Católicos celebram missa Conga em Itabira em homenagem a Nossa Senhora da Saúde
Fotos: Carlos Cruz
Guardas de marujos e grupos de congadas de Itabira e cidades vizinhas, juntamente com devotos católicos, políticos e convidados participaram de uma missa Conga, na manhã deste domingo (21), em adro armado ao lado da igreja da Saúde, como parte da programação de encerramento das festividades religiosas em homenagem à Nossa Senhora da Saúde.
Antes, às 9h, moradores do bairro Pará foram despertados pelo rufar dos tambores, das cantorias das marujadas e congadeiros, em um encontro folclórico religioso de antigas tradições, de grande valor histórico, cultural, como parte de uma importante manifestação da fé popular.
O cortejo da igreja até a praça Nelson Lima de Guimarães, no bairro Pará, com retorno para a missa Conga, lembrou aos moradores de não se esquecerem de participar da honraria à Mãe protetora, cuja imagem talhada em madeira acompanhou os grupos folclóricos.
A homenagem festiva à padroeira volta a acontecer, com devoção e alegria, depois de mais de dois anos de isolamento com a pandemia.
“É um retorno para celebrar a vida e a saúde”, frisou o pároco Paulo Marcony Duarte Simões, ao ritmo dos tambores, zabumbas, pandeiros, sanfonas, com muita cantoria.
A homenagem prossegue neste domingo com procissão saindo às 16h da praça Acrísio de Alvarenga, seguindo em cortejo até a igreja da Saúde, onde será celebrada, às 17h, missa de encerramento em honra à Nossa Senhora da Saúde.
Homilia
Em seu sermão na missa Conga, padre Paulo Marcony exaltou o comparecimento dos fiéis e dos grupos folclóricos, mas lamentou a ausência de imprensa na cobertura da festa religiosa em homenagem “à Rainha da Paz, nesta celebração da vida”.
Segundo o pároco, a imprensa exalta a morte e as coisas ruins e o que se vê no noticiário é desanimador. “Não mostra as ações bonitas que estão acontecendo, como é este momento festivo aqui. Se fosse um acidente, um homicídio, aqui estaria cheio de repórteres. Mas uma festa religiosa, uma coisa do bem, nem sempre chama a atenção”, criticou.
Em sua homilia messiânica, carregada de simbolismo católico, padre Paulo Marcony assegurou que o bem vencerá o mal, assim como a vida vence a morte com o Reino de Deus.
“Nada disso (as coisas ruins) vai superar a força de Deus que é maior que o mal que se apresenta de diversas formas. Mas o mal não vai impedir a realização da vontade de Deus, quando todos os inimigos estarão aos seus pés”, disse o padre, para quem o último inimigo a ser vencido é a morte.
“Cristo venceu a morte”, confortou o pároco, advertindo que o mal anda sempre ao lado sob disfarce.
O padre não disse, mas é importante acrescentar que o mal muitas vezes fala em nome de Deus mesmo quando desdenha dos que sofrem com a perda de seus entes queridos, como se viu no Brasil em tempos de pandemia.
fui lendo a matéria acima,das procisoes e festas da marujada e congada em Itabira, e imaginando se numa dessas caminhadas os grupos de Congo e Marujos dessem uma paradinha em frente a uma dessas tantas igrejas neopentecostais: radicais como reproduzem o inferno
virava guerra. quer dizer, os neopentecostais veriam o diabo ali presente.
seria perigoso.
bem diferente da Igreja Católica, que no Brasil, vê essas festas e manifestações do sincretismo dos homens (e mulheres) pretos como aliados religiosos, apesar da cultura propria.
a relação iniciada com o catolicismo iniciou-se através Igreja do Rosário dos Homens Pretos.
tudo em paz
os neopentecostais que se mordam de inveja.
e eu ateu acho as manifestações um barato.
podem ser chamadas de folclore, mas é cultura viva
MP, sou areia e também curto as festas populares, sem conflito de crença. É lindo!
Saudações a marujada e congada!
Viva a igreja Nossa Senhora da Saúde (paróquia de dona Dalma, minha mãe)!
Viva o padre Paulo Marcony!
Viva o povo de Itabira!