Cancelamentos, reajustes e CPI: como operadoras de saúde influenciam Lei dos Planos no Congresso
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Após 18 anos, PL deve ser votado no Congresso, mas empresas contam com ajuda do presidente da Câmara para atenuar texto
Por Laura Scofield
Edição: Ed Wanderley
Agência Pública – Após 18 anos de tramitação, o Projeto de Lei (PL) dos Planos de Saúde deve ser votado na Câmara dos Deputados no segundo semestre deste ano. A promessa foi feita pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), mas não sem ressalvas.
Ao se comprometer a pautar o texto que pode deter cancelamentos unilaterais, que nos últimos meses encerraram cobertura a tratamentos de pacientes autistas ou com câncer, Lira fez um acordo com as empresas para atenuar o teor do texto e agradar ao setor.
Esse foi um dos compromissos firmados em reunião privada entre o presidente da Câmara e os dirigentes de grandes operadoras em 28 de maio, momento em que os planos de saúde estavam sob escrutínio público em razão do aumento de queixas de cancelamentos unilaterais – quando operadoras decidem finalizar contratos, mesmo no caso de pacientes com todas as mensalidades pagas.
Por que isso importa?
- Operadoras e deputados falam abertamente sobre como os interesses do setor estão sendo levados para discussões importantes no Congresso e o impacto dos acordos realizados na Casa no acesso à cobertura de saúde por parte vulnerável da população.
Lira, entretanto, só anunciou publicamente uma parte do trato, como “uma boa notícia para os beneficiários dos planos de saúde”: disse em seus perfis nas redes sociais que as operadoras haviam se comprometido a suspender “os cancelamentos recentes relacionados a algumas doenças e transtornos”, sem mais detalhes. Porém, pacientes denunciam que o acordo não tem sido cumprido.
É o caso de Eveliny Goulart, cujo filho, Francisco, de 3 anos, tem síndrome de Edwards e câncer de fígado, e está em internação domiciliar. Após ter seu plano cancelado pela Amil no final de abril, Goulart entrou com uma ação judicial e conseguiu uma liminar que mantém o plano, pelo qual paga hoje quase R$ 7 mil por mês.
Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) proíbe o cancelamento de planos de pacientes em tratamento. Entretanto, em 21 de junho, ou seja, após o “acordo” de Lira, a Amil pediu a suspensão da liminar e segue tentando encerrar o plano que garante a vida de Francisco.
“O Francisco é um paciente paliativo, então a expectativa de vida dele é baixa. Eu me desgasto tanto com essas questões burocráticas do plano, de negativas, para que ele tenha o mínimo necessário, que isso rouba o tempo de vida que eu teria com ele”, explicou Goulart em entrevista àAgência Pública.
“Isso que o Lira fez no dia 28 é até bizarro. Um acordo de boca diante de um problema social tão grande. […] Foi uma conversa que não foi coercitiva com ninguém, porque o acordo não está sendo cumprido”, finalizou Goulart.
Em nota, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) disse que o presidente solicitou “a elaboração de um diagnóstico setorial e a proposição de soluções para apresentar aos parlamentares dentro dos próximos meses”.
“A Abramge entende que o diálogo entre o setor, a sociedade e as autoridades públicas é o melhor caminho, [e] aguarda o avanço do diálogo iniciado pelo presidente da Câmara dos Deputados”, acrescentou.
A reportagem questionou o gabinete de Arthur Lira sobre o acordo feito com as operadoras e sua atuação nas articulações do setor, mas não recebeu resposta até o momento. Este espaço será atualizado tão logo haja manifestação.
Acordo zero e quase duas décadas de influências
A mobilização da sociedade civil em protesto contra cancelamentos unilaterais rendeu audiências públicas na Câmara e no Senado e deixou em evidência o PL 7.419/2006. “Quando você demora em fazer justiça, você comete uma profunda injustiça. Se nós tivéssemos avançado nessa legislação, não estaríamos vivenciando isso”, disse a deputada Erika Kokay (PT-DF) à reportagem em audiência no dia 25 de junho.
O PL em questão é, na verdade, um apensado de mais de 200 projetos que abordam o tema, apresentado pelo então senador Luiz Pontes (PSDB-CE). A proposta inicial seria fazer ajustes pontuais na Lei 9.656, a primeira Lei dos Planos, aprovada em 1998.
O relatório do PL, apresentado pelo deputado Duarte Júnior (PSB-MA) em setembro do ano passado, proíbe o cancelamento unilateral, a menos que o cliente deixe de pagar o plano por 60 dias, estabelece regras para evitar reajustes abusivos nos planos coletivos e, segundo o parlamentar, está maduro e pronto para ser pautado “logo”.
