Mais OVNIs são derrubados no Alasca e Canadá
Foto: U.S. Department of Defense
Por Danielle Cassita |
Editado por Patricia Gnipper
O presidente Joe Biden deu ordens para a derrubada do objeto durante a manhã de sexta-feira (10) e, por enquanto, não há detalhes sobre o que ele era. “Estamos chamando-o de ‘objeto’ porque é a melhor descrição que temos agora”, disse John Kirby, representante do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca. “Mas ele era muito, muito menor do que o balão espião que derrubamos na última semana”, acrescentou.
Segundo ele, o novo objeto não parecia ter os mesmos recursos para manobras observados na outra aeronave, ou seja, dependia do vento para se mover. “Não sabemos de quem ele é, se é estatal, de alguma empresa ou privado”, finalizou. Ainda de acordo com Kirby, o campo de detritos formado era consideravelmente menor que aquele do balão da China.
No dia seguinte, Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, comunicou que solicitou a derrubada de objeto aéreo não identificado que invadiu o espaço aéreo canadense. “O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte derrubou o objeto sobre Yukon”, escreveu, em uma publicação no Twitter.
Em outro tuíte, Trudeau afirmou que entrou em contato com o presidente Joe Biden, e que as forças canadenses iriam recuperar e analisar os detritos do objeto.
Anita Anand, ministra da defesa do Canadá, não quis especular sobre a origem do objeto, e afirmou apenas que ele tinha formato cilíndrico. “Não há motivos para acreditar que o impacto do objeto no território canadense seja de preocupação pública”, destacou.
Ainda no sábado, a Administração Federal de Aviação (FAA) fechou e reabriu o espaço aéreo em Montana, perto da fronteira com o Canadá, após barrar temporariamente os voos ali; o espaço aéreo foi liberado depois. Estas restrições também foram aplicadas em resposta à detecção do balão da China.
OVNIs nos Estados Unidos e Canadá
A derrubada dos objetos do Canadá Alasca vem após os Estados Unidos detectaram um balão da China e decidirem derrubá-lo. Apesar de os oficiais da China terem se desculpado publicamente pelo balão, os norte-americanos seguem afirmando que o objeto levava equipamentos capazes da interceptação e geolocalização de comunicação.
Em entrevista coletiva concedida no domingo (12), o general Glen VanHerck declarou que os militares ainda não sabem exatamente como os objetos observados nos últimos dias se sustentavam no ar, e menos ainda de onde eles vieram. “Nós os chamamos de ‘objetos’, e não de ‘balões’, por um motivo”, disse. Outro militar afirmou, sob anonimato, que eles não têm evidências que indiquem que qualquer um dos objetos tenha origem extraterrestre.
Os novos incidentes vêm após o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, dedicar esforços para a investigação dos relatos de observações de UAPs (sigla em inglês para “fenômenos aéreos não identificados”) por parte dos militares norte-americanos.
O primeiro relatório do assunto foi publicado em 2021, e examinou mais de 140 relatos de observações de pilotos da Força Aérea estadunidense; desses, um foi atribuído a um grande balão esvaziado.
Já um relatório do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional mencionou 366 novas observações; a maioria delas foi causada por balões, drones, pássaros ou detritos, mas 171 seguem sem explicação oficial.
Fontes: Reuters (1, 2), NPR, Department of Defense, Justin Trundeau, NY Times