Dieta sustentável reduz morte prematura e impacto ambiental

As pessoas que comem uma dieta saudável e sustentável podem reduzir substancialmente o risco de morte prematura, além de seu impacto ambiental, de acordo com um novo estudo liderado pela Harvard T.H. Chan Escola de Saúde Pública.

É o primeiro grande estudo a avaliar diretamente os impactos da adesão às recomendações no relatório EAT-Lancet 2019. Os pesquisadores citaram o padrão alimentar descrito no relatório – que enfatiza uma variedade de alimentos vegetais minimamente processados, mas permite o consumo modesto de carne e alimentos lácteos – a dieta da saúde planetária (PHD).

A mudança climática tem levvado nosso planeta no caminho para o desastre ecológico, e nosso sistema alimentar desempenha um papel importante.

Embora outros estudos tenham descoberto que as dietas que enfatizam alimentos à base de plantas sobre alimentos de origem animal podem ter benefícios para a saúde humana e planetária, a maioria usou avaliações dietéticas de uma só vez, que produzem resultados mais fracos do que olhar para dietas durante um longo período de tempo.

Os pesquisadores usaram dados de saúde de mais de 200.000 mulheres e homens inscritos no Nurses’ Health Study I and II e no Health Professionals Follow-Up Study.

Os participantes estavam livres de doenças crônicas importantes no início do estudo e completaram questionários dietéticos a cada quatro anos por até 34 anos.

As dietas dos participantes foram pontuadas com base na ingestão de 15 grupos de alimentos – incluindo grãos integrais, vegetais, aves e nozes – para quantificar a adesão ao doutorado.

O estudo descobriu que o risco de morte prematura foi 30% menor nos 10% superiores dos participantes mais próximos a aderir ao doutorado em comparação com os 10% mais baixos.

Todas as principais causas de morte, incluindo câncer, doenças cardíacas e doenças pulmonares, foram menores com maior adesão a esse padrão alimentar.

Além disso, os pesquisadores descobriram que aqueles com maior adesão tiveram um impacto ambiental substancialmente menor do que aqueles com menor aderência, incluindo 29% menores emissões de gases de efeito estufa, 21% menos necessidades de fertilizantes e 51% menor uso de terras agrícolas.

Os pesquisadores observaram que a redução do uso da terra é particularmente importante como um facilitador do reflorestamento, que é visto como uma maneira eficaz de reduzir ainda mais os níveis de gases de efeito estufa que estão impulsionando as mudanças climáticas.

Referência:

“Planetary Health Diet Index and risk of total and cause specific mortality in three prospective cohorts,” Linh P. Bui, Tung T. Pham, Fenglei Wang, Boyang Chai, Qi Sun, Frank B. Hu, Kyu Ha Lee, Marta Guasch-Ferre, Walter C. Willett, The American Journal of Clinical Nutrition, June 10, 2024, doi: 10.1016/j.ajcnut.2024.03.019

Nota 1: A dieta de saúde planetária é uma dieta de referência global para adultos, que é simbolicamente representada por meio prato de frutas e vegetais.

A outra metade consiste principalmente em grãos integrais, proteínas vegetais (feijões, lentilhas, leguminosas, nozes), óleos vegetais insaturados, quantidades modestas de carne e laticínios e alguns açúcares adicionados e vegetais ricos em amido.

A dieta é bastante flexível e permite a adaptação às necessidades dietéticas, preferências pessoais e tradições culturais. Dietas vegetarianas e veganas são duas opções saudáveis dentro da dieta de saúde planetária, mas são escolhas pessoais.

Fonte: The Planetary Health Diet – EAT Forum
https://eatforum.org/learn-and-discover/the-planetary-health-diet/

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