“Se eu tiver que fazer uma escolha, a minha escolha vai ser manter as operadoras insatisfeitas, mas a defesa do consumidor garantida”, disse o deputado.
Duarte considera ter construído um texto “harmônico”, que protege os consumidores e traz “pontos mais favoráveis às empresas”, como a criação de um prontuário único entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e a saúde suplementar, a fim de evitar repetição de exames, e a formação de um consórcio entre as operadoras e o SUS.
Isso permitiria que a saúde privada pagasse o mesmo valor que o setor público por medicamentos. “É uma demanda que veio delas”, assegurou.
Lira, entretanto, já disse ter recebido “muita reclamação” quanto ao texto e estaria avaliando retirar Duarte da relatoria para abrir caminho a outras propostas defendidas pelo setor: a principal é a criação de planos segmentados, nos quais só haveria cobertura para consultas e exames, sem internações.
Para Lucas Andrietta, coordenador de saúde do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), permitir a criação de planos segmentados, apresentados pelas empresas como planos “populares”, significa desregulamentar a cobertura dos planos de saúde. “A gente destrói a ideia de plano de saúde e dá o poder apenas para as empresas de definição por contrato daqueles procedimentos que elas querem cobrir”, afirmou em entrevista à Pública.
O histórico de tramitação do PL mostra a força do lobby das operadoras no Congresso, na avaliação do deputado Ivan Valente (PSOL-SP). O projeto já teve dois outros relatores, os então deputados Hiran Gonçalves (PP-RR) e Rogério Marinho (PL-RN), hoje senadores, que lideraram uma comissão especial em 2017 para debater o texto.
A comissão defendeu, por exemplo, a flexibilização de multas aplicadas às empresas, a autorização para reajustes nos planos de idosos depois de 60 anos e a restrição de coberturas. As medidas foram consideradas como “prejudiciais aos usuários” pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), que pediu o arquivamento da matéria.
“Você não consegue avançar. Por quê? Porque os lobbies são muito fortes”, afirma Valente, que participou da comissão naquele ano. O deputado considera que a mobilização em torno dos cancelamentos poderia ter fortalecido a aprovação de um projeto que defendesse o consumidor, como aconteceu em 2022 com o rol taxativo, mas a proposta de negociação e a demora de Lira em pautar o projeto diminuíram essas chances.
Em maio daquele ano, o STJ decidiu que os planos de saúde deveriam arcar somente com procedimentos previstos em uma lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A decisão foi alvo de protestos liderados por mães de crianças autistas, e o Congresso Nacional aprovou em setembro uma lei que tornou a lista apenas exemplificativa, ou seja, ela não restringiria os procedimentos que deveriam ser cobertos.
A deputada estadual Andréa Werner (PSB-SP) foi uma das articuladoras da mobilização, antes de entrar para a política. “Foi muito difícil negociar. Tinha forças ali, parlamentares puxando muito para o outro lado”, explicou. Hoje, ela considera que “a maior luta” é aprovar uma Lei dos Planos que proteja os consumidores. “Estão querendo de todo jeito que esse PL passe com as coisas que eles querem colocar”, afirmou.
Em nota, a Unimed informou que contribuiu “em audiências e debates promovidos pela Comissão Especial de Planos de Saúde, em seus dois períodos de funcionamento, em 2017 e 2021” e segue “participando das discussões” sobre o PL 7.419/2006.
“Somos favoráveis à revisão e à modernização do marco regulatório da saúde suplementar, com o estabelecimento de princípios claros, que dêem previsibilidade ao setor e garantam o tripé de segurança assistencial, segurança jurídica e segurança econômico-financeira a todos os envolvidos”.
A operadora não respondeu se enviou sugestões à Lira sobre o PL e nem se apoia a criação de planos segmentados.
As operadoras no Congresso
A proposta dos planos segmentados, uma das grandes apostas das operadoras, é defendida, por exemplo, pelos deputados Dr. Luizinho (PP-RJ), líder do Progressistas, e Pedro Westphalen (PP-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Serviços de Saúde (FPMDSS).
“Por que não? [A pessoa] faz o que quer, para ter o que pode ter”, disse Westphalen em entrevista. Ele explicou que a frente foi criada justamente para ser a “voz” dos serviços de saúde no Parlamento, “onde as coisas se definem”.
O deputado avalia que é necessário “flexibilizar” o texto de Duarte. “O próprio presidente Arthur [Lira] já disse isso”, justificou. Westphalen contou que a frente tem se reunido com representantes da saúde suplementar, como as operadoras nas terça-feiras pela manhã e discutido o PL e outros projetos.
