Novos “rachas” fabricando a (des) União dos europeus
Antonio Masiello/Getty Images
Giorgia Meloni, líder do partico neofacista Irmãos da Italia, vence as eleições e é a primeira mulher a governar o país
Veladimir Romano
A decisão da Comissão Europeia em decretar 500 bilhões de euros para a energia, manifesta medo e pavor do que ainda está para chegar, caso o restante gás da torneira, acabe, por decisão da Rússia.
Lamentável que na visão política tão limitada e de quanta irresponsabilidade possuída nas estratégias unicamente de pendor macroeconômico, interessem aos governos e parlamentares europeus, criando hoje pânico generalizado, quebra das empresas, inimizade, mas pior, fabricando ódios difíceis de reparar.
A União Europeia através dos seus parlamentares andam promovendo a continuidade do conflito e a destruição do território ucraniano. Enquanto isso, quase em segredo, contratos super milionários estão sendo assinados entre dirigentes-empresários ucranianos e empresas da União [alemães, franceses, holandeses], prevendo a reconstrução valendo neste momento mais de 300 bilhões de euros.
Em Bruxelas, perante esforços da Comissão ao entendimento com nove membros praticamente querendo ficar fora da disputa política e do bloqueio contra a Rússia; levando a Hungria declarada dianteira usando seus argumentos, recebeu recente ameaça dos restantes e da chefe Ursula von Leyin, ameaçando retirar dos húngaros dos bónus financeiros sete bilhões e meio de euros.
Já na Itália, volta a extrema-direita, agora liderada pela jovem Giovana Meloni (1977-), do partido “Fratelli d’Italia” [Irmãos da Itália], juntando mais três forças, farão novo governo num país ciclicamente ingovernável.
Na Suécia, para surpresa de uns quantos desatentos, a direita arrastou a extrema para o palco da governação e, pela primeira vez, muita coisa vai certamente mudar no reino escandinavo com o novo premiê Ulf Kristerson (1963-), liderando a bancada com 349 deputados no Riksdag; numa votação recorde com 87% de eleitores.
E assim devem surgir novas rachas desunindo a União dos europeus, abrindo portas a sucessivas crises.
*Veladimir Romano é jornalista e escritor luso-cabo-verdiano.