Mutirão na Policlínica contra a febre amarela vacina mais de 500 pessoas no sábado
A campanha de vacinação realizada no sábado (24) na Policlínica Municipal superou as expectativas. Foram aplicadas 543 doses, formando filas para a imunização, única forma de se prevenir da doença, que pode levar à morte em mais de 30% dos pacientes infectados.
Mais de mil pessoas se dirigiram à Políclinica – mas só aqueles que não tinham sido vacinados, e ou que não se lembravam, foram atendidos. “Quem já vacinou não precisa repetir a dose da vacina, que é única e vale para toda vida, assegurando imunidade de 98%”, assegura a superintendente da Vigilância em Saúde, Thereza Horta.
No próximo sábado (3/03), um novo mutirão de vacinação será realizado na Policlínica Municipal – e também nos PSFs Pará, Areão/Amazonas e nos distritos de Senhora do Carmo e Ipoema, no horário de 8h às 16h.
“Temos vacinas suficientes para todos que ainda não foram vacinados”, garante a superintendente de Vigilância em Saúde. De acordo com ela, a vacina está na rotina dos serviços de saúde em Itabira – e quem ainda não foi imunizado, e que por algum motivo não possa comparecer no mutirão de vacinação no próximo sábado, pode-se dirigir aos PSFs que terão atendimento estendido nesta semana.
Para isso, a Secretaria Municipal de Saúde organizou uma escala especial de funcionamento de alguns PSFs, que é para agilizar e facilitar a vacinação, com horário de atendimento de 8h às 20h. São os seguintes PSFs que terão atendimento estendido: Policlínica e PSF Areão/Amazonas, nesta segunda-feira (26); Policlínica e PSF Pará, na terça-feira (27); Policlíni e PSF Major Lage, na quarta-feira (28); Policlínica e PSF João XXIII/Machado na quinta-feira (1/3), e Policlínica e PSF Centro na sexta-feira (2/3).
Classificação de risco
Itabira está na categoria 3 na classificação de risco de propagação do vírus da febre amarela. A vacinação em massa é a única forma de se evitar que o vírus da doença migre para a cidade,quando o mosquito Aedes aegypti, que hoje não transmite a doença, pode passar a transmitir, caso aumente o número de pessoas infectadas pelo vírus na cidade.
Se isso ocorrer, o país assistirá ao retorno da febre amarela urbana, que foi erradicada em 1942. Atualmente, só os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que só vivem nas matas, nas copas das árvores, transmitem a doença.
A categoria 3 é a mais grave – indica estado de alerta total. São enquadrados nessa categoria os municípios com registro de óbito humano e morte de macacos (epizootias). O macaco não transmite a doença, que fique claro, mas a sua morte sem outro motivo aparente pode indicar a presença do vírus no local onde vivem.
A situação no município só não é mais grave pelo fato de ter ocorrido uma campanha de vacinação em massa no ano passado. Segundo informa Thereza Horta, a cobertura vacinal contra a febre amarela no município já está em cerca de 90%. “Precisamos chegar próximo de 100% o mais rápido possível. Só assim preservamos a vida e impedimos o retorno da febre amarela urbana.”
O mosquito Aedes aegypti , que tem focos por toda a cidade, atualmente só transmite os vírus da dengue, chikungunya e zica – mas existe o risco de que possa passar transmitir também o vírus da febre amarela. É o precisa ser evitado a todo custo. Só a vacina assegura imunidade por toda a vida, salva vidas –e impede o retorno da febre amarela urbana.
Os sintomas da doença são febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina). Ocorrendo mais de um desses sintomas, o paciente deve imediatamente procurar a unidade de saúde mais próxima.
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