Com a vitória de domingo, falta pouco para a torcida do Atlético gritar é campeão
Luiz Linhares*
O Atlético sacramentou a semana com duas vitórias em casa, o Grêmio e o América. Na caminhada para o título tudo segue de forma impecável, ainda que com vitórias magras, mas sabendo que o mais importa é somar pontos e assim tem feito.
Na partida contra os gaúchos o time não foi bem. Passou momentos de apertos, levou gol quando a vitória parecia encaminhada e a vitória só chegou com Vargas batendo pênalti. Mas isso é competição e se livrar dos obstáculos faz parte e mostra grandeza.
Hoje o Atlético é cirúrgico. Sofre e apanha sem nocaute e com reservas para retomar as rédeas da partida. E assim tem feito e está a caminho para a grande conquista que persegue há meio século.
No clássico de domingo (7) contra o América o time foi quase que perfeito. Teve um tempo inicial de equilíbrio e foi altamente eficiente com bom conjunto no tempo final. Fez o gol da vitória e encurralou o adversário. Teve uma vitória merecida e altamente valorizada pelo América.
O Atlético venceu mais uma vez por ter o melhor time, por contar com um elenco que se roda sem perder eficiência ao contrário do adversário de domingo, que é bom até cansar e não tem como fazer substituição à altura dos titulares por falta de recursos.
O trabalho do Atlético é perfeito. Cuca e sua comissão técnica conseguem manter o grupo coeso e sem ansiedade. É assim que o time espera a hora certa focando jogo a jogo. E a cada rodada se aproxima a consagração. Tirar o título do Brasileiro do Galo é algo hoje quase impossível.
Entramos em semana de data FIFA, com jogos de eliminatória que tiram titulares para diversas seleções sul-americanas. Entendo não ser grande problema para o Cuca, que conta com time bem determinado e peças bem entrosadas, possibilitando um ótimo rodízio praticado ao longo das disputas.
Por fim, meio de semana o Galo enfrenta o Corinthians novamente no Mineirão. É hora de quebrar o recorde de público de 61 mil pessoas. Confirmando a vitória, será certamente um já quase grito de campeão.
Cruzeiro luta pela permanência na série B enquanto aguarda pelo projeto da Sociedade Anônima do Futebol
Há umas seis ou sete rodadas, disputar a série B do Brasileirão por mais de um ano era para o torcedor do Cruzeiro, um absurdo, muito vergonhoso, um extremo vexame.
Hoje, permanecer na série B por mais um ano é, para o Cruzeiro e sua torcida a salvação, uma das boas coisas que ainda no ano podem acontecer. Assim é a vida, assim como o futebol, sempre surpreendente e em constante mudança, enquanto o globo gira e nos consagra, outras vezes nos pune.
A vitória em Londrina praticamente selou este desejo atual de permanecer na série B. Mas para isso ocorrer, vai ser preciso somar o máximo de pontos para assim amenizar os sintomas desse novo fracasso.
Fica, portanto, para o próximo ano, a possibilidade de alcançar uma posição mais honrosa, que seja condizente com o que com que foi o Cruzeiro Esporte Clube.
Para esta semana, o novo capitulo é a volta das partidas do time celeste no Mineirão, sua sempre casa principal que muitas das vezes foi chamada pelos torcedores de Toca 3.
Mas volta em baixa, sem poder ter a totalidade de público pelas dificuldades logísticas e por ter o rival, o Atlético, a preferência pelo momento e pelo contrato em vigor. Certo é que o Mineirão tem a cara do Cruzeiro e no futuro próximo não pode ser renegado.
Enfim, resta ao cruzeirense torcer para que o projeto de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) se torne realidade, para que investidores estejam propensos a apostar num ressurgimento celeste.
E ainda torcer para a sabedoria de um bom planejamento com pessoas e profissionais de renome e eficiência, para que assim possa renascer a esperança, confiança e credibilidade para tudo novamente acontecer.
*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira-AM.
