Conselheiros tomam posse para mais um biênio no Codema. Mineradoras mantêm duas cadeiras
Foto: Carlos Cruz
Mantendo-se as mesmas entidades representativas da sociedade civil, foram reconduzidos os membros do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema0, que reassumiram a função normativa e deliberativa no órgão municipal ambiental para o biênio 2023-24.
Duas boas novidades ficaram por conta da designação da advogada Patrícia Freitas, presidente da subseção itabirana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que assume a vaga antes ocupada pelo advogado Bernardo Rosa, que é também vereador pelo Avante. O suplente é o advogado Rogério Pierry Vieira.
Outra presença que agrega é a do professor Leonardo Ferreira Lopes, que assume a suplência como representante da Caritas Diocesana. A titular é a líder comunitária Maria da Conceição “Lia” Leite Andrade.
Outra mudança, que nesse caso não é alvissareira, não pelos nomes, mas pela falta de representatividade, fica por conta das nomeações dos servidores Josino Pedro Drummond Pena (titular) e Sueli Viana Ferreira (suplente) como representanteS da Câmara Municipal de Itabira.
Em períodos diferentes, a vaga do legislativo itabirano era ocupada por vereadores. Na gestão anterior, o conselheiro foi o vereador Neidson Freitas (MDB), que só compareceu a uma sessão, quando o Codema deliberou recursos do Fundo de Gestão Ambiental (Fega) para o programa de castração na cidade, que era de seu interesse.
A não indicação de vereadores para conselheiros do Codema é uma clara demonstração de descaso da Câmara Municipal de Itabira para a questão ambiental no município.
É como se para os vereadores não existissem a poluição do ar na cidade, afetando a saúde dos moradores, assim como não existem as ameaças das barragens, uma questão ambiental estrutural que está longe de ser resolvida.
É uma demonstração de que os edis itabiranos não se importam com o monopólio das outorgas de água na cidade por parte da grande mineradora, enquanto falta o precioso líquido nas torneiras de muitas residências na cidade, principalmente agora no período de estiagem.
Afinal, os vereadores têm questões mais importantes a resolver, como demonstram as inócuas indicações para a Prefeitura tapar os buracos nas ruas da cidade, a distribuição de honrarias e de benefícios localizados em seus “currais eleitorais”.
Outra discrepância não resolvida com a recondução dos conselheiros é a presença de duas mineradoras com cadeiras no Codema: a Vale e a Belmont, o que quebra o sentido de paridade e representatividade que é preciso manter no órgão ambiental. Deveria ter assento uma ou outra. Duas mineradoras, não.
Confira a lista com os nomes dos conselheiros e entidades que representam aqui: