Caso a pandemia avance, reabertura do comércio pode ser revista, salvaguarda o prefeito de Itabira. Mas pode ser tarde
“Estamos vencendo a pandemia. Precisamos que cada cidadão continue consciente e tome as precauções necessárias. Essa luta é de todos nós”, discursou o prefeito Ronaldo Magalhães (PTB) em seu comunicado aos itabiranos, nessa quinta-feira (24), ao anunciar que o comércio será reaberto, ainda com restrições, a partir de terça-feira (28).
“O panorama é avaliado diariamente”, acentua Magalhães, para quem as ações podem ser atualizadas ou revistas. Ou seja, se a flexibilização resultar em mais pessoas infectadas com mortes, como ocorreu no Reino Unido, que flexibilizou as restrições, mas depois teve de voltar atrás, o prefeito salvaguarda-se, alegando que pode reeditar as medidas restritivas.
Foi o que fez o primeiro ministro britânico Boris Johnson, que foi infectado e teve de ser socorrido em UTI, depois que a pandemia voltou com força em seu país, chegando a matar mais de 800 pessoas diariamente. Com a tragédia, Johnson se viu obrigado a prorrogar por mais três semanas, no mínimo, a quarentena em vigor desde 23 de março.
É o que também já faz o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, guru do presidente Bolsonaro, que agora é quem cobra mais medidas restritivas dos governadores, depois de ver o avanço e o elevado número de mortes pela pandemia em seu país.
Na terra do Tio Sam o número de mortes já se aproxima de 50 mil pela covid-19, com o registro de 3.176 óbitos em 24h, nessa quinta-feira (23).
Pico
A liberação do comércio ocorre justamente quando as autoridades de saúde anunciam a elevação da curva da pandemia, com a previsão de que o pico deve ocorrer neste fim de abril e avançando por todo o mês de maio.
A Prefeitura, inclusive, divulgou projeção com o possível número de infectados e de mortes em Itabira, no caso de a população não permanecer em casa. Dizia, há uma semana, que não é hora de relaxar com as restrições, com as pessoas permanecendo em casa.
Na simulação, caso o isolamento social deixe de ocorrer, com 120 mil habitantes, o município corre o risco de ter 12 mil pessoas contaminadas pela covid-19, podendo acarretar mais de 300 óbitos.
Mas pelo visto, pela avaliação da equipe de saúde da Prefeitura, o quadro mudou e a cidade já está preparada para enfrentar a pandemia. Não está.
A Secretaria Municipal de Saúde, informa a assessoria de imprensa da Prefeitura, não sabe nem mesmo qual é o índice de pessoas que cumprem a quarentena na cidade.
Os testes rápidos, adquiridos da China, ainda não chegaram. “Devem chegar segunda-feira”, prevê o subsecretário de Comunicação, Ricardo Guerra. A empresa Vale também anuncia que irá fazer 8 mil testes rápidos entre seus empregados direitos e indiretos em Itabira.
Não seria o caso de esperar por esses resultados – e só no caso de se certificar que as medidas restritivas com isolamento social e fechamento do comércio já deram resultados então pensar em flexibilização?
Mas enfim, a responsabilidade é do prefeito. É ele quem responderá pelas medidas adotadas e que agora estão para ser flexibilizadas.
Que as pessoas permaneçam em casa e não caiam na tentação do consumismo, mesmo porque o dinheiro anda curto. E o presente da mãe pode esperar para quando a pandemia passar, com um forte abraço que ela merece.
As avaliações de um vírus violento e sanguinário não demove o poder econômico,
que insiste em sobrepor a ganância á sobrevivência dos pobres e miseráveis de
nossa cidade, que tolhidos de uma melhor visão do que ocorre e do tanto que
estão exposto caminham como gado para o abatedouro, alegres, achando que
são imunes ao vírus. Irão mais cedo encontrar com o senhor, pois a única coisa
certa daqueles que ousam enfrentar a flexibilização é a morte. Morrerão por
falta de assistência médica, por falta de equipamentos respiratórios, uti´s
e de outras formas de ajuda.
É bom lembrar que a criação de um hospital na Mata do Intelecto, poderá também,
incorrer num grave risco, pois Itabira como centro catalizador de pacientes com o
Coronavirus (Covid 19), por centro regional. Outra coisa, é bom repensar essa política
de se criar um hospital na Mata do Intelecto, uma vez que aquela reserva ambiental
antende ao um acordo prévio preestabelecido no passado, com uma empresa da cidade.
Hajva vista que temos outros locais melhor situados que vão ao encontro de interesses
tais como esses de hospital de campanha, Pousada dos Pinheiros, será que não atende.
Creio que antes de flexibilizar o comercio, os empresários deveriam criar um colegiado
para repensar tais atitudes e, quando muito, associarem-se para auxiliar o prefeito no
combate a essa epidemia avassaladora. E queira Deus, nos preteja.