“Investir em praças e no lazer da população é também melhorar a saúde e qualidade de vida da população”, defende o vice-prefeito de Itabira
Fotos: Divulgação/ Ascom/PMI
Em pronunciamento na solenidade, na tarde de domingo (10), na praça do Areão, por ocasião de sua devolução ao povo de Itabira, revitalizada e com a histórica Maria-Fumaça com o arco revitalizados, o vice-prefeito Marco Antônio Gomes (PRD), disse que muitos anos atrás, quando se mudou com a família para Itabira, encontrou uma cidade triste.
“O povo andava deprimido, não tinha lazer, era só trabalho. Não saia às ruas, não iam para as praças nos finais de semana. Havia muita gente angustiada, triste. A cidade tinha um elevado índice de suicídio. Hoje, Itabira é uma cidade feliz, como vemos aqui nesta praça”, observou.
Segundo contou Marco Antônio Gomes, que é médico e pastor da igreja Batista Central, tempo depois ele se mudou com a família para o bairro Amazonas, pensando que assim teria mais lazer para os seus filhos. “Quis levar os meus filhos para andar de bicicleta aqui na praça, mas ela estava fechada, toda cercada”, relembrou.
Para ele, ao reformar e revitalizar espaços públicos, a Prefeitura de Itabira investe não só no lazer da população, mas também na saúde e na melhoria geral das condições de vida do itabirano. “Saúde não é só hospital, é também oferecer lazer, diversão e cultura para a população”, exaltou o vice-prefeito.
“Passamos dois anos presos em casa por causa da pandemia. Vencemos a Covid e agora o povo está de volta às praças, que estão sendo revitalizadas pela Prefeitura.”
Restauração
Diversas estruturas na cidade,, incluindo a praça do Areão com a histórica Maria-Fumaça, assim como o arco que a emoldura, foram encontradas pela atual administração municipal em péssimas condições, sem manutenção e ou reformas.
No caso do monumento do Areão com a Maria-Fumaça, não se tem notícia de que a prefeitura tenha investido em anos anteriores na sua manutenção.
Daí que era grande o risco de colapso da enorme estrutura do arco que emoldura a Maria-Fumaça. A base estava corroída pela ferrugem, tornando todo o seu entorno inseguro, perigoso.
A praça foi construída pela mineradora Vale, assim como o escritório do Areão, no final da década de 1950. Anos mais tarde, instalou-se a histórica Maria-Fumaça, que circulou entre Itabira e o porto de Tubarão (ES), entre 1945 a 1960, levando minério de ferro e o coração do poeta itabirano,
Em abril de 1993, como uma das “compensações ambientais” no bojo de um acordo firmado entre a Vale, Ministério Público para pôr fim a três ações civis públicas (poluição do ar, degradação paisagística da serra do Esmeril e supressão de matas nativas para plantio de eucalipto pela antiga Florestas Rio Doce), a praça foi doada ao município. A cerca que a circundava foi retirada, abrindo-se para o público.
Com a “doação” veio também o ônus da manutenção, já que a mineradora se desincumbiu de cuidar da praça e do monumento. Não se tem registro de que, após a doação, a Prefeitura tenha dado manutenção desse pesado arco, o que só agora foi feito.
Pequenas obras, grandes realizações
O investimento da Prefeitura na revitalização da praça e na restauração do monumento ferroviário foi de R$ 656,4 mil – sendo R$ 437,3 mil no restauro da Maria-Fumaça e R$ 219,1 nas obras de reforço da base de sustentação do arco, pintura e recomposição do piso em volta de sua base.
“A requalificação da praça do Areão marca um novo capítulo na história da cidade ao promover não apenas a sua revitalização física, mas também resgatando a identidade cultural e social do local”, exaltou o prefeito Marco Antônio Lage (PSB), acentuando que o local integra espaços verdes e para eventos, esportes, lazer. “A praça volta a ser um ponto de encontro vibrante tanto para moradores quanto para visitantes.”
O monumento com a Maria-Fumaça e o seu arco integra o conjunto paisagístico e arquitetônico do Areão. Trata-se de um bem público tombado pelo município pelo Decreto número 2050, de 30 de novembro de 1998.
É, também, reconhecido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) para fins de pontuação e captação dos recursos do ICMS Cultural. É um espaço de memória, pelo que representa, e fortalece a identidade cultural do povo, dos mineiros e ferroviários de Itabira.