Bolsonaro e o fisiologista Centrão: quem dá mais
Rafael Jasovich*
A minha dúvida é: Jair Bolsonaro (sem partido) tem uma agenda? Não vejo muito claramente esse governo com uma agenda.
O Centrão é um ‘exército mercenário’, como o Celso Rocha de Barros disse. Ou aquela ideia de que o Centrão ninguém compra, só aluga.
Fora da política não há salvação. A eleição dos dois candidatos apoiados por Bolsonaro ao comando das casas legislativas é, simultaneamente, uma conquista do governo e uma conquista do Centrão.
É uma vitória do governo, na medida em que derrota um adversário que ele tinha na Câmara dos Deputados, muito claramente, que é o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Agora, claro que é uma vitória do Centrão, porque os partidos que o compõem, que eu prefiro chamar de ‘partidos de adesão’, são legendas que vão ter mais acesso a recursos governamentais do que tiveram até então.
O governo não tem uma agenda clara para a economia, como também não tem políticas públicas de um modo geral. Ele tem uma estratégia, em boa medida, destrutiva em certas áreas.
O governo desconstrói a área ambiental, a área cultural, a política educacional – que foi longamente construída nos últimos anos –, mas não oferece muita coisa para pôr no lugar.
Destrói a política trabalhista construída na luta dos trabalhadores ao longo de muitos anos. Acabou com a saúde e a situação terrível que vivemos com a pandemia se deve exclusivamente à sua política de letalidade, à sua ignorância e atitudes de psicopatia expressa.
Em relação aos pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro, Arthur Lira não pautará num primeiro momento. Mas é claro que, se a situação se deteriorar muito e Bolsonaro perder apelo popular, a pressão sobre o próprio Congresso Nacional – e, especialmente, sobre o presidente da Câmara dos Deputados – tende a aumentar muito.
E se os líderes do Centrão perceberem que o Bolsonaro se tornou um peso e, consequentemente, e se livrar dele é mais útil, não acho que eles vão ter muito receio de fazer isso.
O fator Lula é mais um componente que desconstrói a força do acordo. O ex-presidente tem entre os componentes do Centrão muitos deputados que dialogaram e voltariam dialogar tranquilamente com ele.
O desgaste do capitão é notório, derrete um pouco cada dia. E a tentativa de mudar o discurso não cola, porque ele não consegue manter a coerência.
E volta a fazer propaganda de cloroquina e outras barbaridades mais anti -ciência e atrapalhando as medidas necessárias para deter a propagação do vírus.
A carta dos empresários e o capital financeiro demonstram claramente que os ratos abandonam o navio.
A única solução para deter o avanço do contágio é lockdown por 21 dias e auxilio emergencial de no mínimo R$ 600. Sem essas medidas chegaremos a mais de 500 mil mortos.
Todos os dias elaboro o luto pelos brasileiros que perderam a vida, que poderia ter sido evitada. O choro e a angústia me acompanham há muito tempo.
*Rafael Jasovich é jornalista e advogado, membro da Anistia Internacional
Rafael, o Lira, se declara “lobo em pele de lobo”, portanto é possível que ele queira ser o presidente através da saída do PR Miliciano, e fará por isso.
Em Itabira o vice, claramente, na minha opinião, além da defesa da cloroquina, sobretudo quer a cadeira do prefeito. Mas não vai conseguir, mas empulhar até não poder mais.
Os poderes no Brasil foram ocupados por pessoas de baixo nível intelectual e sobretudo mal caráter.
# Fora Bolsonaro
Lira não assume, assume o vice Mourão.
só se o TSE Cassar a chapa toda, mas Lira assume e tem 90 dias para chamar nova eleição