Irritado, Bolsonaro desqualifica carta em Defesa do Estado Democrático de Direito
Foto: Reprodução/USP
Rafael Jasovich
Lançada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) na terça-feira (26), a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito já passa de 500 mil adesões
Leia a íntegra aqui:
Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito
Entre os signatários estão juristas, políticos, personalidades, intelectuais, artistas – e também grandes empresários. O ritmo de crescimento das adesões leva a pressupor que as assinaturas devem passar de 1 milhão nas próximas horas.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, anunciou o apoio da entidade empresarial à iniciativa. E causou desconforto no candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).
Em live na quinta-feira (28) à noite, o presidente disse que o manifesto da Faculdade de Direito da USP em defesa da democracia é a favor da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
E que “essa nota foi patrocinada aí pelo nosso querido filho do ex-vice-presidente do Lula, José Alencar, o sr. Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp”.
Disse ainda que é “uma nota política-eleitoral que nasceu, lamentavelmente, lá na Fiesp”. “Se não tivesse o viés político nessa nota, eu assinaria”, disse o ainda eventual ocupante do Palácio do Planalto.
Bolsonaro afirmou também que “a nota da Fiesp é claramente contra a minha pessoa”. E que “para eles, é melhor democracia com ladrão do que outro regime com honesto”.
Em tom de provocação, Bolsonaro então lançou seu “manifesto pela democracia” em seu perfil no Twitter: “Por meio desta, manifesto que sou a favor da democracia.” Teve apenas 70 mil curtidas.