A frente foi lançada em agosto do ano passado com as assinaturas de 213 deputados de diversos partidos. De acordo com a Agenda Legislativa de 2024, documento que apresenta o grupo e elenca suas prioridades, a Lei dos Planos de Saúde é uma das prioridades do grupo, ao lado da desoneração da folha de pagamento do setor de saúde, da regulamentação da reforma tributária e de outros projetos.
No caso da reforma, Westphalen avalia que a frente já conseguiu avanços: “Conseguimos excepcionalizar a agricultura e a saúde”. Os serviços de saúde, por exemplo, terão alíquota reduzida em 60%.
“As operadoras entregam [reivindicações] em nome da frente [aos parlamentares]”, explicou o deputado. Questionado sobre quais seriam as recomendações já feitas, Westphalen disse que não tinha “autorização” para compartilhar e sugeriu que a reportagem pedisse diretamente às empresas.
O principal argumento utilizado pelos planos de saúde para justificar os cancelamentos e demandar uma lei mais favorável é uma suposta crise econômica vivida pelo setor. No primeiro trimestre deste ano, as operadoras tiveram R$ 3,1 bilhões de lucro líquido, o melhor resultado desde 2019 [R$ 3,9 bilhões], de acordo com dados da ANS. De janeiro a março de 2024, as empresas registraram lucro operacional de R$ 1,87 bilhão. No ano passado, o resultado havia sido negativo em R$ 1,66 bilhão no mesmo período.
“É preciso ter equilíbrio, muita conversa, as posições têm que ser colocadas para que se possa avançar, e não quebrar um sistema que já vem com dificuldades. Se houver uma radicalidade na construção de uma lei que é importante, acaba a saúde suplementar”, argumenta Westphalen.
Duarte Júnior, entretanto, diz não acreditar no que diz o setor: “Elas alegam ter crise, mas não apresentam documentos, planilhas. Não é possível acreditar em algo que não tem prova”.
“Pelo contrário, o setor é composto por uma série de grupos econômicos que são protagonistas da acumulação de capital no setor de saúde privado brasileiro”, concorda Lucas Andrietta, do Idec. Ele destaca tanto o lucro quanto o movimento “intenso” de fusões e aquisições de empresas no setor como indicativos que descaracterizariam uma crise.
CPIs sobre cancelamentos e soluções ainda distantes
Além de jogar luz sobre o PL, o alto número de cancelamentos gerou um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o tema, que ultrapassou 300 assinaturas – de uma Câmara com 513 deputados.
“É um setor muito forte no Congresso Nacional, de um lobby muito forte, e a gente entendeu que tinha que ter uma ação mais efetiva para dar clareza à população brasileira e aprofundar nos números apresentados”, explicou à reportagem o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), autor do requerimento.
Ribeiro também destacou o fato de os planos não estarem cumprindo o acordo com o presidente da Câmara: “Quero saber se ele [Lira] quer continuar sendo enrolado”.
“Não sei por que não instala, qual [é] esse jogo de interesse de não ter instalação, [ou] quem quer proteger nessa relação, mas eu acho que a sociedade merece essa clareza”, afirmou o deputado. O responsável por instalar ou não a CPI é Arthur Lira.
A mobilização social também motivou um pedido de CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e rendeu uma comissão já instalada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
“A gente partiu pra iniciativa da CPI porque fizemos audiências públicas e sinalizações aos entes envolvidos para que houvesse uma conversa [sobre os cancelamentos] e não tivemos o retorno esperado”, explicou o presidente da comissão, deputado Fred Pacheco (PMN-RJ).
De acordo com ele, depois do início da CPI, no início de junho, as operadoras começaram a se movimentar: “A gente sente [a pressão] nos corredores”, disse.
Atualmente, não é possível saber nem quantas pessoas perderam seus planos por decisão das empresas, já que a ANS não contabiliza esses dados. “Se trata de uma relação entre contratante e contratado”, justificou a agência em resposta àAgência Pública, ainda que a ANS tenha como finalidade justamente regular “as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores”.
Em maio, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificou 17 operadoras e quatro associações do setor e perguntou quantos contratos haviam sido cancelados entre 2023 e 2024 – cada contrato inclui diversos planos – , mas “a maioria das operadoras não forneceram os números”, de acordo com nota técnica da secretaria.
Os dados que demonstram o aumento de cancelamentos são as queixas apresentadas pelos consumidores. Entre janeiro e abril deste ano, o total de reclamações na ANS sobre o tema atingiu 5.888, o que representa um crescimento de 30,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em todo o ano de 2023, as queixas somaram 15,2 mil; e, em 2022, mais de 11 mil. A reportagem solicitou à ANS o número atualizado até julho, mas a agência não forneceu a informação até o momento.
