Mutirão irá castrar cães e gatos num esforço de controle populacional que deve ser permanente
Já como resultado da Audiência Pública realizada no dia 3 de abril do ano passado, será realizado em Itabira entre os dias 16 e 19 deste mês, no estacionamento da Câmara Municipal, um mutirão para castrar 200 animais (cães e gatos), entre domiciliados e de rua. “É o primeiro de muitos mutirões que pretendemos fazer”, diz a presidente da Associação Municipal de Proteção Animal da Região de Itabira (Ampari), Kelley de Pinho Generoso.
Segundo ela, para o município ter um manejo correto de cães e gatos é preciso castrar pelo menos 4 mil animais no primeiro ano e mais 2 mil castrações de machos e fêmeas nos anos seguintes. Isso porque, segundo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), realizado em 2016, no país existe um animal de rua para quatro habitantes. Por essa estatística, Itabira tem pelo menos 25 mil animais domiciliados e vivendo em condição de abandono.
A Secretaria Municipal de Saúde está realizando um censo para se ter um número exato dos animais de rua e domiciliados. O censo teve início com a última campanha de vacinação realizada no ano passado, já tendo sido cadastrados 15 mil animais para castração.
“O controle precisa ser contínuo e permanente. É imprescindível a participação da população, para que mantenha a guarda provisória dos animais de rua castrados”, pede a presidente da Ampari. Esse apoio é necessário, pois os animais castrados precisam de lares temporários por aproximadamente 15 dias após a cirurgia.
“O número de animais de ruas que serão castrados vai depender da quantidade de lares provisórios que conseguirmos para o pós-operatório.” Para esse apoio, os voluntários que abrigarem os animais receberão medicamentos e alimentação, além de toda a assistência necessária para cuidar dos cães e gatos convalescentes.
A expectativa é de que muitos desses animais possam ser adotados permanentemente. Se isso não ocorrer, após a recuperação pós-cirurgia, eles retornarão para as ruas sem o risco de reprodução descontrolada – e indesejada. Para cada animal fêmea operado, representa uma média de 10 filhotes a menos a cada seis meses na rua.
Manejo e cuidado animal
Um projeto de lei sobre manejo e cuidados com os animais, de iniciativa do vereador Neidson Freitas (PP), presidente da Câmara, já foi aprovado pelo legislativo itabirano – e está em análise pela equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde para que seja sancionado.
O projeto reproduz o disposto em legislação estadual. Reforça a necessidade de se ter o controle populacional permanente de cães e gatos no município, não só dos que vivem em situação de abandono, mas também dos domiciliados. Trata e prevê punição para quem maltrata os animais. Determina, ainda, que o município mantenha equipe e disponha de castramóvel próprio como forma de controle populacional permanente na cidade e na zona rural.
Vagas preenchidas
Para o mutirão, já foram preenchidas as vagas para castração, por meio de cadastros prévios realizados em postos de saúde. Mas como pode haver desistência, ou mesmo o falecimento do animal previamente cadastrado, ou ainda por falta de guarda provisória dos animais de rua, o proprietário interessado em castrar o seu cão ou gato deve ligar para o Departamento de Zoonozes da Prefeitura de Itabira (3839-2643).
Para participar do mutirão, além do cadastro prévio, o animal precisa estar em jejum de pelo menos oito horas. Os gatos devem ser levados em uma caixa e os cães em uma coleira com guia. É preciso também levar uma manta para aquecer os animais após a cirurgia. Para os cães, é imprescindível providenciar um colar em formato de cone para que não alcancem a ferida após a cirurgia.
A equipe do castramóvel, que faz mutirões em outras cidades de Minas Gerais, é composta por sete profissionais, entre médicos veterinários e auxiliares. O custo para o município é só com alimentação e transporte dos profissionais envolvidos no mutirão.
O mutirão é resultado de uma parceria realizada por iniciativa do vereador Neidson Freitas, com apoio do deputado estadual Noraldino Júnior (PSC), com as ONGs Ajuda, de Belo Horizonte, e Ampari. Conta também com apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.
Parabéns pela iniciativa. O poder público não pode ser omisso no controle populacional de cães é gatos. É uma questão de saúde pública!
Custou-me demasiado conseguir o espaço para instalação do Curral do Conselho e do Canil Público no Posto Agropecuário.
Porém, a administração do João Izael não conseguiu manter o canil lá por mais de um ano; disseram-me alguns moradores que a catinga era tanta por falta de manutenção e limpeza que tiveram de pedir para acabar com aquilo.
Daí que nem aquela administração e as sucessoras se preocuparam em ter um outro local propício para instalar um novo canil municipal.