Após vaias na manifestação de sábado, Ciro Gomes ouve conselhos

Rafael Jasovich*

Ciro Gomes (PDT) foi vaiado nos atos de 2 de outubro e preocupou aliados. Isso porque o pré-candidato a presidência não tem conquistado eleitores da centro-direita. E agora tem-se tornado uma figura “mal vista” por um grupo da esquerda. Por conta disso, o ex-ministro foi aconselhado por interlocutores a diminuir o tom contra o PT.

A aposta de reunir o centro e a direita e ser o candidato de uma pretensa terceira via não está dando certo. E os furibundos ataques à candidatura de Lula e ao PT não angariaram simpatia que não seja talvez do presidente Bolsonaro (sem partido).

A “trégua de Natal” não tem apenas como foco derrubar o presidente Bolsonaro. A equipe do pedetista identificou que outros candidatos da terceira via estão atacando o ex-governador do Ceará. O MBL, por exemplo, já avisou que as chances são nulas de subir num palanque com ele em 2022 em um primeiro turno.

João Amôedo (Novo), aumentou o coro, enquanto Sergio Moro (sem partido) avisou que não sentará com Ciro para conversar. E vice-versa. João Doria (PSDB) também não gosta do projeto econômico de Gomes.

Até Eduardo Leite (PSDB) já enviou recado. Uma aliança com Gomes apenas em um eventual segundo turno. No primeiro, nem pensar.

E esse sentimento já se espalhou entre os “bolsonaristas arrependidos”. Ou seja, o pré-candidato pedetista não tem conseguido crescer nesse grupo. E nem conquistado aliados nesse campo.

O recado foi muito forte das ruas. Ciro foi criticado pelo Vem Pra Rua no dia 12 de setembro. E agora sofreu vaias no último dia 2.

Participou do ato de 12 setembro junto com a direita e com os bolsonaristas semi-arrependidos.

Agora no ultimo dia 2 participa de outro ato que reúne a esquerda e principalmente o PT. Gomes oscila que nem bêbado sem equilíbrio. As pesquisas mostram que as chances dele são mínimas.

*Rafael Jasovich é jornalista, advogado, membro da Anistia Internacional.

 

 

 

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