Abusos vão além dos cancelamentos
O encerramento unilateral dos planos só é possível porque a Lei dos Planos de Saúde (9.656/98) define regras diferentes para planos individuais ou familiares e coletivos. Os cancelamentos e aumentos arbitrários são proibidos na primeira categoria, que desde então se tornou raridade – representa 15,6% do total e não é mais vendida pela maior parte das operadoras. Hoje, a maioria das pessoas faz contratos coletivos, que podem ser reajustados em qualquer valor e cancelados a qualquer momento.
O alto reajuste deste ano, por exemplo, fez com que Suzian Mendes decidisse cancelar o plano de sua mãe, Odete Bezerra, que trata um câncer de mama há mais de dez anos.
Em abril, elas receberam a notificação de cancelamento unilateral do plano que mantinham com a Amil, ainda que Odete estivesse em tratamento. Entraram na Justiça e conseguiram uma liminar para manter o convênio. Entretanto, em julho, veio o reajuste, que fez o plano saltar de cerca de R$ 2.900 para R$ 3.700. “A gente não conseguiu continuar pagando”, explicou Mendes. Há um mês, Odete vem sendo tratada pelo SUS.
Em nota enviada à reportagem, a Amil afirmou que Francisco “permanece com seu plano de saúde ativo” e que “não houve nenhum caso de cancelamento por conta de doença específica ou de perfil de beneficiário”.
A operadora afirmou também que “considera a correção necessária para manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos”: “A Amil e a empresa-cliente analisam em conjunto a frequência de uso, a inflação médica e as características do produto contratado, buscando a manutenção do benefício sempre que possível”.
Responsável pela regulação das operadoras desde os anos 2000, quando foi criada, a ANS tem sido alvo de críticas por sua atuação a respeito dos cancelamentos unilaterais.
Para Lígia Bahia, professora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a agência tem sido “omissa” e “muito solidária com as empresas, e não com os clientes”.
“Às vezes não são ações explícitas, mas omissões em relação àquele que poderia ser o seu papel”, concorda Lucas Andrietta, coordenador de saúde do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). Ele avalia que a agência poderia ter “um papel mais ativo no âmbito regulatório para impedir e coibir algumas práticas abusivas”.
“Infelizmente, o que chega para a gente é que a pessoa provocou a ANS e recebeu uma resposta protocolar, como essa do cancelamento unilateral”, acrescentou a defensora Raquel Brodsky, da Defensoria Pública da União (DPU). “Você não vê uma irregularidade, mas não consegue ver o diálogo que a gente gostaria de uma agência que mexe com saúde.”
ANS: Críticas de todos os lados
A ANS é atualmente presidida por Paulo Rebello, que assumiu o cargo em julho de 2021, indicado por Jair Bolsonaro (PL), e fica até o fim deste ano. Antes de assumir a função, Rebello havia sido chefe de gabinete do então ministro da Saúde Ricardo Barros, durante o governo de Michel Temer. Barros é um defensor dos planos segmentados e já disse que o Brasil deveria repensar o SUS, pois faltariam recursos.
Rebello esteve presente no aniversário de um ano da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Serviços de Saúde (FPMDSS), em junho deste ano, e na 52ª Convenção Nacional Unimed – Inovação, Inclusão e Cooperação na Saúde, que também contou com a participação de Lira e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB).
Em dezembro do ano passado, Rebello foi homenageado com o prêmio 100 Mais Influentes da Saúde, organizado pelo Grupo Mídia. No LinkedIn, ele postou uma foto ao lado de Renato Casarotti, então presidente da Abramge, e dedicou o troféu a “todos aqueles me apoiaram e estiveram comigo”, como família, amigos, ANS e “parceiros do setor”.
Foi Rebello quem, a pedido de Lira, chamou as operadoras para a reunião em maio. “O Arthur [Lira] me ligou, conversei com ele e convidei as operadoras para estarem lá a pedido dele”, explicou em entrevista à Pública. Ele rebate as críticas de que os consumidores não foram convidados para a reunião por, em tese, representá-los: “Eu estava lá. Essa é a minha função”.
Para o presidente, a instituição vem “fazendo tudo que for preciso para que as infrações sejam sanadas e a qualidade da assistência seja prestada pelas operadoras de forma cada vez mais forte, cumprindo aquilo que está estabelecido no contrato”, mas faltam vagas para o corpo técnico.
Sobre as críticas de que a ANS estaria sendo omissa, disse que “temos uma máxima de que a gente está dando certo quando ninguém está satisfeito com a gente. Porque quando a operadora está reclamando, como está agora, dizendo que o regulador não olha, não atende, não vê as demandas das operadoras, a gente é criticado. O beneficiário, por outro lado, também está criticando, e temos órgãos de defesa do consumidor também criticando”.
Reportagem originalmente publicada na Agência Pública