Autismo e Cannabis, um breve entendimento

Ilustração: Reprodução

Por Marco Antonio Carboni*

A cannabis, também conhecida como maconha, é uma planta que tem sido usada por muitas culturas ao longo da história por suas propriedades medicinais. Nas últimas décadas, tem havido um interesse crescente em seu potencial para tratar uma ampla variedade de condições de saúde, incluindo o autismo.

Remédios à base de cannabis – chamados de óleo de cbd, canabidiol, ou ainda óleo de maconha – já são uma realidade terapêutica que pais e mães estão adotando com eficiência, segurança e alto índice de efetividade entre os pacientes.

O autismo é uma condição neurobiológica que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Embora não haja cura para o autismo, existem muitos tratamentos disponíveis que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com a condição.

A cannabis tem sido estudada como um tratamento potencial para o autismo, e há evidências crescentes de que pode ser benéfica para algumas pessoas. Aqui estão alguns dos possíveis benefícios do tratamento com cannabis para o autismo:

  1. Redução da ansiedade: muitas pessoas com autismo têm níveis elevados de ansiedade, o que pode afetar sua capacidade de interagir socialmente e de se engajar em atividades diárias. A cannabis pode ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar o humor, o que pode tornar mais fácil para essas pessoas se comunicarem e se conectarem com os outros.
  2. Melhora do sono: muitas pessoas com autismo têm problemas para dormir, o que pode afetar seu bem-estar geral. A cannabis pode ajudar a melhorar a qualidade do sono e reduzir os problemas de insônia, o que pode levar a uma melhora no humor e na função cognitiva.
  3. Redução de comportamentos agressivos: algumas pessoas com autismo podem exibir comportamentos agressivos ou auto lesivos, o que pode ser difícil para eles e suas famílias. A cannabis pode ajudar a reduzir esses comportamentos, o que pode levar a uma melhora na qualidade de vida de todos os envolvidos.
  4. Melhora da cognição: há evidências de que a cannabis pode ajudar a melhorar a função cognitiva em algumas pessoas com autismo, incluindo a memória e a atenção.
  5. Melhora da comunicação: algumas pessoas com autismo têm dificuldade em se comunicar verbalmente ou em interpretar as emoções dos outros. A cannabis pode ajudar a melhorar a comunicação verbal e não verbal, o que pode levar a uma melhora na qualidade de vida dessas pessoas.

É importante notar que o tratamento com cannabis para o autismo é uma área de pesquisa em desenvolvimento, e mais estudos são necessários para entender completamente os seus efeitos. Também é importante trabalhar com um profissional de saúde qualificado ao considerar o uso de cannabis como parte do tratamento do autismo.

Médicos brasileiros, especialistas no sistema endocanabinóide, estão prescrevendo cada vez mais medicamentos à base de cannabis.

Em resumo, embora ainda seja uma área de pesquisa em desenvolvimento, há evidências crescentes de que o tratamento com cannabis pode ser benéfico para algumas pessoas com autismo. Com mais pesquisas e uma melhor compreensão de como a cannabis pode ser usada de forma segura e eficaz, pode-se ter mais uma ferramenta para ajudar as pessoas com autismo a viver uma vida mais plena e satisfatória.

Procure uma associação de pacientes séria e comprometida com o tratamento dos seus pacientes. O Instituto CuraPro: Acolhe Vidas é uma associação de pacientes que produz os óleos à base de cannabis full spectrum que garantem maior eficácia nos tratamentos.

Alguns médicos e pais adotaram a maconha como tratamento para acalmar crianças autistas severamente agitadas e violentas.

 Um pouco mais de história

Em 2013, a Academia Americana de Pediatria recomendou que as legislaturas estaduais emitissem restrições mais rígidas sobre o uso de maconha medicinal por crianças, principalmente para conter um crescimento de uma tendência dos pais usando cannabis para tratar seu espectro autista em crianças.

Mas todos concordam que mais pesquisas precisam ser feitas sobre o uso de cannabis com transtornos do espectro do autismo.

O autismo é uma das várias condições, incluindo a síndrome de Asperger, que compõem o espectro do autismo de transtornos invasivos do desenvolvimento.

Condições neste espectro estão distúrbios neurocomportamentais complexos caracterizados por comunicação e interação social prejudicadas.

O autismo pode impedir gravemente o desenvolvimento e o uso da linguagem.

Asperger não interfere com a linguagem, mas compartilha os déficits de interação social associados ao autismo.

Há evidências de que os transtornos do espectro do autismo ocorrem em famílias.

Há também evidências controversas de que a exposição de mulheres grávidas e bebês a certas drogas e produtos químicos podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento desses distúrbios.

Entretanto, mais pesquisas são necessárias para apoiar os relatos realizados inicialmente de tratamento bem-sucedido dos sintomas do espectro do autismo com cannabis.

