasto mundo de CDA – XI –

Di Cavalcanti (1897-1976)

Pesquisa e acervo:
Cristina Silveira

1957 –  No auditório do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico são apresentadas cinco audições de Villa-Lobos do Poema de Itabira, de CDA.  Jornal do Brasil (RJ), 11/8/57.

Villa-Lobos e Arminda entre alunos do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico – CNCO. Brasilianas. Acervo Museu Villa-Lobos, Rio.

1957 – Resposta de CDA a um jornalista sobre a morte de Lasar Segall: – Desculpe-me, não respondo por que senão perco o assunto de uma crônica. Jornal do Brasil (RJ), 11/8/57.

Lasar Segall (1889-1957)

1957 – CDA comunica a seus amigos que o suicídio não é a solução. Jornal do Brasil (RJ), 22/8/57.

1957 – Debate sobre A cultura no Brasil de Hoje: haverá leitura de um dos contos do livro Contos de Aprendiz, de CDA. Correio da Manhã (RJ), 25/8/57.

1957 – Republica das Letras, livro de Homero Senna, editado pela São José reúne entrevistas publicadas na imprensa entre 1944-49 de vários escritores. “Quanto ao futuro da literatura”, o poeta CDA diz acreditar que, com o desenvolvimento das novas técnicas de difusão cultural, chegaremos um dia a ler com os pés, “na ponta dos sapatos fotoelétricos de 1960, e leremos peças de madeira, superfícies de alumínio, portas de elevador, o diabo”. Jornal do Brasil (RJ), 25/8/57.


1957 – Conferência promovida pela Ação Católica sobre cultura brasileira contou com a presença do ator Paulo Autran que leu o conto A Moça, A Flor e o Telefone, de CDA. Jornal do Brasil (RJ), 1/9/57.1957 – O livro Poemas, de Joaquim Cardozo, engenheiro e poeta, contou com prefácio magistral de CDA. Correio da Manhã (RJ), 31/8/57.

Joaquim Cardozo (1897-1978), poeta e engenheiro da equipe de Oscar Niemeyer.

1957 – O livro Poemas, de Joaquim Cardozo, engenheiro e poeta, contou com prefácio magistral de CDA. Correio da Manhã (RJ), 31/8/57.

1957 – CDA acha que sua vida não tem interesse algum: Penso que a biografia do escritor deve ser dada a conhecer ao publico quando é movimentada, rica de passagens curiosas e quando os vários lugares em que o mesmo esteve e as pessoas que conheceu influenciaram na sua obra. – Como se fez escritor? – Não sei, nunca poderei saber. Nem sei mesmo se sou escritor. Todo mundo que aprendeu a ler e escrever é mais ou menos escritor. E o é tanto mais, quanto menos procure dar ao que escreve o tom de literatura. Correio da Manhã (RJ), 31/8/57.

1957 – CDA está na lista dos que irão jantar no restaurante Recreio para comemorar os 60 anos de vida do pintor Di Cavalcanti. Correio da Manhã (RJ), 3/9/57.

CDA, Francisco de Assis Barbosa, Carlos Ribeiro, Manuel Bandeira e Lygia Fagundes Telles (1918-1922). Coleção IMS.

1957 – O Clube de Poesia, com sede em SP, vai realizar em Campinas um Curso de Poesia Brasileira Contemporânea. Lygia Fagundes Telles vai falar da obra de CDA Correio da Manhã (RJ), 4/9/57.

Para Todos. Img CEDAM-ASMOB

1957 – CDA colabora com um artigo no jornal Para Todos, edição especial sobre o Rio de Janeiro. Correio da Manhã (RJ), 6/9/57.

Di Cavalcanti (1897-1976), em 1965

1957 – Di Cavalcanti comemora os sessenta anos em jantar entre amigos. Na oportunidade lançou álbum 7 Flores (120 exemplares), com desenhos dele e poema-prefácio (poema Pacto), de CDA que analisa a obra do pintor. Jornal do Brasil (RJ), 6/9/57.

1957 – Poesia em disco. Margarida Lopes de Almeida interpreta Passagem da Noite, de CDA, no novo LP, da Coleção Interpretes, produzido pela Editora Festa. Correio da Manhã (RJ), 8/9/57.

Velório de José Lins do Rego (1901-1957)

1957 – Morre José Lins do Rego. CDA comparece ao velório. O corpo foi velado na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Correio da Manhã (RJ), 13/9/57.

CDA, José Olympio e Manuel Bandeira. Foto de 1954.

1957 – O Copacabana Seara Club (Associação de Pais de Família) cria o Grupo de Estudos Teatrais e apresenta Lira Brasileira, na interpretação de um coro falado com poesia de CDA e Manoel Bandeira. Correio da Manhã (RJ), 18/9/57.

