Dia Internacional do Rádio: resiliência e adaptações mantêm público fiel desse secular meio de comunicação na era digital

Foto: Reprodução/EBC

O Dia Internacional do Rádio é comemorado nesta quinta-feira (13), e justamente na era do avanço do streaming e das plataformas digitais, muitos podem pensar que o rádio perdeu seu espaço e importância no cenário midiático.

Não perdeu, como escreveu Alberto Dines (1932-2018), em seu artigo O Papel do Jornal, em livro homônimo, quando afirmou que, historicamente, o surgimento de novas mídias não elimina as anteriores, mas sim provoca uma transformação e segmentação.

Foi assim que quando o rádio surgiu, no final do século XIX, com as experiências pioneiras de transmissões de sinais e primeira transmissão pública em 1906, nos Estados Unidos, muitos pensaram que estava decretado o fim dos jornais impressos, assim como agora a presença das novas mídias digitais poderia supostamente acabar com as emissoras de rádio e até da televisão.

No entanto, o que se observa, como acertadamente apontou Alberto Dines, é uma adaptação e coexistência das diferentes mídias, ao destacar ainda que cada meio de comunicação tem suas características únicas e atende a diferentes necessidades e públicos.

“O jornal impresso (e a mídia online escrita atual), por exemplo, oferece uma leitura mais aprofundada e reflexiva, enquanto o rádio e a televisão trazem informações instantâneas e acessíveis”, explicava didaticamente o professor universitário, ex-editor chefe do JB e fundador do Observatório da Imprensa.

Segmentação

É assim, conclui Alberto Dines, que em vez de uma mídia substituir a outra, elas coexistem e se complementam, oferecendo uma gama de opções para o público leitor, ouvinte, telespectador e, hoje em dia, aos usuários da internet.

Essa coexistência permite que a sociedade tenha acesso a informações de várias formas, enriquecendo o debate público e a democracia. No entanto, é fundamental estabelecer canais de confiança e estar sempre vigilante em relação à veracidade das informações.

Isso porque, com a proliferação das mídias digitais e a disseminação de fake news, isso tornou um problema significativo, capaz de distorcer a percepção da realidade e influenciar negativamente o debate público.

Por isso, é essencial que os consumidores de notícias verifiquem as fontes, busquem informações em veículos confiáveis e evitem compartilhar conteúdos de procedência duvidosa. A crítica e a responsabilidade são pilares indispensáveis para manter a qualidade da informação e a saúde da democracia.

“Cada mídia encontra seu espaço e continua a desempenhar um papel importante na disseminação de informações”, conclui Alberto Dines em seu artigo, ainda sem conhecer a profusão das novas mídias digitais e com elas a disseminação de fakes news negacionistas.

Meio de comunicação é ainda fundamental para artistas se tornarem conhecidos fora de suas bolhas
Reprodução

O Dia Internacional do Rádio é comemorado nesta quinta-feira (13), e justamente na  era do avanço do streaming e das plataformas digitais, muitos podem pensar que o rádio perdeu seu espaço e importância no cenário midiático.

“É um meio de comunicação ainda fundamental para artistas se tornarem conhecidos fora de suas bolhas”, diz a cantora Helena Serena, ex-The Voice Brasil, para quem o rádio continua a ser um meio essencial para a difusão cultural e musical no país, conectando artistas e ouvintes de diversas regiões e de diversas gerações.

Daí que o papel do rádio como meio de comunicação e informação continua sendo de grande relevância, especialmente no Brasil, onde, segundo a pesquisa Inside Audio 2024, 79% da população brasileira escuta rádio, com tempo médio de escuta diária de 3 horas e 55 minutos.

Como se observa, o rádio, que completa mais de um século de história, mantém-se atual e vital na difusão de conteúdos culturais, locais e regionais, além de desempenhar um papel crucial na descoberta de novos talentos.

Helena Serena diz ainda que o rádio oferece uma experiência comunitária diferente das playlists individualizadas de streaming, além de poder conectar-se diretamente com as pessoas e ser algo mais ‘analógico’.

“Quando minha música toca em uma rádio, sei que várias pessoas estão ouvindo juntas, em diferentes lugares, mas conectadas pela mesma frequência. Isso cria uma sensação de pertencimento, uma troca coletiva que só o rádio proporciona”, observa a cantora.

Além disso, ela acrescenta, o rádio permite um contato mais direto e real com o público, especialmente nas entrevistas ao vivo. “Eu consigo falar diretamente com os ouvintes, contar as histórias por trás das músicas, e isso fortalece uma relação mais íntima e sincera, diferente do que acontece nas plataformas digitais”, comenta a cantora.

