Atlético tem vários atletas na seleção do Brasileiro e está para conquistar a Tríplice Coroa com a Copa do Brasil  

Hulk, do Atlético, foi destaque com os seus três troféus vencidos no Prêmio Brasileirão (Foto: Pedro Vale/CBF)

Luiz Linhares*

Como é de praxe, após o encerramento do campeonato Brasileiro, é divulgado os nomes dos jogadores que se destacaram na competição, assim como o técnico.

São eles: Brasileiro. Weverton do Palmeiras, Yago Pikachu (Fortaleza), Gustavo Gomes (Palmeiras), Junior Alonso (Atlético) e Guilherme Aranã (Atlético), formaram a defesa, Jair (Atlético) e Edimilson (Internacional) os volantes, Raphael Veiga (Palmeiras) e Nacho Fernandez (Atlético) os meias e Hulk (Atlético) e Michael (Flamengo) os atacantes, além do treinador Cuca (Atlético).

Com certeza foram boas escolhas diante de tudo que fizeram em seus clubes, mesmo que outros se encaixariam perfeitamente sem perda da essência dos melhores.

É assim que nessa mesma lista os melhores teria lugar, por suas participações destacadas no campeonato, teriam lugar o goleiro Everson do Atlético, assim como o lateral Mariano. Outro a destacar é o Allan, também do Galo, um volante de muita qualidade em praticamente todos os jogos.

Zaracho e Keno são outros que se destacaram e que figurariam também com justiça nessa lista dos melhores. Mas como são apenas onze os elencados, ficaram de fora, mas que certamente figurariam bem na seleção dos melhores em um universo de 20 clubes disputantes.

Nesse universo, o próprio time do Atlético, em sua totalidade, não figuraria feio se fosse completo nesta lista. Afinal, o Galo venceu 26 jogos em 38 disputados. Não se pode dizer que se trata de um time imbatível, mas sim dificilmente suplantado, como se viu, suplantando seus adversários ante sua qualidade e força de elenco.

Para se ver como é a imprevisibilidade no futebol, o único time que o Atlético não venceu no Brasileiro foi o Chapecoense, último colocado na competição, com dois empates.

O Michael do Flamengo foi um dos destaques e certamente o Zaracho, do Galo, figuraria bem como revelação, com performance de veterano. Mas oficialmente a revelação foi dada ao volante André, do Fluminense. Contudo, eu votaria no atleticano.

Sempre é bom também lembrar do lado humanitário, do bem. Esse reconhecimento se deu ao zagueiro Klaus, do Ceará, que nas concentrações ajudou ao massagista de seu clube a ler e escrever.

Profissionalismo e boa gestão, eis a diferença

No futebol atual se fala muito em gestão, em profissionalismo – e tivemos provas vivas de situações que se conflitam.

No lado positivo, tivemos a boa gestão praticada pelo Atlético, tendo conquistado quase tudo que disputou com a certeza de que o futuro reserva anos ainda melhores, com casa própria (Arena MRV), além de fontes reais de receita. Tudo isso indica que continuará sendo protagonista em todas as competições futuras.

Destaque também para o Fortaleza, um time do Nordeste considerado pequeno, mas que se destacou pelo futebol e pela excelência de sua administração.

O Fortaleza, mesmo com escassos recursos em relação aos grandes e em centros maiores, se fez presente e chega à disputa de uma Libertadores das Américas com força de quem mostrou em campo.

Esse destaque serve também para o América Mineiro que pulou de um simples disputante com meta de não cair de divisão para abocanhar sua participação primeira em disputa sul-americana.

O Coelho vai, enfim, vai sentir o sabor de uma Libertadores e que com o trabalho de manutenção – e até de incorporação de elenco – tem chances de chegar à fase de grupos e curtir uma competição, que de um sonho, pode virar realidade.

Destaques negativos

Pelo lado negativo dessa história fica o Bahia que nos últimos anos havia se tornado referência em gestão ao sair de uma situação falimentar para virar um clube estruturado.

Mas com a pandemia se perdeu. Não conseguiu se reinventar com ela, culminando com amarga a queda de divisão e afundando novamente em dívidas.

Serve também para o Grêmio, time detentor de um plantel de primeira e milionário, com salários em dia e boa condição financeira. Mas dentro de campo foi um fracasso.

Foi assim desde o início da disputa, mostrando-se incompetente. Durante toda competição não conseguiu dar a volta por cima, exceto nas rodadas finais quando já era tarde.

Uma nova disputa já bate na porta, com todos de olho no Atlético Mineiro no ano que vai chegar. A palavra de ordem é se reinventar para quebrar a hegemonia atleticana que já foi do Palmeiras, passou pelo Flamengo e hoje se encontra-se em Minas.

Copa do Brasil, pelo placar elástico da primeira partida, já é do Galo

Na Copa do Brasil, o Atlético arrasou com o Furacão no primeiro jogo da decisão. Na quarta-feira teremos o jogo de volta em Curitiba, mas pelo placar elástico da primeira partida, já se pode cravar que o Galo mineiro se sagrará bi campeão da disputa.

Com certeza foi surpresa para o técnico Cuca, assim como para o elenco atleticano, a fragilidade apresentada pelo time paranaense. É bem verdade que ganhar uma Copa Sul-Americana não tem o peso de enfrentar o Clube Atlético Mineiro atual.

O certo é que o Galo jogou muito, no que foi ajudado pela fragilidade paranaense. Foram erros infantis individuais praticados ao longo do jogo, vendo-se o goleiro Santos, de seleção, muito nervoso e errando com constância.

O que dizer também do veterano zagueiro Thiago Heleno, nervoso e sem estabilidade falhando ante jogadores letais.

O Atlético abriu ampla vantagem e poderia ser ainda pior para os paranaenses. No meio desta semana haverá a partida de volta a confirmar o que já sabemos.

Pode-se dizer que o Atlético já é o campeão da Copa do Brasil com justiça. E assim conquista um triunfo que antes era exclusivo de seu maior rival do passado, com a Tríplice Coroa. Ganhou o Estadual, venceu o Brasileirão e ganha com certeza a Copa do Brasil. Feito que só os mineiros conhecem.

Cruzeiro Esporte Clube Sociedade Anônima é promessa de dias melhores

Pelo lado do Cruzeiro, infelizmente, não tenho muito o que escrever. Sei que tem treinador e que vem trabalhando com novos parceiros, gerando muitas expectativas.

Se conseguir criar algo novo, um grande time pode ressurgir com o Cruzeiro Esporte Clube Sociedade Anônima, mas isso não ocorre da noite para o dia, ainda mais quando se tem muitas especulações e nada de muito concreto.

Muitos querem o céu, mas é certo que poucos conseguem chegar por lá em se tratando de futebol.

Tomara que o time celeste possa se recuperar o mais rapidamente possível. Mas para isso é preciso saber de verdade quem é quem na sua futura composição acionária, o tamanho do investimento.

Que o time celeste tenha mais transparência para que a nação celeste volte a acreditar, com o Cruzeiro renascendo das cinzas para voltar a ser o gigante que sempre foi.

*Luiz Linhares é diretor de Esportes da rádio Itabira-AM.

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