Laboratório Nossa Senhora das Dores confirma primeira morte em Itabira pela covid-19

Errata: a suspeita de morte pelo coronavírus foi confirmada por exame realizado pelo Laboratório Nossa Senhora das Dores e não pela Fundação Ezequiel Dias, conforme foi erroneamente aqui informado

Um jovem de 24 anos, cujo óbito estava sob investigação é a primeira vítima do coronavírus (covid-19) em Itabira. O jovem morreu em 6 de abril, mas só agora a suspeita é confirmada por exame biomolecular (RT PCR), realizado pelo Laboratório Nossa Senhora das Dores.

Com esse rapaz, abre-se no município a lista de mortes por essa pandemia que assusta o mundo, com mais de 100 mil óbitos – e que chega com força no país, já com 1.074 mortes até essa sexta-feira (10), fora as que não são notificadas, além de 19.943 notificações.

A situação fica mais preocupante quando se sabe que a pandemia ainda está só no começo, com curva ascendente – e pico previsto para o fim deste mês e início de maio.

Segundo relato da família, a vítima teve contato com outro jovem que se apresentava com sintomas gripais, mas que teria resultado negativo pelo teste rápido.

Segundo assessoria de imprensa da Prefeitura, a vigilância epidemiológica acompanha a família – e realiza os procedimentos de praxe para que seja feito o rastreamento e monitoramento das pessoas próximas da vítima.

Até ontem, Itabira registrava 260 casos suspeitos de contaminação pela covid-19, sendo que 22 foram descartados.

Entretanto, esse número com certeza é maior, devida a subnotificação – e também pelo fato de que muitas pessoas não apresentam sintomas, mas podem contaminar pessoas próximas. O risco maior é com a contaminação de familiares idosos e dos grupos de risco.

Isolamento

A secretária municipal de Saúde, Rosana Linhares, pede aos itabiranos para que se mantenham em casa, no isolamento social. Segundo ela, no momento essa é forma mais eficaz de prevenção, além da assepsia necessária e permanente das mãos e do rosto. E, também, recomenda-se o uso de máscara quando for preciso sair por algum motivo inadiável.

“Por mais que nossos profissionais estejam preparados, e que se tenha uma boa infraestrutura para atendimento, só com o isolamento podemos conseguir achatar a curva e salvar muitas vidas”, diz Rosna Linhares, que teme pelo colapso do sistema de saúde se as pessoas insistirem em sair às ruas.

A trágica consequência, conforme é confirmada em várias partes do mundo, inclusive nos Estados Unidos que já está para ultrapassar a Itália em número de vítimas, pode ser repetida também em Itabira.

Isso, caso muita gente venha a se contaminar ao mesmo tempo. Se isso ocorrer, muitos doentes graves podem morrer por falta de atendimento.

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