FCCDA dá início à reformulação da ELMI e dos “corpos estáveis”, com foco no desenvolvimento cultural de Itabira

Fotos: Mário Brito

A Escola Livre de Música de Itabira (ELMI), um dos principais “corpos estáveis” da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), desempenha um papel fundamental na promoção da arte e cultura da cidade. Assim como os Drummonzinhos, o coral, a orquestra de câmara e o grupo parafolclórico Tumbaitá (que anda sumido), a ELMI é um dos pilares da vida cultural itabirana.

Essas iniciativas culturais devem ser integradas em uma política que promova maior sinergia entre elas. Um exemplo a ser incentivado é a relação entre a orquestra e a ELMI, com a escola servindo como estímulo para o aprimoramento técnico dos estudantes de música, enquanto a orquestra se beneficia com novos músicos formados por ela, fortalecendo e renovando o grupo.

Vanessa de Farias, superintendente da FCCDA, salientou o compromisso com o desenvolvimento artístico e cultural de Itabira, aprimorando a percepção e o apuro musical de toda a comunidade
Reformulação e futuro novo espaço para a ELMI

Uma boa notícia é a volta às aulas na ELMI, com apresentação inaugural na noite dessa quinta-feira (21), agora com uma proposta de reformulação significativa.

Entre as mudanças planejadas estão a implementação de um novo regimento interno, a revisão do projeto pedagógico e a ampliação do corpo docente, além da contratação de professores qualificados que possam suprir as necessidades e diversificar o ensino musical da escola.

Apresentação de jovens estudantes de canto da ELMI

“Estamos empenhados em transformar a Escola Livre de Música de Itabira em um centro de excelência, focado no desenvolvimento profissional dos estudantes e na integração da comunidade por meio da música,” afirmou a superintendente da FCCDA, Vanessa Silva de Faria, durante a abertura do ano letivo da ELMI.

Marco Antônio Lage diz que dará prioridade aos “corpos estáveis” como parte da reformulação cultural em andamento na FCCDA (Foto: Carlos Cruz)

Atualmente instalada na Casa do Brás, a escola deve ser transferida, em breve, para o casarão do antigo Hospital Nossa Senhora das Dores, na rua Major Paulo, assim que o espaço for restaurado, com início das obras de restauro assim que passar as chuvas de verão, conforme foi prometido pelo prefeito Marco Antônio Lage (PSB).

Essa mudança, também prometida pelo prefeito, permitirá que a Casa do Brás retome seu propósito original: ser um espaço dedicado à imagem e ao som, inspirado na arte do fotógrafo Brás Martins da Costa (1866-1937), que dá nome ao local.

Apresentação de canto e violão

Com sua câmera Pony Premo, Brás registrou cerca de 350 negativos que documentam a vida urbana de Itabira no final do século XIX e início do século XX.

Esse rico acervo, recuperado e preservado por Altamir Barros e Robinson Damasceno (in memoriam), está em boa parte registrado nos álbuns No Tempo do Mato Dentro e Retratos na Parede.

A criação de um espaço interativo e exclusivo para esse acervo, possivelmente integrado a um Museu da Pessoa, a exemplo do que existe em São Paulo, abrigando depoimentos de quem faz a história da cidade, reforça ainda mais a preservação e valorização da memória cultural de Itabira.

Desenvolvimento cultural e artístico
Orquestra de Câmara da FCCDA, sob a regência do maestro Claudio Lage, é um dos destaques entre os “corpos estáveis” (Foto: Divulgação/FCCDA)

A missão da ELMI vai além da formação técnica: a escola contribui para o desenvolvimento do senso artístico e apuro musical dos itabiranos, fortalecendo os laços culturais da cidade.

A aula inaugural de 2025 foi um marco desse compromisso, com apresentações de alunos veteranos em peças como Romaria, de Renato Teixeira, Eu Sei Que Vou Te Amar, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, Luar do Sertão, de Catulo da Paixão Cearense, Aquarela, de Toquinho.

O músico Paulo Henrique “Pit” é um dos mentores e formuladores da Escola Livre de Música de Itabira

O retorno como consultor do músico Paulo Henrique “Pit” Pinto Coelho Rodrigues Alves, professor da UFMG e um dos fundadores da ELMI, é outro ponto positivo dessa nova fase. Ele contribuiu significativamente para a fundação da escola em 2012.

A ELMI oferece aos estudantes aulas práticas e teóricas em múltiplos instrumentos como violão, piano, teclado, violino, flauta transversal, saxofone, além de canto e musicalização infantil.

“A aula inaugural foi também um momento para reforçar o compromisso da FCCDA com o desenvolvimento artístico e cultural de Itabira”, salientou Vanessa de Farias, para quem a ELMI deve sempre oferecer uma formação musical de qualidade para seus estudantes, além de contribuir para a percepção e o apuro musical de toda a comunidade itabirana.

É assim que a programação de 2025 promete ser um marco na história da ELMI, repleta de projetos e atividades que beneficiarão não apenas os estudantes, mas também a sociedade como um todo, promovendo o crescimento artístico e cultural da cidade.

 

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