Mutirão de esterilização de cães e gatos em Itabira vai até quinta-feira, mas somente para animais já inscritos.

Fotos: Reprodução/CC/TG

Em cumprimento à lei municipal 5.078, aprovada pelos vereadores e sancionada em 27 setembro de 2018, a Prefeitura de Itabira dá início, nesta segunda-feira (13), a mais uma etapa da campanha de esterilização de cães e gatos.

O mutirão de castração acontece no espaço multiuso Etelvino Avelar, na Esplanada da Estação, onde funciona a feira livre de Itabira. E se estende até quinta-feira (15).

Nesta etapa serão esterilizados cães e gatos já inscritos na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para passar pelo procedimento de controle populacional e de zoonoses.

A assessoria de imprensa da Prefeitura não informa como, quando o tutor deve fazer para inscrever seus animais para as próximas etapas da campanha. Apenas diz que vai acontecer no primeiro trimestre de 2023.

E que para isso já foi contratado castra móvel da Sociedade Ubaense de Proteção aos Animais (Supa), por meio de pregão do Consórcio Intermunicipal  Multissetorial do Médio Piracicaba (Consmepi), do qual Itabira faz parte.

Segundo a prescrição, quanto mais cedo acontece a esterilização, mais benefícios traz à saúde do animal submetido ao procedimento.

A castração é apontada também como principal meio de controle populacional, sobretudo de animais de rua, que após esterilizados, continuam vivendo livremente na cidade, nos povoados, sítios e fazendas, mas sem reproduzir.

É também um dos principais meios de controle de zoonoses, que são doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas.

Em Itabira, estão inscritos 3,5 mil animais para submeterem ao procedimento. Entretanto, a diretora de zoonose da SMS, Ully Martins, lamenta que muitos tutores inscrevem seus pets, mas não comparecem no dia agendado. Isso, além de prejudicar o resultado da campanha, atrasa também a castração dos outros animais inscritos.

O castra móvel contratado pela Prefeitura de Itabira tem capacidade para esterilizar de 120 a 150 animais por dia (Foto: Divulgação/Ascom/PMI

Cadastro

Após a ovariectomia nas fêmeas, que consiste na remoção do útero e dos ovários, e da orquiectomia nos machos, com a remoção dos dois testículos por meio de procedimentos seguros, o animal recebe um chip, no qual estão gravados a data da realização da esterilização, assim como o nome do tutor.

São dados que constam do cadastro municipal para efeito de controle dos resultados da campanha. E também para responsabilizar eventual tutor que abandona o seu pet nas ruas da cidade – e mesmo próximo de sítios e fazendas, o que tem sido comum na região.

Desde janeiro de 2021, foram realizadas 887 cirurgias em Itabira, resultado que está abaixo do que prescreve a legislação municipal, que é de esterilizar 1 mil animais anualmente, até que se tenha um controle populacional efetivo, principalmente da população de rua.

Para a atual campanha, com o castra móvel contratado, a capacidade é de esterilizar de 120 a 150 animais por dia, podendo chegar a 600 pets esterilizados ao final desta etapa.

Benefícios para o animal

A castração é um dos principais meios de se fazer o controle populacional e de zoonoses

Em fêmeas, o procedimento diminui o risco de câncer de mama. E quanto mais cedo, melhor: 99% das cadelas castradas antes do primeiro cio não desenvolvem a doença.

Já em gatas, a castração reduz as chances de câncer de mama entre 40% e 60%.

Em machos, a castração reduz o desejo sexual e a necessidade de sair em busca de fêmeas no cio, o que diminui as fugas, atropelamentos e brigas com outros machos.

As fêmeas não ficam mais vulneráveis a infecções uterinas graves, como a piometra (infecção supurativa do útero), uma vez que o seu aparelho reprodutor é removido durante o procedimento.

Já em machos, reduz-se em grande escala os problemas de próstata e evita-se o câncer de testículo, que pode ser fatal.

As fêmeas não entram mais no cio, poupando os tutores de lidar com o sangramento e a atração de cães de rua.

Cães e gatos machos sentem menos necessidade de marcar o seu território com urina.

O animal geralmente fica mais dócil, facilitando a interação e reduzindo situações problemáticas – especialmente entre os que antes tinham comportamento agressivo.

Após realizar o procedimento, informe-se com o veterinário sobre a quantidade de alimentos que o pet esterilizado deve consumir. Em geral, os animais castrados consomem menos calorias, até por movimentarem menos, ficando mais quietos.

Com esse controle alimentar, evita-se que o animal engorde com a redução da atividade física, reduzindo o consumo de alimentos em relação ao que consumia antes da esterilização.

(Fonte: Word Animal Protection)

 

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