Instituto ITI tem o seu trabalho social reconhecido pela ENAP e pelo Ministério do Desenvolvimento com o projeto Fábrica Social

Fotos: Reprodução

O Instituto Igualdade, Transformação e Inovação Social (ITI), organização social itabirana sem fins lucrativos, fundada 2013, com o objetivo de executar projetos socioeconômicos e culturais, voltados para crianças, adolescentes, jovens e mulheres, acaba de receber mais um prêmio nacional.

Dessa vez, o reconhecimento foi concedido, nesta segunda-feira (27), no Espaço Nexus, em Brasília (DF), pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), na categoria 1 – cidades com 100 mil a 285 mil habitantes.

Pelo projeto Fábrica Social, ao representar Itabira, o Instituto ITI recebeu prêmio de R$ 250 mil. O projeto Fábrica Social tem patrocínios da mineradora Vale e da Prefeitura de Itabira.

A premiação ocorreu concomitante com a divulgação do ranking geral do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) 2023, que leva em consideração o ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura, Nesse ranking, a cidade de São Paulo (SP) ficou em primeira colocação, seguida de Florianópolis (SC) e Joinville (SC).

Para a premiação concorreram 479 projetos sociais inscritos, sendo 331 de prefeituras, 96 instituições públicas e 52 organizações não governamentais, de 23 estados brasileiros.

Ronaldo Silvestre recebe placa de reconhecimento do vice-presidente Geraldo Alckmin, com Betânia Lemos, presidente da Enap, Rodrigo Bernardi, presidente do ITI, e Milton Coelho, secretário das Micros e Pequenas Empresas, do MDIC

Projeto Social

Com o projeto Fábrica Social, o Instituto ITI busca o empoderamento de mulheres em situação de violência doméstica por meio de práticas da economia solidária, que favorece o empreendedorismo e o protagonismo feminino.

O projeto inclui a capacitação profissional, com o coworking de confecção industrial, com centro de atividades localizado na rua Irmãos De Caux, no centro de Itabira Minas Gerais. E também de gastronomia.

O objetivo do projeto é também contribuir com um novo modelo de desenvolvimento para o terceiro setor, tendo como foco o resgate socioeconômico de mulheres e jovens em situação de vulnerabilidade, vítimas de violência, para que tenham uma profissão para o emprego e geração de renda  por meio de negócios de impacto social.

Participantes (alunos e professores) do projeto de gastronomia

Cerimônia

A cerimônia de premiação contou com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que fez a entrega da premiação ao fundador e gestor do Instituto ITI, Ronaldo Silvestre e ao presidente Rodrigo Bernardi.

Em vídeo institucional apresentado na cerimônia de premiação, a ex-aluna e educadora social do Instituto ITI, Edna Oliveira, disse que sua participação no projeto teve o sentido de recomeçar.

“Depois de uma certa idade, muitas vezes pensamos que acabou, mas o Instituto ITI me ensinou que sempre é tempo que recomeçar, que a gente precisa de vitórias na nossa vida para continuar a costurar a vida, sempre querendo crescer mais todos os dias”, testemunhou.

Outra aluna, Nathalia Pereira contou a satisfação que teve ao participar do curso de confecções. “Hoje tenho a satisfação de falar para outras pessoas que eu faço as minhas peças de roupas, de dizer que fui eu que fiz.”

Para o ex-aluno e hoje também educador social, Leandro Lelis, a sua participação no projeto possibilitou a sua inserção no mercado de trabalho, ensinando as pessoas na arte de preparar pães, doces, quitutes e outras guloseimas.

Segundo ele, o projeto mudou a sua história de vida de quem vivia no interior sem muitas expectativas que não fosse trabalhar na Vale e ou na área de administração, o que não era a sua vocação. “Eu não me identificava (com essas áreas). No Instituto ITI encontrei a minha missão de vida, atuando na área de gastronomia social.”

Ronaldo Silvestre lembrou que os testemunhos de ex-alunos são reveladores dos objetivos que estão sendo alcançados com o projeto Fábrica Social. “A Edna é hoje uma educadora social, porque além de ensinar o ofício de costura, ela leva a outras mulheres todo conhecimento e bagagem afetiva, criando-se essa corrente do bem. Mostra que é possível criar novos conceitos de desenvolvimento em nossa cidade e região.”

Rodrigo Bernardi explicou que no curso de panificação, alunas e alunos aprendem a colocar em prática o que aprenderam. “É um projeto de gastronomia social que abre novas oportunidades para os nossos alunos no mercado de trabalho.”

A aprendizagem social que eleva a auto-estima e a inclusão social no mundo do trabalho e empreendedorismo

Municipalismo

O vice-presidente Geraldo Alckmin disse que a premiação reconhece valores sociais e de empreendedorismo, lembrando que as cidades são as grandes protagonistas dos tempos modernos.

“O século 19 foi dos impérios, o século 20 dos países e o século 21 é das cidades, onde as coisas acontecem. Devemos fortalecer os governos locais que estão perto das pessoas e incentivar o empreendedorismo é o grande desafio”, disse ele, lembrando que uma pessoa sai de uma cidade por não conseguir trabalho e retorna quando há oportunidades de emprego e renda.

“A cidade moderna não é aquela que mais gasta, é aquela que mais investe e estimula o empreendedorismo para as pessoas poderem continuar no município com oportunidades de emprego e renda. Esse é o caminho que toda gestão pública deve perseguir”, convocou o vice-presidente.

O secretário das Micros e Pequenas Empresas, MDIC, Milton Coelho, também presente na solenidade de premiação, lembrou que no Brasil 99% das iniciativas do setor privado são das micros e pequenas empresas, que produzem 30% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, além de gerar a maioria dos empregos formais no Brasil.

“Esta iniciativa (de premiação do Enap) reforça e estimula as boas práticas que definem políticas públicas para envolver os gestores, integrar a iniciativa privada com as políticas públicas. É, portanto, fundamental para que o Brasil continue a sua marcha de desenvolvimento, para consolidar o país em sua marcha para o desenvolvimento econômico e social”, exaltou.

 

 

 

 

 

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