Neste domingo, amigas e amigos celebram o poeta Marcelo Dolabela na Casa do Jornalista, em BH
Foto: Foto: Túlio Travaglia
Como já virou tradição, o poeta “dadamídia” Marcelo Dolabela, falecido em 18 de janeiro de 2020, vítima de um acidente cardiovascular (AVC), será mais uma vez homenageado pelas amigas e amigos neste domingo (17), quando se comemora o seu nascimento, na cidade de Laginha, MG.
Desde 2020, o dia 17 de setembro virou dia m-d. Neste ano, a celebração de seu nascimento ocorre no domingo, a partir de 16h, na Casa do Jornalista (avenida Álvares Cabral, 400, Belo Horizonte, MG), com muita poesia e música, suas eternas musas.
Haverá também shows com as bandas Divergência Socialista e Rádio Dadá. A entrada é franca.
Saiba mais
O poeta e professor Marcelo Dolabela foi um artista multimídia, roteirista, músico, pós-graduado em literatura brasileira pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em comunicação pela Universidade São Marcos.
Dolabela já teve trabalhos de arte postal expostos em salões nacionais e internacionais (Canadá, Estados Unidos, Peru, Uruguai, Bélgica, França, Portugal).
Foi colaborador do jornal O Cometa Itabirano por muitos anos e foi lembrado na exposição dos 40 anos do jornal, no Centro Cultural Carlos Drummond de Andrade.
É de sua autoria o texto do curta-metragem Uakti-Oficina Instrumental, de Rafael Conde, prêmios de melhor filme e melhor montagem no Festival de Gramado de 1987, na categoria curta-metragem.
Atuou também como roteirista dos filmes Arnaldo Batista Maldito Popular Brasileiro e Adeus América, ambos de Patrícia Moran.
Como músico, integrou diversas bandas, entre elas a Sexo Explícito, que teve entre seus integrantes John Ulhoa, do Pato Fu.
Como escritor, publicou mais de 30 livros de poesia, entre eles Adeus América; Violência; Droga; Radicais.
Autointitulado de “dadamídia”, devido a característica de seus espetáculos, liderou também o grupo poético-musical Caveira, My Friend.
É autor do ABZ do Rock Brasileiro, a principal referência enciclopédica para o rock brasileiro até a década de 2000, quando a internet se popularizou, sendo referência em muitos trabalhos acadêmicos sobre esse gênero musical.
O livro tem vários prefácios, escritos por Arnaldo Antunes, Zé Rodrix e Tony Campelo.
No Cometa ele publicou um dicionário da MPB, devia virar livro porque é monumental. Urra! Urra! Urra ao Marcelo Dolabela!