Disputa eleitoral é para saber quem concorre com o PT no segundo turno

Rafael Jasovich*

Hoje se discute principalmente quem irá para o segundo turno com Haddad, caso o Lula não possa disputar a eleição.

O ex-presidente Lula é “franco-favorito” para vencer a eleição para presidente da República neste ano ainda no primeiro turno.

Com a impossibilidade de Lula disputar, acreditamos que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, estará no segundo turno. Hoje o que está sendo discutido é quem vai para o segundo turno com Haddad.

O PT tem uma vantagem nesta eleição. Ao comparar a série de pesquisas do Datafolha, desde 2015, observamos que o eleitor quer dar o governo para a oposição.

Antes do impeachment a oposição era o PSDB, agora mudou o nome para Lula/PT. O eleitor não mudou o desejo de trocar o governo. Como o impeachment levou o PT para a oposição, isso torna o partido favorito.

Já os tucanos terão dificuldades tanto na corrida presidencial como no estado de São Paulo, onde o PSDB ganhou as últimas seis eleições, sendo as três últimas, no primeiro turno.

O grande pilar dos votos petistas está no nordeste e os dos tucanos em São Paulo.

Para disputar o segundo turno com Haddad (sempre no caso de Lula não ser candidato) o candidato do PSDB tem que tirar entre 7 e 8 pontos do fascista Bolsonaro.

Como o tempo de TV vai influenciar enormemente é possível que isto aconteça. Nesse caso, então o PSDB voltará a ser o adversário do PT.

Temos que levar em consideração que o fenômeno Lula, se alastra pelo resto do país. Não é só o nordeste onde o PT ganha com ampla margem, mas também em outros estados da federação tem avançado muito e já lidera nas pesquisas em alguns estados.

De qualquer maneira a vitória do Lula no primeiro turno ou Haddad no segundo parecem cenários mais que possíveis.

Veremos aí como se comportam as elites que obviamente não gostariam de entregar o poder (e a mamata).

Se o PT e as chamadas esquerdas obtém maioria na Câmara de deputados e no Senado a posse de Lula/Haddad/Manuela está quase garantida.

Caso contrario a negociação será árdua e a presidência do Brasil será negociada.

*Rafael Jasovich é jornalista, advogado, secretário e fundador da Associação Gremial de Advogados da Capital Federal, membro da Anistia Internacional

 

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