1957 – Frase de CDA: Uma vacina contra a “asiática” foi oferecida ontem, como presente de casamento, pelo pai da noiva. Com recomendação: tome escondido, não chega para ele. Correio da Manhã (RJ), 22/9/57.

1957 – The Times Literary Supllemente, publica número especial sobre América Latina e cita CDA. Correio da Manhã (RJ), 1/10/57.

1957 – Os Ombros Suportam o Mundo, de CDA, é publicado na Antologia Ibero-Americana, pelo embaixador da Republica Dominicana no México. Jornal do Brasil (RJ), 5/10/57.

1957 – Brasileiros na Holanda. De Gids (1837) a mais antiga revista literária holandesa publicou a tradução de poesias de CDA, Manuel Bandeira e Cecília Meireles. Correio da Manhã (RJ), 9/10/57.

1957 – Manuel Bandeira: Bem, Londres um belo dia me sorriu num suplemento literário do Times (16/8) em artigo não assinado sobre a América Latina, onde o meu nome vem citado na companhia de CDA e Gilberto Freyre. Jornal do Brasil (RJ), 13/10/57.

1957 – Poetas e Prosadores. O grupo de jogral, Os Desconhecidos, apresentou na Biblioteca Municipal o programa Páginas de Poesia. Sociedade de CDA fez parte do programa. Correio da Manhã (RJ), 16/10/57.

Francisco Negrão de Lima (1901-1981)

1957 – O Concurso de Literatura, instituído pela Prefeitura, governo de Francisco Negrão de Lima, teve como jurado CDA. Correio da Manhã (RJ), 23/10/57.

Heitor Villa-Lobos. Acervo Estadão

1957 – Discografia poética. O Centro de Coordenação do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico preparou um novo programa em que consta a execução em gravação do Poema de Itabira, poesia de CDA musicado por Villa-Lobos gravação feita em São Paulo. Correio da Manhã (RJ), 24/10/57.

Luís Martins (1907-1981). Acervo IMS

1957 – CDA jantou, mas não discursou na homenagem aos 50 anos do escritor Luís Martins. Jornal do Brasil (RJ), 29/10/57.

1957 – Livros da Semana. Geografia da Violência. É um velho debate que já vem tornando odioso esse da legitimidade ou não da literatura “engagée”. Sem pretendermos simplificar questões demasiado complexas, julgamos o seguinte: o artista pode sem “comprometer-se” tomar partido ante os problemas de seu tempo, uma vez que os exprima pelos meios adequados à arte, isto é, pelos meios estéticos. Essa atitude assumiu, por exemplo, CDA na Rosa do Povo, sem que com isso perdesse qualquer coisa a autenticidade artistica de sua poesia. Correio da Manhã (RJ), 23/11/57.

Manuel Bandeira (1886-1968)

1957 – Enquete do JB: Quem é o autor de Ode a Bandeira? A suspeita da maioria recaiu sobre CDA, que respondeu: Não sou o autor. Gostaria muito de saber quem é. Inclusive porque estou preparando um dicionário de pseudônimos e quero incluir o de Horácio Brasilio. Por isso estou muito preocupado com a Ode e seu ator. Jornal do Brasil (RJ), 26/11/57.

1957 – A poesia e a crônica, de Eugenio Gomes (1897-1972): Entre as criações da maturidade de CDA, lembre-se o poema de sabor arcaico Os Bens e o Sangue, que é uma crônica no sentido mais lidimo deste termo, condicionada a um ritmo poético de extraordinário poder sugestivo e musical. Em suma a arte de CDA, encarada por esse aspecto, é o mais incisivo testemunho de que o influxo do jornalismo sobre a poesia representa um poderoso fertilizador. Correio da Manhã (RJ), 30/11/57.

Eugenio Gomes (1897-1972)

1957 – CDA é um grande que nem comenta a hipótese de entrar para a Academia Brasileira de Letras. A Noite (RJ), 6/12/57.

1957 – A União Universitária Feminina no tradicional Chá da Vitória, promovido há 29 anos, aos novos bacharelandos Grupo de Teatro Rural de Estudantes, levou a cena o poema José de CDA. Correio da Manhã (RJ), 18/12/57.

O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna (1927-2014).

1957 – O Santo e a Porca de Ariano Suassuna, é dedicado a CDA. Correio da Manhã (RJ), 18/12/57.

Honoré de Balzac (1799-1850)

1957 – CDA, Guimarães Rosa, Aurélio Buarque de Holanda presenciaram defesa da tese sobre Balzac do concurso para cátedra de francês do Colégio Pedro II. Jornal do Brasil (RJ), 13/12/57.

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