Empresas ociosas devem desocupar o Distrito Industrial

Embora esteja gerando pouco mais de 2 mil empregos, menos da metade da projeção inicial de gerar 5 mil empregos diretos, “mais do que gera a Vale”, o Distrito Industrial I está com toda a sua área ocupada. São 56 empresas instaladas, embora apenas 40 estejam efetivamente funcionando. “Estamos notificando as empresas ociosas para que apliquem os seus planos de negócios ou saiam do distrito para que outros empreendimentos possam se instalar”, conta o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Don Carlos.

Dentre as empresas ociosas, encontra-se a usina de gusa, pertencente ao grupo Socoimex/Santa Inês. A empresa detém a posse do terreno, adquirido da antiga Companhia de Desenvolvimento Industrial (CDI), administradora no passado do distrito. “O grupo está negociando a venda da usina. Temos a expectativa de que volte a funcionar em breve”, torce o secretário.

Empresas inativas ocupam áreas que podem servir para instalar novas indústrias (Foto: Humberto Martins)

Além da negociação para o retorno da usina, a prefeitura espera retomar uma área de 30 mil metros quadrados cedidos em comodato e que não será mais necessária ao seu funcionamento. Essa área deve ser destinada a outros empreendimentos. “Temos empresas querendo se instalar no distrito, mas faltam espaços.”

No distrito, predominam empresas do setor metalmecânico e que prestam serviços predominantemente à mineração. “São empresas que são referência no segmento e que deve continuar existindo mesmo após a exaustão da mineração”, acredita o secretário.

Ele argumenta que mesmo com a mineração chegando ao fim em Itabira, a atividade seguirá por muitos mais anos no Quadrilátero Ferrífero. “Não vejo a dependência dessas empresas à mineração como problema. O segmento é forte e tem diversificado os seus clientes.”

A medida de desocupação das áreas ociosas, juntamente com a otimizando dos espaços, segundo o secretário, é suficiente para assegurar a demanda de novas empresas que possam se instalar no município, principalmente as de base tecnológica. “São empresas enxutas, que demandam pouco espaço. E são de alta rentabilidade”, considera. “A Unifei é um celeiro de ideias. Queremos aproveitá-las e viabilizarem em curto espaço de tempo.”

Para isso, a expectativa é de instalação de um parque tecnológico, o que só se viabiliza com a participação da universidade. “A Unifei é um celeiro de ideias de potencial empreendedor”, aposta Don Carlos, para quem São José dos Campos é a melhor referência de parque tecnológico vinculado a uma universidade. Ao todo, segundo ele, existem 49 parques tecnológicos instalados no país. “Itabira muito em breve se somará a essa lista.”

 

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