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Conflitos de mercado e a posse do 5G

Veladimir Romano*

Depois de repensar a estratégia comercial, industrial e tecnológica; o presidente norte-americano, a mando da elite financeira e das bolsas dominadas pela influência do dólar, lançou bizarra luta travada agora nos bastidores entre aqueles habituais detentores do comando financeiro internacional, no momento, mais que nunca, mobilizados em dominar o mercado global e empresas chinesas.

Donald J. Trump, preparando outra estratégia com mercado britânico saindo da União Europeia [o Brexit venceu], exige dessa confrontação que seus parceiros de longa data não cedam ao charme da tecnologia chinesa desenvolvida em mais alta velocidade.

E que vem ganhando flagrante dianteira na relação comercial, entre vários fatores, envolvendo Estados+empresas+governos; seguidamente, mercado+tecnologia+vantagens+parcerias. Enorme é o desafio colocado diante dos norte-americanos acostumados ao facilitismo, cedência, abertura e até submissão das nações.

Sabendo já do efeito bastante benéfico do 5G em áreas tão sensíveis como a saúde, energias, indústria generalizada, mobilidade, educação, sistemas operativos; entre mais outros aspetos positivos oferecidos pela aplicação da mais recente e avançada tecnologia de ponta entregue ao mercado pela China com seu 5G.

Mal se ressentiu o famoso pluralismo capitalista tão propagado pelas nações de prática democrática liberal e cultura empresarial, favorecendo valias do sistema na concorrência, iniciativa privada.

Mass nunca explicando da pirataria financeira, conluio, conivência, padrões éticos, conotações fatalistas e, pelo meio de tantos espinhos colocados na fantasia do sistema, foi lido, aprendido, estudado e analisado em todos os pormenores transformando a China no presente, em parceiro de respeito no mercado, porém aplicando uma filosofia estatal em benefício generalizado.

Contrariamente aos norte-americanos, do pluralismo capitalista, retira a China seu proveito para desenvolvimento do país começando pela elevação dos padrões nos quais o povo sai beneficiado, premiando infraestruturas, melhores planos em defesa da saúde, educação livre e gratuita da básica à faculdade,

Tudo isso além da evolução dos sistemas sociais, mercado favorecido onde o Estado concorre com empresários locais, estrangeiros, cooperativas, até favorecendo parcerias com multinacionais estratégicas, boas para a economia do Estado. Tudo isso com a responsabilidade de combater a corrupção onde ela se apresente, severa e fortemente combatida. É o rigor do sistema impondo a ordem.

Tendo uma disponibilidade abrangente, o 5G de origem chinesa, fazendo mossa (passando por cima) dos norte-americanos, criou então uma consciência na Casa Branca sentindo traição dos países submissos agora seduzidos pela tecnologia da China.

Donald J. Trump e seus assessores estão testemunhando como os chineses chegaram, viram, conquistaram e andam estabelecendo com as mesmas armas do capital, o retalho desta divisão digital criando muita discussão de travesseiro entre parceiros como a Itália, Inglaterra, Grécia, França… pelo que se vai assistindo, outros virão.

Esses primeiros membros da União Europeia, incluindo a própria Comissão, estão sendo avalistas da sedutora e avançada tecnologia que trará muitas vantagens, inclusive financeiras.

Nos próximos dez anos, especialistas da Grécia apontam a um ganho para a economia helênica equivalente a 20 bilhões de reais. Da robotização mais completa, rápida, eficiente e economicamente viável.

A revolução tecnológica já está em curso através da velocidade com a qual anda desenvolvendo distintos desafios ao mesmo capitalismo, ameaçando qualquer disponibilidade dos governos e governantes.

A relação histórica parece que fica sempre regressando ao princípio, como trabalhando novas e mais rápidas soluções das quais o legislador nem consegue remontar entendimento.

Tudo ultrapassa fronteiras ou parece que estas já nem existam. O mais recente histórico tecnológico que anda assustando os norte-americanos, o 5G como produto alinhando à China e nações diversas qualificando essa tecnologia de forma positiva, baralhou o mercado.

O então famoso 5G com maior velocidade, depressão técnica negativa, crescente poder entrosado com dispositivos, criou pelo efeito colateral outros atores como a Itália que só na cidade de Milão, no seu plano experimental, aplicou 450 milhões de reais cobrindo mais de 50 projetos e 38 parcerias na área da saúde, mobilidade, lazer e diversão visual.

É este clássico embaraço que revoltou Donald J. Trump, sabendo que os  ingleses das faculdades públicas igualmente estão descartando conselhos paternalistas da Casa Branca.

E aplicaram equivalentes milionários na criação do 5G em armações robóticas, segmentos flexíveis para cirurgiões, entre outros testes intensivos preparando caminho a próximas variantes tecnológicas.

O dever da poupança nos gastos também inclui o 5G, dando voltas na cabeça e contas subtraídas do presidente ianque e sua corte de tubarões que não estão entendendo que próximas gerações tecnológicas, numa revolução permanente, estão sendo desenvolvidas em co-criação colaborativa, além de dispor de mercados esclarecidos.

E assim novas soluções seguem transformando a sociedade ao melhor das suas capacidades, abordando eficácia, introduzindo conhecimentos como objeto do homem socializado, não criando monopólios como tem demonstrado políticas influentes de mau sentido, que acabam por complicar o mundo e a vida do planeta. É o que fazem os instintos da presidência norte-americana acusando os chineses de prepararem «espionagem» através do 5G. 

Engraçado: não são os serviços secretos dos EUA que andam acusados da espionagem sobre as nações “amigas”? Não são eles os que espionam todo o mundo? Não são eles que ocuparam abusivamente territórios de outras nações?

Decisões tendenciosas, geradoras de conflitos, jogando uma ruim psico-sociologia no lugar do materialismo capitalista. Sublinham que sem os norte-americanos fazendo negócios, mais ninguém poderá assumir o mercado pelo tanto que as forças econômicas representem no bolo financeiro do gigantesco orçamento nacional dos Estados Unidos, a coroa que tanto ambicionam.

*Veladimir Romano é jornalista e escritor luso-caboverdiano

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