Houve poucos ensaios clínicos ou estudos de caso formais, embora haja um estudo aberto de THC sintético (Marinol) no tratamento de comportamento autolesivo entre adolescentes com deficiência de desenvolvimento, alguns dos quais estavam no espectro do autismo.

A maioria dos relatos dos pais sobre o uso bem-sucedido da cannabis afirmam que o medicamento acalma certas crianças autistas de oposição violenta.

E atualmente não se sabe se o CBD ou outros canabinóides são eficazes no tratamento dos sintomas dos transtornos do espectro do autismo.

MECANISMO PROPOSTO

Quase todos os relatos apontam para a influência calmante da cannabis.

Isso apoiaria o uso de cannabis como uma substância leve, como agente sedativo e tranquilizante.

Em 2013, surgiram evidências de que o sistema endocanabinóide de crianças autistas é significativamente

diferente daquele de crianças saudáveis.

Indivíduos autistas exibem em média cinco vezes o número de receptores CB2 do que seus homólogos saudáveis.

Isso indica que o sistema endocanabinóide pode ser um alvo importante para futuros tratamentos para o autismo.

Também pesquisas recentes apontam para variações no gene responsável pelo receptor CB1 (gene CNR1) e receptor CB2 (gene CNR2) estarem ligados a diversos distúrbios cerebrais envolvendo o processamento dos aspectos emocionais e sociais, incluindo autismo.

Pode ser que os receptores CB2 de mau funcionamento desempenhem um papel fundamental no autismo e o corpo reaja a esta disfunção drasticamente aumentando o número de receptores CB2 em resposta.

DOSAGEM – As doses de cannabis devem ser recomendadas pelo médico do paciente.

O médico da criança deve calcular a dose de canabinóides e terpenos a partir dos resultados dos testes analíticos para o paciente individual com base na condição da criança, resposta a outros medicamentos, idade e outros fatores pertinentes.

ORAL – Como a cannabis engolida por via oral pode ter um efeito profundamente psicoativo em um paciente, deve-se tomar muito cuidado para entender a dose que está sendo entregue a fim de minimizar os efeitos adversos.

VAPORIZAÇÃO E FUMO – Fumar cannabis não é recomendado para crianças com espectro autista, simplesmente pelo fato de que prejudicaria o bem-estar infantil.

A cannabis vaporizada para pacientes adolescentes com espectro autista pode ter mais sucesso sob supervisão médica rigorosa.

QUIMÍOTIPOS INDICADOS – Variedades com alto teor de mirceno e linalol contendo THC e CBD por seus efeitos anti-ansiedade e neuroprotetores.

CBD é garantido pelos seus efeitos neuroprotetores.

VARIEDADES POPULARES – As variedades Myrcene e linalool THC são recomendadas, como Bubba Kush e Grand Daddy Purple.

Adicionar CBD pode ser realizado através da mistura de uma variedade de CBD puro, como Cannatonic 6 ou ACDC, com cepas de THC.

*Marco Antonio, 44, é educador, economista, mestre em Administração de Negócios, esportista, filantropo, e especialista em investimentos e participações. Há cinco anos, a partir de uma experiência bem sucedida com sua mãe, decidiu criar a CuraPro (www.curapro.com.br), coletivo de pessoas que utilizam a cannabis medicinal para ajudar as pessoas. (Instituto de Cannabis Medicinal CuraPro: Acolhe Vidas)

Instituto de Cannabis Curapro é uma associação filantrópica, composta por pacientes que usam cannabis medicinal para melhorar a qualidade de suas vidas em tratamentos de diversas patologias diferentes.

Fonte: http://www.curapro.com.br

http://@curapro_

Referencias:

Cannabis Pharmacy: The Practical Guide to Medical Marijuana –  Michael Backes  (Autor), Founder and Director Arizona Center for Integrative Medicine Andrew Weil MD

Michael Backes é especializado em ciência da cannabis e questões políticas em uma consultoria do sul da Califórnia, que mantém clientes em todo os Estados Unidos. Ele anteriormente fundou a primeira dispensa de cannabis medicinal baseada em evidências. Backes é ativo no Projeto CBD, um serviço educacional sem fins lucrativos dedicado a promover pesquisas sobre a utilidade médica do canabidiol (uma molécula não psicoativa da cannabis), na Associação Internacional de Medicamentos Canabinóides e é membro do Comitê de Cannabis da Associação Americana de Produtos Herbais. Ele mora no sul da Califórnia.

Andrew Weil, M.D., é um líder e pioneiro mundialmente renomado na área de medicina integrativa, uma abordagem orientada para a cura na assistência à saúde, que abrange corpo, mente e espírito. Ele possui graduação e pós-graduação em Medicina pela Universidade de Harvard.

 

 

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