Ainda de acordo com a pesquisa Inside Audio 2024, 76% dos entrevistados acreditam que o meio tem se tornado mais moderno em relação aos conteúdos e formatos. Para 83%, as notícias chegam de forma rápida. Além disso, a credibilidade do rádio também é alta, 64% dos ouvintes confiam nas notícias veiculadas.

Adaptações e programas de nicho: rádios comunitárias

A adaptação das rádios ao mundo digital também permitiu o nascimento de programas de nicho, valorizando as cenas regionais e fortalecendo movimentos culturais locais. Ou seja, segmentou-se, como já observava Alberto Dines.

Emissoras comunitárias e independentes, por exemplo, continuam sendo uma força viva para a divulgação de artistas independentes, ao encontrarem nesses espaços uma maneira de propagar sua música, sua mensagem e sua identidade.

“Esses programas de nicho dão voz para quem está fora dos grandes centros, fortalecendo a identidade local e permitindo que nossa música, nossa mensagem, chegue diretamente ao público que valoriza suas raízes”, diz a artista.

Segundo ela, o rádio, mesmo em meio ao digital, continua sendo um veículo poderoso de conexão e divulgação da arte em suas múltiplas regionais e globais manifestações culturais.

Em um país de dimensões continentais e realidades socioeconômicas tão diversas como o Brasil, o rádio desempenha um papel fundamental na difusão cultural e musical.

Conecta regiões e públicos que muitas vezes estão distantes, tanto geograficamente quanto em termos de acesso a tecnologias mais avançadas.

Em muitos casos, é o único veículo que garante a circulação dessas expressões artísticas, ao reforçar a diversidade cultural e a inclusão de todos os brasileiros nesse vasto mosaico sonoro.

Rádios MEC e Nacional celebram Dia do Mundial do Rádio com programação especial

Nesta quinta-feira (13), Dia Mundial do Rádio, as rádios Nacional e MEC, emissoras da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), prepararam um programa especial para celebrar a data. A atração vai ao ar às 23 horas e tem produção e apresentação do jornalista Pedro Pontes.

O Dia Mundial do Rádio é comemorado em 13 de fevereiro em homenagem à primeira transmissão simultânea de um programa da Rádio das Nações Unidas, em 1946, para um grupo de seis países.

A data foi oficializada em 2011 pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Em 2025, o tema escolhido para as comemorações foi Rádio e Mudança Climática, destacando o papel da mídia na educação, conscientização e mobilização sobre as questões climáticas.

Nesse contexto, a programação especial das rádios vai abordar a importância desse meio de comunicação frente aos desafios do mundo contemporâneo.

Serão realizadas entrevistas com representantes da Unesco e com ambientalistas. A trilha sonora também foi especialmente pensada para a ocasião.

Serviço

Programação Especial Dia Mundial do Rádio


Quinta-feira (13), às 23 horas, na Rádio MEC e Rádio Nacional

Rádio MEC na internet e nas redes sociais

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Spotify: https://open.spotify.com/user/radiomec

YouTube: https://www.youtube.com/radiomec

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WhatsApp: (21) 99710-0537

Como sintonizar a Rádio MEC

Rio de Janeiro: FM 99,3 MHz e AM 800 kHz

Belo Horizonte: FM 87,1 MHz

Brasília: FM 87,1 MHz e AM 800 kHz

Parabólica – Star One C2 – 3748,00 MHz – Serviço 3

Celular – App Rádios EBC para Android e iOS

Rádio Nacional na internet e nas redes sociais

Site: https://radios.ebc.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/radionacionalbr

Spotify: https://open.spotify.com/user/vpj3k8ogjwf1nkv4nap3tlruv

YouTube: http://youtube.com/radionacionalbr

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X: https://x.com/radionacionalbr

Streaming: https://aovivo.ebc.com.br/embed-audio.html?emissora=radio-nacional-do-rio-de-janeiro

Como sintonizar a Rádio Nacional

Brasília: FM 96,1 MHz e AM 980 Khz

Rio de Janeiro: FM 87,1 MHz e AM 1130 kHz

São Paulo: FM 87,1 MHz

Recife: FM 87,1 MHz

São Luís: FM 93,7 MHz

Amazônia: 11.780KHz e 6.180KHz OC

Alto Solimões: FM 96,1 MHz

Celular – App Rádios EBC para Android e iOS

 

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