Festival da Música de Itabira é atração cultural neste fim de semana na Fazenda do Pontal, que tem também lançamento de Camacos

Foto: Divulgação

Embora continue ignorando o histórico dos grandes festivais do passado, que tiveram início na década de 1970 no antigo cine Atlético e que revelou, dentre outros, os compositores José Carlos Cardoso, Luís Carlos Paiva, Spencer Rosa, Newton Baiandeira, Genésio Reis, a Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA) realiza, neste fim de semana, o que agora designou como o 2º Festival da Música de Itabira.

O festival teve início nessa quinta-feira (12) e prossegue até domingo (15), com apresentações na Fazenda do Pontal, no bairro Campestre, com início às 19h, até sábado, e no domingo às 18h. Para a realização do festival, a FCCDA conta com parceria da Agência Origami Propaganda.

O objetivo do festival é incentivar, como no passado, a produção musical local, assim como promover o intercâmbio com músicos de outras cidades, incentivando a produção autoral. Participam músicos de Itabira e de outras cidades mineiras.

A premiação foi dividida em quatro categorias: melhor canção; melhor intérprete; instrumentista em destaque e grupo revelação. As avaliações pela comissão técnica passam por musicalidade, originalidade, afinação, presença de palco, performance.

A melhor canção será premiada com R$ 10 mil, melhor intérprete, grupo revelação e instrumentista destaque o prêmio para cada categoria é de R$ 5 mil.

Para o grupo revelação a premiação será definida pelo júri popular. Para isso o público é convidado a participar. Cada ingresso dá direito a um voto. Participe.

Para saber mais acesse: 

http://www.fccda.com.br/festivaldamusica/

Serviço

Festival da Música de Itabira

Data: De 12 a 15 de maio de 2022.

Horário: Entre quinta-feira (12) e sábado (14), às 19 horas; no domingo (15), às 18 horas.

Local: Fazenda do Pontal.

Entrada: quinta-feira 1º lote R$ 5;

sexta-feira 1º lote  R$ 10;

sábado 1º lote R$ 10;

domingo 1º lote R$ 5.

Documentário que conta a história da guinlagem de Camaco tem estreia na Fazenda do Pontal

No domingo às 10h e às 17h, também na Fazenda do Pontal, será lançado o documentário Camacos (Macacos), que registra o histórico da origem dessa linguagem diferenciada, tida como invenção dos primeiros trabalhadores da mineração em Itabira.

Trata-se de uma linguagem de resistência e irreverência para fazer frente ao colonialismo inglês, os primeiros proprietários das minas Cauê e Conceição antes do advento da CVRD em 1942.

Para não serem entendidos pelos ingleses, já que esses mal falavam o português, comunicando entre eles pela língua pátria, sem que os nativos entendessem o que diziam, foi “inventada” a nova linguagem.

Isso para contrapor a essa cultura colonialista, um ato de resistência dos primeiros trabalhadores itabiranos das minas. Em “camacos” eles passaram a se comunicar, deixando confusos os colonizadores, que nada entendiam dessa estranha língua nativa.

Confira essa história no documentário Camacos, que tem direção de Breno Alvarenga e coprodução de Luiza Therezo e Mauro Alvarenga.

 

 

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1 Comentário

  1. Esclarecimento: a guinlagem camaco não foi criada em Itabira. Em vários lugares do país usa-se a linguagem. Talvez em Itabira seja o território em que ela foi falada em inglês. Já assisti jornalismo (jô soares) em que o entrevistado falava a camaco.
    De todo modo é maravilhoso que a Luiza e o Breno tenham se empenhado em registrar. Isso é cultura. E de cá, fico feliz por constatar que há luz na escuridão obscena na cidade mineradora, do Vale do aço. Luz da galera jovem, que é o que mais importa. Vida longa aos feitos da Luiza é do Breno, que produzam mais e mais…

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