Com o fim das chuvas, e mais as ações de combate à dengue, índice de infestação do Aedes Aegypti cai vertiginosamente em Itabira

Foto: Reprodução 

Do registro de 12,8%, o maior da série histórica em Itabira, em janeiro deste ano, o Liraa de maio já registra um Índice de Infestação Predial (IIP) de 1,3%, uma queda vertiginosa com o fim das chuvas, mas também pelas ações de combate aos focos do mosquito transmissor, o que só foi possível com o firme engajamento da população e com as ações saneadoras, com limpezas e profilaxia desencadeadas pela Prefeitura de Itabira.

As ações de combate à dengue pela Prefeitura foram coordenadas pelas secretarias municipais de Saúde (SMS), Desenvolvimento Urbano (SMDU) e Meio Ambiente (SMMA).

De acordo com o diretor de Controle de Zoonoses, Gustavo Cardoso Pinho, em dezembro do ano passado, após alerta de circulação do sorotipo 3 em Belo Horizonte, foram realizadas diversas ações em Itabira para erradicar os focos de proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya, Zika, Febre amarela, dentre outras arboviroses.

Foi preciso estabelecer também um plano de contingência, por meio de um decreto emergencial, sendo instalada uma Sala de Situação, por onde foi feito todo o monitoramento da epidemia na cidade.

Nessa sala foram concentradas as demandas relativas à epidemia, com a organização dos mutirões de limpeza, fiscalização (Vigilância Sanitária, Posturas e Meio Ambiente), digitação dos casos suspeitos, confirmados e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), além da continuação das campanhas de conscientização.

Fonte: PMI

Epidemia sob controle

Os dados comprovam o decréscimo acentuado de notificações e do Liraa, mesmo em ano epidêmico, com as ações de controle, limpeza e erradicação dos focos do mosquito. “Os números alcançados recentemente evidenciam o sucesso das ações da Sala de Situação da Dengue” diz o diretor de Controle de Zoonoses.

Poderia ter acrescentado, também, a imprescindível ação efetiva da população que se conscientizou e fez o dever de casa, limpando os quintais, eliminando os criadouros do mosquito em casa, nos quintais, lotes vagos.

No entanto, se essa queda vertiginosa do índice de infestação tranquiliza, é preciso manter a vigilância com o cuidado para não baixar a guarda, pois mesmo sem chuvas o mosquito prolifera – e surgem as arboviroses que tantos danos causam à saúde, com mortes e sofrimento à população – e que precisam ser evitadas com ações preventivas.

Portanto, para manter a incidência baixa é preciso que a população mantenha as ações de combate aos criadouros, com a eliminação da água parada. Para isso, Agentes de Combate a Endemias vão manter as visitas domiciliares, orientando a população para que mantenha a vigilância, eliminando os focos do mosquito, além de aplicar larvicida nos locais onde isso não for possível de execução.

Fonte: PMI

Saiba mais sobre os locais de proliferação do mosquito que precisam ser eliminados

Os depósitos de água que servem como criadouro do Aedes Aegypti são classificados:

– A1: Caixa d’água elevada ligada à rede pública e ou sistema de abastecimento particular (poço, cisterna, mina).

– A2: Depósito em obras e horticultura. Depósitos ao nível do solo para armazenamento, depósitos de barros (#litros, moringas, doméstico: tonel, tambor, barril, tina, potes) cisternas, caixa d’água, captação de água (poço, cacimba).

– B: Vasos/frascos com água, prato, pingadeira, recipiente de degelo de refrigeradores, bebedouros, pequenas fontes ornamentais.

– C: Calhas, ralos, sanitários (em desuso), tanques em obras/borracharias, máquinas/equipamentos em pátios, piscinas e fontes ornamentais, oreiras em cemitérios, cacos de vidro em muros.

– D1: Pneus e outros materiais rodantes (câmera de ar, manchões).

– D2: Lixo (recipientes plásticos, latas) sucatas em pátios e ferro velhos, entulhos.

– E: Folhas de plantas, ocos em árvores, buracos em rochas, restos de animais (cascas, carapaças).

Sobre o índice Liraa

O índice Liraa é uma das principais ferramentas para mensurar o grau de desafio para o controle da dengue.

O sistema desempenha um papel crucial ao facilitar as análises entomológicas, fornecendo informações detalhadas sobre índices prediais (percentual de imóveis positivos), índice Breteau (percentual de depósitos positivos) e o tipo predominante de recipiente positivo.

Esses dados visam otimizar e direcionar estrategicamente as ações de controle do vetor, proporcionando uma delimitação eficaz das áreas de risco entomológico.

De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), os índices inferiores a 1% são considerados satisfatórios quando ficam entre 1% a 3,9%, situação de alerta; e índices superiores a 4% representam risco alto para surto da dengue.

O Sistema Liraa desempenha um papel crucial ao facilitar as análises entomológicas, fornecendo informações detalhadas sobre índices prediais (percentual de imóveis positivos), índice Breteau (percentual de depósitos positivos) e o tipo predominante de recipiente positivo.

Esses dados visam otimizar e direcionar estrategicamente as ações de controle do vetor, proporcionando uma delimitação eficaz das áreas de risco entomológico.

Conheça as principais arboviroes

Dengue: A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. Ela contém quatro tipos diferentes de sorotipos (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). Os sintomas incluem febre alta, dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoo, dor atrás dos olhos, manchas e erupções na pele, vômitos e perda de apetite. A dengue pode evoluir para a dengue hemorrágica, caracterizada por sangramentos e queda de pressão arterial, aumentando o risco de morte.

Chikungunya: Essa doença também é transmitida pelo Aedes aegypti. Os sintomas incluem febre alta, dores articulares intensas, inchaço nas articulações, dor de cabeça, fadiga e erupções cutâneas. A chikungunya pode causar complicações crônicas nas articulações e afetar a qualidade de vida1.

Zika: O vírus Zika também é transmitido pelo mesmo mosquito. Os sintomas incluem febre baixa, erupções cutâneas, conjuntivite, dores musculares e nas articulações. A infecção pelo Zika durante a gravidez pode causar microcefalia e outras complicações no feto1.

Febre amarela: Embora a febre amarela urbana não seja comum no Brasil, o Aedes aegypti é um dos vetores dessa doença. A febre amarela pode causar sintomas como febre alta, dores musculares, náuseas, vômitos e icterícia (pele e olhos amarelados). No Brasil, a febre amarela é predominantemente silvestre, transmitida por outros mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes2.

Além dessas, existe também a Febre Mayaro, outra arbovirose transmitida pelo Aedes aegypti. É uma doença febril aguda com sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya, incluindo febre, dores articulares e musculares, erupções cutâneas e fadiga1.

 

 

 

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